Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil

    Icon instagram_blueIcon youtube_blueIcon x_blueIcon facebook_blueIcon google_blue

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil: Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca. Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da […]

POR

Redação SRzd

12/02/2024 | 6 min de leitura

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil
| Siga-nos Google News

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil:

Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca.

Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Terceira escola a entrar na Avenida, o Salgueiro chegou dando seu recado embalado pelo samba considerado um dos melhores da safra deste ano.

Enlutada pela morte do eterno intérprete Quinho, vestida e incorporada de um enredo necessário, teve pequenos problemas de evolução no início da pista com um espaçamento por conta do atraso no andamento do carro abre-alas. Na reta final, outro grande clarão foi registrado. Sai da Avenida com o maior campeonato possível: cumprir sua missão como agente social.

Veja o que disseram os comentaristas do SRzd sobre o desfile salgueirense, que quer quebrar um incomodo e longo jejum sem título no Grupo Especial do Rio. A última conquista aconteceu no já distante ano de 2009.

+ como foi o desfile?

Jaime Cezário: “A Academia do Samba trouxe o enredo Hutukara. Um grito de alerta que levantou a bandeira sobre o sofrimento do povo Yanomami com o desmatamento e o garimpo ilegal. O enredo contou desde a criação do mundo Yanomami, seus mitos e Deuses, a vida na floresta, a tragédia ocorrida, seu modo de enxergar a vida, e terminou exaltando a necessidade de respeitar os povos originários. O samba foi um dos acontecimentos do pré-Carnaval; expectativa lá nas alturas para essa apresentação. A plástica indígena é clara e definida, como eles mesmos intitularam: um Brasil de cocar. Assim foram suas alas. As cores usadas foram exuberantes e em profusão que causou uma certa confusão visual. As alegorias eram grandes, bem acabadas e grandiosas, usando o mesmo partido na temática e nas cores fortes e exuberantes. A expectativa era muito grande por esse Carnaval do Salgueiro e isso, na maioria das vezes, é um fator complicador. O Salgueiro desfilou correto, contou sua proposta de enredo em fantasias e alegorias. Vamos ver o que os envelopes irão revelar na Quarta-Feira de Cinzas”.

Wallace Safra: “A comissão de frente trouxe para a Avenida a luta pela sobrevivência do povo Yanomami e a defesa por sua terra. Com um desenho coregráfico forte, enérgico e impactante, o coreógrafo buscou elementos cenográficos individuais de menor porte que acompanharam os bailarinos e um elemento coreográfico de maior porte para ser base para a coreografia, gerando impacto com o público. O trabalho cênico foi bem conduzido e desenvolvido pelos bailarinos, que se mantiveram dentro do desenho coreográfico durante toda a apresentação. Trabalho criativo, engenhoso e muito bem desenvolvido”.

Célia Souto: “Acadêmicos do Salgueiro entra na Avenida acreditando no samba e aproveitando o ritmo forte para cantar com garra e animação. Os componentes demonstram comprometimento com o canto, evoluem com leveza e fluência movimentando o chão. Canto e dança bem desenvolvidos ajudam no desempenho do desfile. O canto da escola cresceu durante o desfile e a escola passa pela Avenida convicta e segura”.

Eliane Souza: “Descrever a passagem do primeiro casal da escola é falar de uma poesia tantas vezes recitada, todavia sempre atualizada pela forma entoada. É falar de uma escritura ancestral, cujas letras e palavras, em sintonia plena, poetiza o espaço na qual se assenta. O estilo particular de realizar os movimentos do bailado, estudados e decorados, faz surgir o estilo Sidclei Santos de bailar. Marcas pessoais na realização de cada um, mas, com destaque para o MEIO-SAPATEADO e a CARRAPETA, um plantado e o outro em deslocamento, no qual se evidencia a destreza e a agilidade em dançar! E tudo em perfeito sincronismo aos gestos, passos e movimentos da porta-bandeira que, dominando sua coreografia, permite que o mestre-sala dance e ocupe o protagonismo que lhe cabe na cena. A passagem do casal, neste desfile, ratificou seu feito no ensaio técnico e no ensaio de rua que tivemos a alegria de acompanhar. Cortesia malandra, piruetas feitas com segurança, reverências para saudar o pavilhão e acompanhar a dama! Um casal que conhece, respeita e preserva o bailado foi o que vi desfilar pela Avenida”.

Cláudio Francioni: “A Furiosa fez um ótimo desfile. Adotando um andamento um pouco abaixo do que vinha trazendo ultimamente, Mestres Gustavo e Guilherme abusaram do bom gosto na concepção do arranjo rítmico. Trata-se de uma bateria muito bem equalizada, com surdos graves dando o chão pra segurança das caixas, tamborins, repiques e chocalhos. Um show de execução de todos os instrumentos”.

Wallace Safra: “Com um samba explosivo, plural e de grande interação com o público, a ala de passistas do Salgueiro sempre faz um trabalho bonito, limpo e linear. Pude notar que a leveza do figurino contribuiu ainda mais com a boa evolução dos passistas que fizeram aquele show que nós já conhecemos. Os destaques à frente da ala (Rei e Rainha da ala) foram um presente por poder assistir passistas em posição de evidência, que é de fato o lugar deles. Bonito trabalho”.

+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE

+ ENTREVISTAS NO DESFILE

+ Carnaval 2024:

Hutukara, assinado por Edson Pereira. Este é o enredo da escola que ficou com o 7º lugar no Grupo Especial no Carnaval de 2023.

O samba é de autoria dos compositores Pedrinho da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Galante, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro.

+ desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ ordem oficial de desfiles do Grupo Especial 2024:

Domingo, 11 de fevereiro:

1º – Unidos do Porto da Pedra (Campeão do Acesso 2023)
2º – Beija-Flor de Nilópolis
3º – Acadêmicos do Salgueiro
4º – Acadêmicos do Grande Rio
5º – Unidos da Tijuca
6º – Imperatriz Leopoldinense (Campeã do Grupo Especial 2023)

Segunda-feira, 12 de fevereiro:

1º – Mocidade Independente de Padre Miguel (11ª colocada do Grupo Especial 2023)
2º – Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Estação Primeira de Mangueira
5º – Paraíso do Tuiuti
6º – Unidos do Viradouro

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil:

Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca.

Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Terceira escola a entrar na Avenida, o Salgueiro chegou dando seu recado embalado pelo samba considerado um dos melhores da safra deste ano.

Enlutada pela morte do eterno intérprete Quinho, vestida e incorporada de um enredo necessário, teve pequenos problemas de evolução no início da pista com um espaçamento por conta do atraso no andamento do carro abre-alas. Na reta final, outro grande clarão foi registrado. Sai da Avenida com o maior campeonato possível: cumprir sua missão como agente social.

Veja o que disseram os comentaristas do SRzd sobre o desfile salgueirense, que quer quebrar um incomodo e longo jejum sem título no Grupo Especial do Rio. A última conquista aconteceu no já distante ano de 2009.

+ como foi o desfile?

Jaime Cezário: “A Academia do Samba trouxe o enredo Hutukara. Um grito de alerta que levantou a bandeira sobre o sofrimento do povo Yanomami com o desmatamento e o garimpo ilegal. O enredo contou desde a criação do mundo Yanomami, seus mitos e Deuses, a vida na floresta, a tragédia ocorrida, seu modo de enxergar a vida, e terminou exaltando a necessidade de respeitar os povos originários. O samba foi um dos acontecimentos do pré-Carnaval; expectativa lá nas alturas para essa apresentação. A plástica indígena é clara e definida, como eles mesmos intitularam: um Brasil de cocar. Assim foram suas alas. As cores usadas foram exuberantes e em profusão que causou uma certa confusão visual. As alegorias eram grandes, bem acabadas e grandiosas, usando o mesmo partido na temática e nas cores fortes e exuberantes. A expectativa era muito grande por esse Carnaval do Salgueiro e isso, na maioria das vezes, é um fator complicador. O Salgueiro desfilou correto, contou sua proposta de enredo em fantasias e alegorias. Vamos ver o que os envelopes irão revelar na Quarta-Feira de Cinzas”.

Wallace Safra: “A comissão de frente trouxe para a Avenida a luta pela sobrevivência do povo Yanomami e a defesa por sua terra. Com um desenho coregráfico forte, enérgico e impactante, o coreógrafo buscou elementos cenográficos individuais de menor porte que acompanharam os bailarinos e um elemento coreográfico de maior porte para ser base para a coreografia, gerando impacto com o público. O trabalho cênico foi bem conduzido e desenvolvido pelos bailarinos, que se mantiveram dentro do desenho coreográfico durante toda a apresentação. Trabalho criativo, engenhoso e muito bem desenvolvido”.

Célia Souto: “Acadêmicos do Salgueiro entra na Avenida acreditando no samba e aproveitando o ritmo forte para cantar com garra e animação. Os componentes demonstram comprometimento com o canto, evoluem com leveza e fluência movimentando o chão. Canto e dança bem desenvolvidos ajudam no desempenho do desfile. O canto da escola cresceu durante o desfile e a escola passa pela Avenida convicta e segura”.

Eliane Souza: “Descrever a passagem do primeiro casal da escola é falar de uma poesia tantas vezes recitada, todavia sempre atualizada pela forma entoada. É falar de uma escritura ancestral, cujas letras e palavras, em sintonia plena, poetiza o espaço na qual se assenta. O estilo particular de realizar os movimentos do bailado, estudados e decorados, faz surgir o estilo Sidclei Santos de bailar. Marcas pessoais na realização de cada um, mas, com destaque para o MEIO-SAPATEADO e a CARRAPETA, um plantado e o outro em deslocamento, no qual se evidencia a destreza e a agilidade em dançar! E tudo em perfeito sincronismo aos gestos, passos e movimentos da porta-bandeira que, dominando sua coreografia, permite que o mestre-sala dance e ocupe o protagonismo que lhe cabe na cena. A passagem do casal, neste desfile, ratificou seu feito no ensaio técnico e no ensaio de rua que tivemos a alegria de acompanhar. Cortesia malandra, piruetas feitas com segurança, reverências para saudar o pavilhão e acompanhar a dama! Um casal que conhece, respeita e preserva o bailado foi o que vi desfilar pela Avenida”.

Cláudio Francioni: “A Furiosa fez um ótimo desfile. Adotando um andamento um pouco abaixo do que vinha trazendo ultimamente, Mestres Gustavo e Guilherme abusaram do bom gosto na concepção do arranjo rítmico. Trata-se de uma bateria muito bem equalizada, com surdos graves dando o chão pra segurança das caixas, tamborins, repiques e chocalhos. Um show de execução de todos os instrumentos”.

Wallace Safra: “Com um samba explosivo, plural e de grande interação com o público, a ala de passistas do Salgueiro sempre faz um trabalho bonito, limpo e linear. Pude notar que a leveza do figurino contribuiu ainda mais com a boa evolução dos passistas que fizeram aquele show que nós já conhecemos. Os destaques à frente da ala (Rei e Rainha da ala) foram um presente por poder assistir passistas em posição de evidência, que é de fato o lugar deles. Bonito trabalho”.

+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE

+ ENTREVISTAS NO DESFILE

+ Carnaval 2024:

Hutukara, assinado por Edson Pereira. Este é o enredo da escola que ficou com o 7º lugar no Grupo Especial no Carnaval de 2023.

O samba é de autoria dos compositores Pedrinho da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Galante, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro.

+ desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ ordem oficial de desfiles do Grupo Especial 2024:

Domingo, 11 de fevereiro:

1º – Unidos do Porto da Pedra (Campeão do Acesso 2023)
2º – Beija-Flor de Nilópolis
3º – Acadêmicos do Salgueiro
4º – Acadêmicos do Grande Rio
5º – Unidos da Tijuca
6º – Imperatriz Leopoldinense (Campeã do Grupo Especial 2023)

Segunda-feira, 12 de fevereiro:

1º – Mocidade Independente de Padre Miguel (11ª colocada do Grupo Especial 2023)
2º – Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Estação Primeira de Mangueira
5º – Paraíso do Tuiuti
6º – Unidos do Viradouro

Matérias Relacionadas

Ver tudo
Rio de Janeiro
REVOLTA: Depoimento do assassino de Sophia gera indignação

Rio. O caso de Sophia Ângelo Veloso da Silva, de apenas 11, comoveu o país nesta semana. Brutalmente assassinada, a garotinha foi encontrada morta dentro de uma lixeira na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (30), Sophia foi sepultada no cemitério da Cacuia, na Ilha. Nesta sexta-feira, a […]

REVOLTA: Depoimento do assassino de Sophia gera indignação

2 min de leitura

Famosos
Fim? Neymar apaga mensagens após baixaria na web

Bastidores. O atacante Neymar seguiu sendo assunto nas redes sociais na tarde desta sexta-feira (31). Em meio a polêmica com Luana Piovani e Diogo Defante, o jogador apagou todas as mensagens ofensivas que havia postado contra ambos. A polêmica começou quando Luana criticou Neymar, alegando que ele estaria apoiando a PEC que autoriza a privatização […]

Fim? Neymar apaga mensagens após baixaria na web

3 min de leitura

Música
Jazz e blues agitam Rio das Ostras

Música. A 20ª edição do Rio das Ostras Jazz & Blues, tradicional festival que agita a cidade da Região Litorânea do Rio de Janeiro, começou nessa quinta-feira (30) e segue até domingo (02). A entrada é gratuita. O evento é conhecido como o maior festival gratuito de Jazz & Blues do Brasil. Com cinco palcos […]

Jazz e blues agitam Rio das Ostras

2 min de leitura

Televisão
Antonio Calloni deixa a Globo depois de 38 anos

Mais um. Depois da atriz Marina Ruy Barbosa anunciar esta semana sua saída da TV Globo, mais um nome de peso está se despedindo do canal. Antonio Calloni, de 62 anos, está fora da emissora carioca. Calloni, entre outros trabalhos, atuou em Hipertensão, Terra Nostra, O Clone, Os Maias, Começar de Novo, Páginas da Vida, […]

Antonio Calloni deixa a Globo depois de 38 anos

3 min de leitura