Unidos de Padre Miguel: comentaristas analisam desfile

Desfile Unidos de Padre Miguel 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

Quinta a escola a atravessar a Avenida na madrugada desta sexta-feira (22) pela Série Ouro, a Unidos de Padre Miguel desfilou o enredo “Iroko é  tempo de xirê”. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Como sempre, a UPM se apresenta mais rica do que certas escolas do Grupo Especial, organizada e animada. Este ano, em particular, o trabalho do carnavalesco Edson Pereira chama a atenção pelo conjunto harmonioso e pela criatividade. Mas não é possível fechar os olhos a pequenos problemas na movimentação das alegorias, que a acabaram gerando buracos”.

Comissão de Frente (Márcio Moura):

“David Lima tem uma parceria de muito êxito com o carnavalesco Edson Pereira . A prova disso é que a comissão é sempre uma preciosidade. Um enorme tripé, o maior que passou até agora na serie A impacta pela beleza.de acabamento. Uma árvore viva que comunga diretamente com o belo figurino. Coreografia simples e narrativa fecha o trabalho de qualidade”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Linda apresentação de Vinicius Antunes e Jessica Ferreira. O casal com grande sintonia e perfeita sincronização dos movimentos obrigatórios , realizou um bailado clássico, com movimentação moderna, ocupando de forma harmoniosa o espaço destinado a Apresentação da Bandeira. O mestre-sala, em sua performance, plena de galanteios e gentileza, realizou: sapateados e piruetas, com extrema cortesia; a Pegada de Mão, favorecendo o Balanço da porta-bandeira, que também rodopiou nos dois sentidos com propriedade. Com uma faceirice que marca seu estilo, ela ondulava o braço durante os giros e outras vezes apoiava a mão na cintura. Para completar o dengo em suas nuances, realizou um michellelima, fazendo um carinho na bandeira, antes de se retirar, com grande assistência do mestre-sala, do espaço destinado a dança! E mais, numa reverência, em sua mão, Vinicius depositou um beijo respeitoso. Simplesmente maravilhoso o bailado deste par”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias da UPM apresentaram um fino e rico acabamento com muitos efeitos. O destaque para o símbolo da Escola, o Boi Vermelho da Vila Vintém e o elemento alegórico da comissão de frente, uma árvore que lembrou muito a floresta mágica do “Senhor dos Anéis”. Um belo conjunto alegórico”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A Unidos de  Padre Miguel trouxe o enredo “Iroko é  tempo de xirê”, a temática ancestral africana chegou forte a Marques de Sapucaí, trazendo o mais rico e bem acabado conjunto de fantasias até o momento. Uma abertura rica com ares do “Senhor dos Aneis”. A UPM mostrou mais uma vez sua opulência financeira, que a faz sempre uma forte candidata ao título.  As belas e ricas fantasias não  eram fáceis de trazer entendimento  ao público  presente, mas foi absolutamente correta ao roteiro fornecido”.

Enredo (Marcelo Masô):

“O enredo da Unidos de Padre Miguel mostrou na Avenida sua característica de energia potente e contagiante. O enredo da UPM foi Iroko, o Orixá dos Caminhos, senhor do tempo, a árvore sagrada. Os elementos norteadores da apresentação foram a ancestralidade africana, os Orixás e o Xirê (dança de evocação dos Orixás). O primeiro setor destacou a constituição da vida, tendo o segundo setor sido permeado pelos quatro elementos ( terra, fogo, água e ar) fazendo conexão com o Orixá da vida, do tempo que é o próprio Iroko. O terceiro e último setor brindou a avenida com o Xirê. O encadeamento do enredo foi bem realizado, a UPM conseguiu plasmar na avenida, com competência, o imaginário que gravita em torno de Iroko contido nas religiões de matriz africana”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“Samba da UPM, além de muito bem construído, ajudou demais o desfile. Passagens melódicas bem bonitas. Carro de som conduzido com muita competência pelo Alemão do Cavaco. Belíssima apresentação”.

Bateria (Cláudio Francioni e Bruno Moraes):

“A bateria da UPM realizou um ótimo desfile, funcional e ajudando o samba e evolução da escola. A cada ano a bateria do Mestre Dinho evolui um pouco e o trabalho de qualidade fica cada fez mais claro. Destaque para o “Bonde do Pateta”, ala de tamborim da escola, que deu um show de ritmo com um desenho muito bom. As apresentações aos julgadores foram bem executadas. A famosa paradinha sete, já marca registrada do Mestre, mais uma vez levantou a Sapucaí”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola demonstrou um desfile equilibrado em relação ao ritmo e melodia , o canto soou com vibração e garra durante o desfile, os componentes demostraram empenho e vivacidade para cantar o samba durante resultando num conjunto vocal forte e emocionante”.

Evolução (Célia Souto):

“A escola desenvolveu uma boa evolução antes da passagem da bateria, depois a evolução apresentou uma alteração no andamento, causando lentidão e irregularidade entre as alas”.

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