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Série enredos, parte 3: Em 2023, Salgueiro e Viradouro iguais apenas na cor e por J30

Arte: SRzd

Arte: SRzd

SRzd segue com a série Enredos. Desenvolvidos pelo carnavalesco Jaime Cezário, os textos analisam os temas das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro em 2023. No primeiro episódio, Cezario avaliou as apostas de Portela e Beija-Flor de Nilópolis (clique aqui para ler).

Na segunda parte, o artista avaliou os projetos da Imperatriz Leopoldinense e da atual campeã do Carnaval carioca, a Acadêmicos do Grande Rio (clique aqui para ler).

Saudações amigos leitores, vamos continuar nossa viagem pelo universo fantástico dos enredos das escolas de samba que desfilam no Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Vamos nos pintar de vermelho e branco e enveredar pelos enredos de duas escolas que sempre fazem a diferença em seus desfiles e possuem duas apaixonadas torcidas. A primeira nasceu com o lema de “nem melhor, nem pior, apenas diferente”, falo da tradicional escola de samba tijucana, Acadêmicos do Salgueiro, e outra, é a menina dos olhos da cidade de Niterói e que desde seu retorno ao Grupo Especial, não tem vindo para brincadeira, vem sempre para disputar o título, falo da Unidos do Viradouro.

O sorteio deixou uma em cada dia dos desfiles; o Salgueiro será a quinta agremiação a desfilar no domingo e a Viradouro terá a grande responsabilidade de encerrar a segunda-feira de Carnaval. Fora a cor, o que as duas escolas têm em comum? A resposta é possuir em suas histórias títulos ganhos com o mestre Joãozinho Trinta e que, sem sombra de dúvida, deixou como herança a formatação de suas personalidades vitoriosas na história do nosso Carnaval.

A Academia do Samba trouxe para comandar sua arte criativa o carnavalesco Edson Pereira, que chega propondo um enredo que quer fazer uma mudança no estilo da temática até então apresentada pela escola em suas últimas apresentações, que buscava enredos na cultura afro-brasileira.

O enredo proposto para 2023 trás como título “Delírios de um Paraíso Vermelho”, em que vamos viajar para tentar desvendar a linha mestra da construção da sua ideia e como deverá ser desenvolvido.

Algo fica bem claro quando se começa ler a delirante sinopse; percebemos que será uma grande homenagem ao Mestre Joãozinho 30, mas nada cronológico, e sim, por suas ideias apresentadas ao longo de sua jornada como carnavalesco.

João Jorge Trinta foi responsável por uma revolução nos desfiles, trouxe grandes inovações como a introdução de novos materiais, a verticalização das alegorias e fantasias. No enredo, deixou sua maior marca, a introdução do caráter delirante, para não dizer sonhador, nos enredos que até então, eram basicamente históricos.

No Salgueiro faz o Rei de França visitar a Ilha da Assombração no Maranhão, informou a todos que as minas do Rei Salomão estavam aqui no Brasil e que fomos visitados pelos Fenícios. Na Beija-flor, apostou no Jogo do Bicho, fez Vovó viajar ao reino da Saturnália, recriou o mundo na tradição Nagô, trouxe Adão e Eva para a Lapa e criou uma versão tupiniquim do grande sucesso da Brodway, naquele momento, em 1989, “Os Miseráveis”, inspirado na obra do escritor francês Vitor Hugo. Assim, nos fantasiamos de mendigos.

Na Viradouro mostrou os sustos de Debret, trouxe Orfeu da Conceição e assistimos embasbacados o universo ser recriado em plena Sapucaí. Criou histórias que faziam valer a frase: “é proibido proibir” e “o povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual”.

Mas é claro que teve quem resistisse, pois sempre têm aqueles que são contra porque não são a favor, as vezes nem sabem direito porque são contra mas são, e ele, de forma genial caminhou e nos encantou.

O leitor deve estar nesse momento se perguntando o motivo dessa viagem. Calma, isso é para soltar suas amarras e preparar vocês para uma outra viagem, que é no universo da sinopse do Salgueiro. Vou dar uma resumida nos parágrafos da sinopse a seguir, para tentar ajudar aos leitores a ter mais facilidade de compreensão do enredo.

A sinopse inicia afirmando que tudo começa com a palavra (o verbo), mas essas palavras e as gírias são do povo, que desce do morro para transformar as ruas em palco, criando a maior ópera popular do planeta sob o comando do Mestre/Profeta João que banhou de luxo a miséria.

Pelas mãos do profeta João, o povo esfarrapado ganhou ares de nobreza e protagonismo. Suas visões misturaram paraísos e infernos. As primeiras páginas da história do João Trinta foram escritas na Academia do Salgueiro. Criando enredos sem proibições ou pecados, pois sua arte é para fazer sonhar, sendo essa a regra básica para poder acessar ao Reino do Carnaval.

Livre de todas as amarras e podendo viajar sem limites, surge o grande Portal da Criação, que ao se abrir, nos traz as faces de um novo mundo: o Paraíso. Esse paraíso, ao contrário do que relatam os livros sobre a “criação”, se expande em tons de vermelho. E informa que as primeiras criaturas são criadas ora do barro, ora da costela e que são a imagem e semelhança do divino, assim surge o Éden.

Nesse novo Éden, a história se repete, e pelo fruto do conhecimento, vem a mordida do primeiro pecado, e a perfeição é perdida pelo conhecimento do bem e do mal. A desobediência custa caro, o vermelho perde a cor, a exuberância míngua. A criação é corrompida e é expulsa do paraíso, causando o fechamento do Portal pelo pecado original.

A criação fica a mercê dos limites mundanos e de toda maldade que nele existe, um verdadeiro inferno, onde a cada atitude ou juízo, uma condenação é feita através da exclusão e do cancelamento. O inferno agora está no que o outro pensa de você e o que entende como certo, a perversidade se torna o grande pecado, sendo que ninguém escapa, todos são vigiados. E quem ousar a desafiar os “costumes”, será castigado pelos “donos da verdade” com o exílio, o esquecimento e a culpa.

As vaidades vão se digladiar, se manifestando através da inveja e da ira. O que antes era fundamental pela qualidade, hoje é valorizado pelo baixo custo, e assim a dignidade virou produto de liquidação, pois o que importa é o que posso lucrar e ganhar. Nesses tempos sombrios e corrompidos nada mais tem valor moral, o destaque são para os prazeres da carne, da gula e da preguiça em fazer o que é certo.

O medo toma conta de todos, e é mostrado que a luta entre o bem e o mal é inevitável. O pecado original é cobrado todos os dias na figura de um dragão insaciável que se alimenta de sofrimento. Os sinais são dados diariamente que o fim dos tempos se aproxima no galope dos cavaleiros do apocalipse que se propaga pelas ruas espalhando o terror. O conflito é camuflado por uma falsa paz que nos consome, e assim, vão devastando, destruindo e espalhando a fome, o caos e a morte.

E quando tudo parece perdido, uma luz surge no fim do túnel, fazendo renascer a esperança. Somos salvos pela compaixão aos que foram excluídos e rejeitados. A energia deste sentimento ajuda a recriar o novo Éden, onde em seus campos férteis renasce o amor, a alegria e os sonhos. O medo se dissipa, pois todos são convidados a participar desse caldeirão de diversidade, paraíso dos devaneios e da liberdade democrática das ruas e avenidas, pois isso é o Carnaval.

Vistam suas fantasias vermelhas e brancas e mergulhem nessa folia que preenche a alma de todos de fartura, união e respeito. Toquem os tambores da Furiosa para dar boas vindas e pedir passagem para toda gente, pois são 70 anos celebrando a vida e a liberdade. Saudamos o grande Mestre João 30 que tanto ajudou a misturar o sagrado e o profano no nosso Paraíso Vermelho da Academia do Samba.

O enredo do Salgueiro buscou inspiração nos paraísos e infernos criados pelo Mestre João 30 para fazer seu enredo. No primeiro momento refere-se ao povo do Salgueiro descendo o morro e indo encantar a avenida com seus desfiles sob a batuta do grande mestre, citando que os esfarrapados ganharam a nobreza, uma clara referência ao desfile da Beija-flor de 1989, e faz o convite para sonhar e acessar o reino do Carnaval. E assim veremos seis setores que vão falar de criação do paraíso e a expulsão, os pecados capitais, os cavaleiros do apocalipse, a redenção dos excluídos e o “gran finale” terminando com esperança, respeito ao próximo e muita celebração e Carnaval, afinal, o Salgueiro comemora 70 anos.

O assunto do enredo já vimos algumas vezes sendo abordado na Avenida. O próprio Salgueiro trouxe no ano de 2017, com o enredo a Divina Comédia do Carnaval, uma história que conversava com esse assunto de pecados e paraísos.

O diferencial deste é trazer o mestre Joãozinho 30 para a história. Se houver realmente uma loucura criativa inspirada na obra do citado carnavalesco, pode ser incrível, mas se ficar apenas num setor…

Cito como exemplo do Carnaval de 2022, do próprio Salgueiro, que fez uma abertura ótima, onde víamos que a inspiração foi nitidamente na obra do João, mas passado o setor de abertura, o desfile foi caindo no mais do mesmo… Nesse caso, se isso voltar acontecer, só os Deuses do Carnaval poderão responder.

Vamos atravessar a ponte e partir em direção ao Barreto, em Niterói, e viajar pelo enredo que a Viradouro vai apresentar no Carnaval de 2023. Uma homenagem a personalidade feminina resgatada dos livros de história e que para a maioria dos simples mortais era totalmente desconhecida, falamos de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz.

Temos que destacar que essa iniciativa foi do seu carnavalesco Tarcísio Zanon, que esse ano inaugura carreira solo no Grupo Especial.

A sinopse do enredo tem como título “Rosa Maria Egipcíaca”, e para facilitar nossos entendimentos, os seis setores do enredo já vem nomeados. Ela é o que chamamos de uma sinopse setorizada, uma explicação para alguém que queira estudar os tipos de sinopses carnavalescas.

O enredo foi inspirado no livro “Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil”, do antropólogo e historiador Luiz Mott, de 750 páginas. O autor origina sua pesquisa de resgate dessa personalidade do século XVIII, nos manuscritos da inquisição portuguesa que estão localizados na Torre do Tombo em Portugal.

E quem foi Rosa?

É a primeira mulher preta a ter escrito um livro, do qual restaram algumas páginas manuscritas. Viveu 46 anos, sendo 20 deles no Rio de Janeiro. Ela nasceu na Costa da Mina, de Nação Coura (do grupo Mahi), foi escravizada e vendida aos traficantes de escravos, sendo desembarcada no Rio de Janeiro em 1725, aos seis anos de idade.

Chamo atenção a questão dela ser da Nação Coura, dai o termo “courana” que encontramos na sinopse. Outro ponto de curiosidade, seria o paradeiro do livro de 250 páginas escrito por ela. A resposta é que foi queimado pelo seu companheiro e dono, o “Padre Xota”, o termo “Xota” é de Xota-Diabos” pois era um padre exorcista (explicação para não pensarem bobagens).

Voltando ao livro, ela aprendeu a ler e a escrever depois dos 30 anos a pedido das vozes que ela ouvia e, segundo alguns registros, parece que foi psicografado. O título era “Sagrada teologia do amor de Deus luz brilhante das almas peregrinas”, e descreve a experiência sensorial do contato com Jesus Menino.

Mas como relatei, foi queimado para ela não parar numa fogueira da inquisição, pois era inadmissível que uma mulher preta, ex-escrava e letrada, escrevesse um livro, ainda mais psicografado, para sociedade da época. A única explicação entendida por eles, era que só poderia ser coisa do demônio e o destino era a fogueira.

A atitude do Padre Xota de queimar o livro, impediu isso de acontecer, mas não dela ser presa e levada para julgamento em Lisboa, onde acabou morrendo no cárcere. Outra questão importante é de onde vem a procedência desse nome atribuído a ela, conhecida como Rosa em seus delírios de possessão, se autointitula “Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz”.

O nome foi inspirado em Maria do Egito ou Santa Maria Egipcíaca ou Santa Maria Egípcia, que foi uma religiosa que viveu nos séculos IV e V e se retirou para o deserto após uma vida de prostituição, e Vera Cruz, por ser aqui no Brasil, pois foi um dos primeiros nomes dados a essas terras.

Vamos a sinopse apresentada e seus setores, o primeiro se intitula: “A Profecia das Águas”. Fala da visão de uma imagem de santa em uma arca que a menina courana teve num transe na sua sofrida viagem de vinda para o Brasil em um Navio Negreiro, como presságio de tudo que vai acontecer com ela por essas terras.

Uma visão do futuro destino que fará florir uma nova Rosa, preta e cálida: a Rosa mística do Brasil. Aí, mostrará sua chegada às terras cariocas na sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro, onde viveu durante oito anos em condição de cativeiro, quando foi maltratada pelo dono e até ser vendida para as Minas Gerais.

O segundo setor tem como título: “Auri Sacra Fames – A Fome de Ouro”. Vai mostrar a viagem de 12 dias para as Minas Gerais, atravessando a serra da Mantiqueira de pés descalços. Diz que nesse trajeto é assombrada por visões de “paraísos e infernos”.

Então, vai morar nas proximidades de Mariana. Ali permaneceu durante cerca de vinte anos, praticando a prostituição, entregando o corpo aos escravos que trabalhavam na extração do ouro. A sociedade devota do ouro e dos diamantes era sustentada pela depravada escravidão e toda degeneração moral e violação da dignidade dos corpos pretos.

Mostra ainda os batuques do Acotundá no terreirão da Fazenda Cata Preta em Alvinópolis, onde era cativa. O ritual Acotundá, ou Dança de Tunda, é um proto candomblé proveniente da cultura courana; são danças em honra do deus da terra de Courá.

O terceiro setor se intitula: “Ventanias, Visões e Possessões”. Início da fase beata de Rosa, o momento em que aos trinta anos, contraiu uma enfermidade que lhe provocava dor atroz e a prostrava no chão, seguida de uma experiência mística. Por volta de 1748 ela vendeu seus poucos bens – joias e roupas amealhadas com a venda do corpo – e distribuiu tudo aos pobres.

Adotou vida regrada, frequentando missas e liturgias, e ganhou fama de visionária e profetisa em Mariana, Ouro Preto e São João Del-Rei. Nessa fase vai conhecer e se aproximar do padre exorcista Francisco Gonçalves Lopes, o “Xota-Diabos”. Ele mostrará suas possessões, ora malignas, ora angelicais, causando alvoroço, chamando a atenção da Santa Inquisição, onde, por questão de segurança, decide mudar das Minas Gerais para o Rio de Janeiro.

O quarto setor fala sobre o surgimento da Flor do Rio. Tão logo chega ao Rio, Nossa Senhora pede a negra courana, através de uma visão celestial, que aprenda a ler e escrever, tarefa que cumprirá razoavelmente, sendo até agora a primeira africana de que se tem notícia em nossa história a ter aprendido os segredos do abecedário. A vida mística de Rosa impressiona vivamente os franciscanos, que a veem cumprir todos os exercícios pios muito em voga nos séculos passados: jejuns prolongados, autoflagelação, uso de silício, comunhão frequente.

Dão à preta Rosa o maravilhoso título de “Flor do Rio de Janeiro”. Funda um Recolhimento para “mulheres do mundo” que pretendiam como ela trocar o amor dos homens pelo do Divino esposo. Madre Rosa – como então era chamada por dezenas de seus devotos – sofistica suas visões, passando a escrevê-las ou ditando para que seus escribas anotassem tudo o que via e ouvia, seja revelado pelos santos, por Maria Santíssima ou pela própria boca de Deus. O poder da vidência não cessava e Rosa sonhou que seria desposada em um grandioso devaneio apocalíptico.

O quinto setor retrata a Derradeira Profecia de um dilúvio de força descomunal que lavaria os pecados da humanidade, águas em turbilhão sairiam como veios da terra. De onde emergiria não uma, mas duas arcas, sendo que em uma, estaria ela, na outra, o Rei D. Sebastião – desaparecido há dois séculos nas areias do Marrocos, o qual tinha escolhido a negra Rosa para sua esposa, e que deste matrimônio e de seu ventre nasceria o novo Redentor da humanidade.

A sinopse, numa licença poética, diz que dessa união surgirá o novo Império Brasileiro e ela livre para se tornar a santa que viu na sua primeira visão no navio negreiro.

O último setor é mais uma licença poética e fala “uma Santa Negra no Céu”, mostrando sua ascensão aos céus, sendo recebida por guardas da santa coroa empunhando fitas e bandeiras e muitos batuques para louvar a santa africana. A festa é completada com um desfile de folguedos para louvar o seu cortejo de canonização popular e, tudo isso, faz brotar rosas nos jardins do Palácio Celeste, como exemplos de tantas “Rosas” que aqui na terra travam lutas semelhantes.

E assim, segundo a sinopse, ela se torna a mais bela rosa que orna a coroa do Senhor no altar divino. Dessa forma, a Viradouro fechará o seu desfile, utilizando a passarela do samba para a canonização popular de “Rosa Maria Egipcíaca”.

O enredo é um resgate de uma personagem desconhecida da nossa história que foi marcante por sua vida sofrida, seja pela escravidão, prostituição ou por sua mediunidade, que lhe causavam visões e transes, onde era levada do inferno ao paraíso. Com tudo isso, foi muito respeitada, admirada e cultuada em sua vida aqui no Rio de Janeiro em pleno século XVIII.

Rosa, desafiou e enfrentou uma sociedade escravocrata, masculina e preconceituosa de um Brasil Colonial, conquistando algo inimaginável para uma mulher preta, ex-escrava e ainda letrada. Resistiu até onde pode, mas sucumbiu quando escreveu um livro com novos dogmas cristãos, pois quando a informação chegou ao ouvido da Santa Igreja Católica, foi presa e julgada pela Santa Inquisição em Lisboa por sua ousadia, terminando sua vida nos calabouços portugueses.

O enredo é denso, mas conseguiram terminar o desencadeamento de ideias de forma poética, exaltando a santidade de uma mulher preta e destemida. Parabéns Viradouro, afinal é essa a grande missão de uma escola de samba; levar cultura, alegria e informação ao povo! Salve Rosa! Salve João 30! Salve o Carnaval!

Jaime Cezário é arquiteto urbanista, carnavalesco, professor e pesquisador de Carnaval.

Começou sua carreira como carnavalesco no ano de 1993, no Engenho da Rainha. Atuou em diversas escolas de samba do Rio de Janeiro, entre elas, a Estação Primeira de Mangueira, São Clemente, Caprichosos de Pilares, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Cubango, Leão de Nova Iguaçu e Unidos do Porto da Pedra. Fora do Rio, foi carnavalesco da Rouxinóis, da cidade de Uruguaiana, e União da Ilha da Magia, de Florianópolis.

Em 2007 e 2008 elaborou o trabalho de pesquisa que permitiu a declaração das escolas de samba que desfilam na cidade do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural Carioca, junto da Prefeitura do Rio de Janeiro e do IRPH, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.

Em 2013, a fantasia da ala das baianas – criada por Jaime para o Carnaval de 2012 para a Acadêmicos do Cubango –, entrou para o acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Iowa, no EUA.

Essa fantasia está exposta no setor dedicado as festas folclóricas da América Latina e representa o Carnaval das escolas de samba do Brasil. Esse feito fez de Jaime o primeiro carnavalesco a ter uma obra exposta em acervo permanente num museu internacional.

Crédito das fotos: divulgação
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do portal SRzd

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