Velório de Quinho do Salgueiro será na quadra com gurufim; veja detalhes

Quinho. Foto: Reprodução/Instagram/Salgueiro

Rio. O Salgueiro informou que o velório de Melquisedeque Marins Marques, o Quinho, começará a partir das 15h desta quinta-feira (4), em sua quadra social, que fica na Rua Silva Teles, 104, no Andaraí, Zona Norte do Rio.

A despedida de corpo presente terá um gurufim, celebração de origem africana e envolve música e dança para celebrar a vida e espantar a tristeza pela partida. N o significado erudito, é um “velório com música e dança com o intuito de homenagear o falecido”.

A assessoria de imprensa do Salgueiro informou que a despedida terá microfone aberto para sambistas cantarem sambas consagrados na voz do intérprete, homenagens e apresentação da bateria “Furiosa”.

O Salgueiro também informou que na sexta-feira (5), será realizado um novo velório a partir das 9h, na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, e o sepultamento, às 13h.

Dono de um estilo único no Carnaval, Quinho, aos 66 anos, estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador. A causa da morte na noite desta quarta-feira (3), foi insuficiência respiratória. Desde 2022 ele lutava contra um câncer de próstata.

Quinho. Foto: Reprodução/Instagram/Salgueiro
Quinho. Foto: Reprodução/Instagram/Salgueiro

+ Trajetória:

Quinho começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha. E foi lá que teve sua estréia como cantor principal em 1988.

Mas foi no Salgueiro onde teve maior destaque, puxando o clássico “Peguei um Ita no Norte”, em 1993. Em 1994, voltou para a União da Ilha, numa negociação duvidada por todos, sendo tirado da então atual campeã do Grupo Especial carioca pelo então presidente da União da Ilha, Jorge Taufie Gazelle.

Logo no ano seguinte, retornou ao Salgueiro, onde ficou até 1999. Em 2000, foi pra São Paulo defender a Sociedade Rosas de Ouro. No ano seguinte, retornou ao seu estado para defender a Acadêmicos do Grande Rio, onde permaneceu por dois anos.

Em 2003, ano do cinquentenário do Salgueiro, voltou para agremiação, e em 2009 ganhou mais um título, o mais recente da Academia, cantando o enredo “Tambor”.

Em 2005 foi pra Porto Alegre defender a escola de samba Vila do IAPI. De 2008 a 2010, foi cantor da Unidos de Vila Maria ao lado de Baby e Fernandinho SP. Em 2011, desfilou na escola Tamandaré, de Guaratinguetá. Em 2012, além de ser cantor do Salgueiro, Quinho retornou à Vila Maria, integrando o carro de som comandado pelo também consagrado Nêgo.

Quinho chegou a inscrever chapa nas eleições presidenciais do Salgueiro após dar algumas declarações de insatisfação com a administração da época. Entretanto, sua candidatura acabou impugnada pela comissão eleitoral da escola. Posteriormente, com a reeleição de Regina Celi, acabou por deixar a agremiação.

Ainda desfilou e dividiu os microfones principais na Unidos do Peruche e Império da Tijuca, respectivamente com Toninho Penteado e Pixulé.

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