Soberana: autodefinição dos nilopolitanos não é soberba e a Beija-Flor está aí

Beija-Flor 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

Beija-Flor 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

Olha a Beija-Flor aí gente!

O grito de guerra eternizado na voz de Neguinho da Beija-Flor, mais do que uma marca do Carnaval carioca, pode ser interpretado como uma profecia.

A escola de Nilópolis rompeu com o poderio das chamadas quatro grandes do Rio até o final dos anos setenta; Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano.

Após os dois primeiros anos no Grupo Especial, foi tricampeã. Um feito que a colocou na maior patamar das disputas dos concursos de Carnaval na cidade.

E daí para frente, não parou. Com uma estética inconfundível, consagrada pela genialidade de Joãosinho Trinta, virou a Soberana da era Marquês de Sapucaí. Além dos 14 campeonatos que acumula, ainda soma 13 vices. Sua capacidade de acertar, lhe rende recordes invejáveis. Desde que o sambódromo foi criado, só ficaria fora dos desfiles de Campeãs em três oportunidades.

Com a saída de J30, em 1993, muitos apostaram que as coisas mudariam. Porém, o passar das últimas três décadas mostrou que a verdadeira força da Beija-Flor está na capacidade de sua comunidade engajada e no investimento sempre exponencial de seu patrono.

Neste ano, a agremiação de Nilópolis fechou o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial com o enredo Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor, desenvolvido por Alexandre Louzada. A escola conquistou outro vice-campeonato do Grupo Especial, e tem se mostrado cada vez mais, e sempre, capaz de renovar-se e ser a mais temida adversária da Sapucaí.

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2023 é logo ali

Com o Carnaval adiado neste ano, o tempo de preparação para o espetáculo em 2023 é menor. Os desfiles do Especial acontecem nos dias 19 e 20 de fevereiro.

Entre as coirmãs do Rio de Janeiro, outro grande segredo está na Beija-Flor. A escola dificilmente muda as principais peças de seu time.

Para não deixar dúvida, logo no pós-Carnaval 2022 mostrou ao seu povo uma foto com a equipe montada para o próximo ano.

A escola da Baixada só anunciou novidades ao apresentar nomes de carnavalesco e para o comando da comissão de frente. André Rodrigues se junta a Louzada para assinar o projeto de 2023. Já os coreógrafos Jorge Teixeira e Saulo Finelon são os novos responsáveis pela abertura do desfile no próximo Carnaval.

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A Beija-Flor tem quatorze campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018. Ainda registra uma taça no Acesso, em 1954.

Que fome é maior?

Do Grupo Especial 2023, apenas uma escola nunca conquistou o título e a “fome”, naturalmente, deve ser das maiores; o Paraíso do Tuiuti.

Quem está de barriga cheia, mas não menos faminta, é a Acadêmicos do Grande Rio, atual campeã e que, certamente, quer repetir o saboroso “prato” com tempero de vitória. As outras dez escolas, assim estão na espera para voltar a faturar o campeonato:

Viradouro – desde 2020
Mangueira – desde 2019
Beija-Flor – desde 2018
Mocidade e Portela – desde 2017
Unidos da Tijuca – desde 2014
Unidos de Vila Isabel – desde 2013
Salgueiro – desde 2009
Imperatriz – desde 2001
Império Serrano – desde 1982

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