São Clemente presta justa homenagem, mas fica distante do Especial

Desfiles do Rio 2024. Foto: SRzd/Juliana Dias

São Clemente presta justa homenagem, mas fica distante do Especial:

Rio 2024: Seguiu, na noite deste sábado (10), o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Oito comunidades da Série Ouro, o acesso carioca, em destaque no palco maior do Carnaval.

A sexta a desfilar na Avenida foi a São Clemente, prestando justa homenagem para o compositor Zé Katimba, cheio de felicidade pela festa preparada pela escola da Zona Sul:

Veja a análise dos comentaristas do SRzd sobre a passagem da agremiação de Botafogo, que cometeu diversos pequenos erros ao longo de sua exibição; na evolução, no acabamento de suas alegorias e figurinos e no desenvolvimento do tema.

Wallace Safra: “A ala de passistas mostrou um samba no pé muito característico da agremiação; solto, alegre e com uma boa interação com o público. Figurino coerente com a proposta e leve, o que contribui com a boa evolução apresentada. O coordenador foi muito feliz no trabalho e merece os parabéns pelo conjunto apresentado”.

Célia Souto: “Os componentes cantam o samba com empenho, porém, detalhes como: clareza e equilíbrio na sonoridade deixaram a desejar no início do desfile. No decorrer da apresentação pode se ouvir um pouco melhor o entrosamento entre ritmo e melodia. Em relação à evolução, em frente ao setor 8, as alas apresentam um andamento mais acelerado em relação às alas anteriores perdendo a regularidade”.

Cláudio Francioni: “Em seu primeiro ano no comando, Mestre Bruno Marfim, que já era diretor há algum tempo, trouxe uma bateria com um ótimo volume e execução das caixas, tanto as de 14″ tocadas embaixo, quanto as de 12″ em cima. Marfim não exagerou no uso das bossas, guardando quase sempre para as cabines de julgamento. Boas concepções e execuções das convenções, marcações seguras e fortes e uma ótima ala de chocalhos em um bom desfile da Fiel Bateria”.

Jaime Cezário: “A São Clemente chegou no desfile batendo no peito, afirmando que um grande destino foi reservado para seu homenageado: o compositor Zé Katimba. Uma justa homenagem a este artista que compôs grandes e marcantes sambas. A história do enredo começava na cidade natal do homenageado: Guarabira, na Paraíba. Os outros setores exploravam suas composições musicais e sua história no samba. Este enredo não tem a personalidade irreverente e crítica da escola da Zona Sul, mas passou de forma correta, só um pouquinho apressado. As fantasias foram bem feitas, mas pecaram no estudo das cores, pois fugiu do tradicional preto e amarelo e mergulharam num colorido por vezes pouco compreensível. Exemplificando; a cor rosa utilizada nos passistas e bateria, vindo logo após uma fantasia azul com dourado. As alegorias eram grandes e bem acabadas, mas nas suas formas seguiam o padrão ‘caixote’, herança dos últimos carnavais do Grupo Especial. Assistimos com um gosto de saudade essa apresentação. Sentindo falta daqueles tempos em que a arquibancada sacudia cantando; ‘a São Clemente vem aí, quem chorava vai sorrir’. Saudade de você, São Clemente”.

Eliane Souza: O mestre-sala Tchetechelo veio cortejando a Erica, no final da procissão do samba, num bailado singelo. Eles formam o segundo casal da escola! Que beleza de casal, o Alex Marcelino e a Raphaela Caboclo! Dominam e apresentam com alegria os movimentos característicos do bailado. Com giros elaborados e seguros, ela desliza no ABANO, tanto em círculos quando em deslocamento em reta, possibilitando ao mestre-sala se exibir, pois sua dança amplia o espaço. O mestre-sala, que utiliza com grande habilidade o bastão, conduz a dama e a dança! Ele corteja realizando o CRUZADO, com passos miúdos e rápidos, louva o pavilhão durante a exibição no MEIO-SAPATEADO, desliza com rapidez e sapateados elaborados na CARRAPETA! Ao se aproximar de sua dama, oferece com segurança na PEGADA DE MÃO, a segurança necessária para que ela flua no AVIÃOZINHO! Quando se joga na falsa queda do VOLEIO, logo se ergue e sincroniza este movimento ao CRUZADO de cortejamento e proteção. De maneira gentil e cuidadosa, faz a APRESENTAÇÃO DA BANDEIRA e logo, deixa livre a dama, para que ela desfralde o pavilhão. Ele dança para ela e, garante seu papel de, igualmente, protagonista na cena! Obrigada, primeiro casal da São Clemente, pela preservação e manutenção dos movimentos característicos do bailado do mestre-sala e porta-bandeira! Bonito de se ver o Chiquinho da Maria Helena, no carro em homenagem a Imperatriz Leopoldinense, cortejando a Laryssa Victória, a porta-bandeira duplamente campeã, na Série Ouro e no Especial em 2023!

Wallace Safra: “Os famosos personagens de cordéis puxam a comissão de frente como um cortejo e trazem com ele o grande homenageado, Zé Katimba. Com um desenho coreográfico enérgico e dinâmico, os bailarinos se integram de maneira bem inteligente na coreografia, encorpando o resultado final. A troca de roupa a olho nu do jurado foi rápida e imperceptível, o que mostra o bom resultado do desenho cênico e da plástica escolhida e desenvolvida pela coreógrafa. O elemento cenográfico deixou um pouco a desejar, faltando uma maior interação com a comissão. Bom trabalho apresentado”.

+ ENTREVISTAS NO DESFILE 

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+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE

+ Carnaval 2024:

Que grande destino reservaram pra você, assinado por Bruno de Oliveira. Este é o enredo da escola que ficou com o 7º lugar na Série Ouro no Carnaval de 2023.

O samba é de autoria dos compositores Ricardo Góes, Naldo, Serginho Machado, Sergio Gil, Fadico, Orlando Ambrosio, Matias de Oliveira e Fernando de Lima.

+ ordem oficial de desfiles da Série Ouro 2024:

9 de fevereiro – sexta-feira

1ª – União de Parque Acari
2ª – Império da Tijuca
3ª – Acadêmicos de Vigário Geral
4ª – Inocentes de Belford Roxo
5ª – Estácio de Sá
6ª – União de Maricá
7ª – Acadêmicos de Niterói
8ª – Unidos da Ponte

10 de fevereiro – sábado

1ª – Sereno de Campo Grande
2ª – Em Cima da Hora
3ª – Arranco do Engenho de Dentro
4ª – União da Ilha
5ª – Unidos de Padre Miguel
6ª – São Clemente
7ª – Unidos de Bangu
8ª – Império Serrano

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