Comemorando seus 70 anos, a Beija-Flor de Nilópolis realizou ensaio bem desenvolvido por volta das 23h15 neste domingo (24) e deixou claro que está de olho no bicampeonato. A campeã do Carnaval de 2018 foi a última escola a passar pela Sapucaí nos ensaios técnicos, a exatamente uma semana para seu desfile oficial, no dia 04 de março, onde será a quinta a desfilar.
Comentada pelo público presente, a ausência de Neguinho da Beija-Flor chamou atenção. O intérprete, que está na azul e branco desde 1976, não conseguiu estar no ensaio técnico devido a um show em Goiânia que já estava marcado anteriormente, segundo a assessoria da agremiação.
Coreografada por Marcelo Misailidis, a comissão de frente contou no ensaio com 15 dançarinos homens e fez uma boa performance pela Avenida. Para o comentarista do SRzd no quesito, Márcio Moura, a comissão de frente da Beija-Flor trouxe uma coreografia bem ensaiada e com a marca do coreógrafo:
“O experiente Marcelo Missalidis trouxe uma comissão com movimentos que mesclavam a sutileza de um pássaro com movimentos mais malandreados. Conhecendo o trabalho de Marcelo, podemos esperar um pequeno tripé ou a inexistência dele , marca de seus últimos trabalhos . No ensaio técnico, ele passou e deixou um gostinho do que poderemos aguardar no dia. Formas precisas nos movimentos coreográficos e desenhos que ocupavam bem a área de apresentação foram os pontos altos das apresentações nas cabines.”
Em sua vigésima quarta apresentação na azul e branco, Claudinho e Selminha Sorriso bailaram de forma exemplar e arrancaram aplausos de todo o público do Sambódromo.
O mestre-sala desfilou com a blusa da escola feita para o ensaio técnico e um terno com detalhes brancos e azuis, enquanto a porta-bandeira exibiu um vestido com a arte do enredo em brilhantes e uma saia longa azul e branca. A sintonia do casal na apresentação, que já é famosa, foi elogiada pela comentarista do SRzd no quesito, Eliane Santos Souza:
“A excelente harmonia na realização dos movimentos coordenados, revelou a sintonia do par, que deslizou na passarela exibindo o bailado do mestre-sala e da porta-bandeira. O “patinete” da porta-bandeira, com deslocamento em diagonal e o “balanço” foram realizados livremente. O “aviãozinho”, com apoio do mestre-sala em movimentos coordenados, com os passos do dançarino durante o “currupio” evidenciou o sincronismo da dupla, assim como a execução do “cruzado” com o desdobramento do “beija-flor” deixou realçada a integração do par, que finalizava os movimentos obrigatórios de forma elegante, demonstrando segurança e serenidade. Eis a performance graciosa de Claudinho e Selminha Sorriso, o casal da Beija-Flor!”
Puxado historicamente por Neguinho da Beija-Flor, figura marcante no cenário do Carnaval carioca, o samba foi cantado pelos outros cantores da escola e levado pelo substituto, Bakaninha, já que o intérprete não esteve presente. Segundo a assessoria da escola, o cantor já havia se comprometido com um show em Goiânia na data.
“Quem não viu vai ver… As fábulas da Beija-Flor” foi entoado por todos os componentes da escola, mas deixou uma sensação de que o rendimento da obra ainda pode crescer e evoluir até o dia do desfile. A qualidade do samba não acompanha a grandeza das últimas composições trazidas pela agremiação.
A bateria dos mestres Rodney e Plínio teve um bom desempenho na Avenida, característica da azul e branco de Nilópolis. O destaque ficou para a rainha Raíssa de Oliveira, que veio com a camisa padrão da escola para o ensaio técnico, diferentemente das outras rainhas de bateria que desfilaram com fantasias elaboradas. Ela sambou durante todo o treino.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Bruno Moraes, os ritmistas da azul e branco mostraram, mais uma vez, porque a Soberana é uma as melhores do Carnaval.
“A bateria da Beija-Flor fez um desfile correto, com métricas e desenhos que destacam a melodia do samba. A batucada da “cozinha” deu aquela sensação de swing e balanço, como sempre.”
A comunidade desfilou com uma camisa feita apenas para o ensaio, que vieram em diversas cores para deixar a Avenida colorida. Como já é de praxe, o forte canto da Beija-Flor foi o destaque do ensaio. Todos os componentes mantém o bom volume e levam o samba com força e animação. Contudo, a escola teve que se esforçar para tentar fazer o samba-enredo contagiar a Sapucaí, que não correspondeu à altura.
A agremiação fez uma passagem razoável pelo Sambódromo e ainda pode melhorar no quesito. Muitas pessoas se aglomeraram no início e nas laterais da escola, o que prejudicou a organização de algumas alas. Em determinamos momentos, a escola também esteve parada por um tempo um pouco excessivo. No que diz respeito a evolução e espontaneidade das alas, a Beija-Flor é nota 10.
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