Rio promove semifinal do concurso de Rei Momo e Rainha do Carnaval 2019

Corte do Carnaval carioca de 2018. Foto: Eduardo Trinta

Corte do Carnaval carioca de 2018. Foto: Eduardo Trinta

Trinta e quatro candidatos disputam a semifinal do concurso de Rei Momo e Rainha do Carnaval Carioca nesta sexta-feira (21), na Cidade do Samba, a partir das 19h. O evento, promovido pela Prefeitura do Rio, está em sua 51ª edição e contará com 18 mulheres e 16 homens concorrendo.

Eles subirão ao palco para buscar seis e oito vagas para a etapa final da eleição da Corte Real que vai substituir a atual, com o Rei Momo Milton Junior, a Rainha Jéssica Maia e as Princesas Deiseane de Jesus e Cintia Camillo. Repetindo a medida inédita adotada em 2018, a Prefeitura manteve a inscrição para todos os brasileiros, desde que comprovem residência no município do Rio.

Em comum, os candidatos não podem ser servidor público de nenhuma esfera e precisam ter o Ensino Fundamental completo. Rainhas ou reis, eles serão avaliados por um júri de 11 pessoas, entre autoridades do samba, do mundo da moda e da beleza, que vão considerar os quesitos de sociabilidade, simpatia, facilidade de expressão, espírito carnavalesco e, claro, domínio da arte de sambar. Os concorrentes a rei devem ter de 18 a 55 anos. Já para quem pensa em ser rainha ou princesa, a idade limite é de 40 anos, havendo ainda os requisitos de beleza do rosto, harmonia de linhas físicas e desembaraço.

Nas semifinais desta sexta-feira serão selecionados todos os candidatos para a final, em data a ser divulgada em breve. São seis para a disputa dos três primeiros lugares do concurso de Rei Momo, e oito para os de Rainha, 1ª Princesa e 2ª Princesa. O vencedor do título Rei Momo – I e Único – ganha coroa, faixa, cetro e R$ 30 mil. O vice-rei recebe também faixa e R$ 3.500, e o terceiro leva troféu de participação. A eleita como Rainha do Carnaval ganha coroa, faixa e R$ 30 mil. As 1ª e 2ª Princesas receberão tiara, faixa e R$ 22.500, cada. Os detalhes do concurso oficializado por lei municipal desde 1968 estão no Edital publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro.

Há mais de 20 anos o concurso é coordenado pelo produtor cultural Marco Lima, assessor da Riotur, que destaca a importância do evento como referência do Carnaval do Rio, sinônimo de crescimento, geração de emprego e captação de recursos em impostos que alavancam o turismo na cidade.

“O Carnaval carioca se tornou o maior evento a céu aberto do planeta, e mais do que reforçar o simbolismo do monarca e a beleza da mulher brasileira, contribui para a economia. Uma das missões da Corte Momesca é levar a expressão cultural brasileira pelo mundo afora. Esse ano participamos de shows na Suécia, Alemanha e Suíça, entre outros países da Europa. Outro exemplo é a modelo Ana Paula Evangelista, que ganhou fama após ser Rainha do Carnaval de 2005 e de 2006. Há dez anos ela se mudou para Milão, onde ensina dança e segue fazendo trabalhos em Londres, Paris, Tóquio, Dubai e outros. Sem dúvida, é a Prefeitura promovendo oportunidades de se fazer carreira, de empregos e de geração de renda”, diz Marco Lima.

A tradição – O evento Rei Momo do Rio teve origem no Carnaval de 1933, com o boneco de papelão criado por jornalistas do então jornal A Noite, apresentado ao povo na escadaria do Theatro Municipal, na Cinelândia. No ano seguinte, o grupo decidiu promover um concurso para eleger alguém que realmente representasse a figura momesca. O escolhido foi o jornalista e cronista de turfe Moraes Cardoso que, com as características de Momo, reinou absoluto por 15 anos. Depois vieram Abrão Reis, Edson Santana, Reinaldo Carvalho (o “Bola”) e tantos outros que fizeram história. Engrandecendo o evento, em 1950 foi agregado ao concurso o título de Rainha do Carnaval Carioca, começando com Elvira Pagã, vedete do teatro rebolado.

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