100 anos da Semana de Arte Moderna: Com tema bem paulistano, Estácio arrebatou a Sapucaí

Estácio de Sá foi a campeã de 1992. Foto: Júlio César Guimarães

A Semana de Arte Moderna, evento organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência, em 1922, foi um verdadeiro marco na história de São Paulo e considerada um divisor de águas na cultura brasileira.

O evento completa 100 anos nesta semana e foi realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro, no Theatro Municipal paulistano, financiado pela oligarquia da cidade na época.

Influenciados pelo fim da Primeira Guerra Mundial e pelas vanguardas europeias, os organizadores propunham o rompimento com a arte acadêmica e o compromisso com a independência cultural, lutando pela valorização de uma arte “mais brasileira”.

Di Cavalcanti e Anita Malfatti foram alguns dos artistas que expuseram suas obras. Tarsila do Amaral, famosa pintora do movimento modernista brasileiro, estava em Paris na ocasião, mas se juntou ao grupo que liderou a manifestação pouco depois.

Modernismo no Carnaval carioca

A Estácio de Sá conquistou sua maior glória sagrando-se campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 1992 com o enredo Pauliceia desvairada – 70 anos de Modernismo, desenvolvido pelos carnavalescos Mário Monteiro e Chico Spinosa, num desfile que empolgou a Marquês de Sapucaí e fez o público embalar a agremiação ao topo da disputa naquele ano.

Mesmo abordando um tema bem paulistano, o samba de autoria dos compositores Caruso, Deo, Djalma Branco e Maneco, não dedicou um verso sequer a cidade berço do movimento.

Aspecto que, definitivamente, não comprometeu o desfile histórico e consagrou a vermelha e branca como a grande vencedora do ano, superando a atual bicampeã Mocidade Independente. Relembre:

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