Segunda escola da Série A cruzando a Avenida neste primeiro dia de desfiles, a Rocinha mostrou toda sua garra e paixão em seus 54 minutos de travessia. Com um enredo que contava a história de Vovó Maria Conga, a escola desfilou animada, mas apesar de tamanha empolgação, o destaque foi para a má evolução, uma demanda não vencida pela escola. Rocinha abriu buraco considerável entre a décima quinta ala e o último carro.
“O bom samba animou a escola, que fez um bom desfile, prejudicado apenas pelo problema de um carro bem em frente à segunda cabine de julgadores no setor 6. A criatividade das fantasias foi um ponto positivo.”
Comandada por Júnior Barbosa, a comissão de frente da Rocinha representou a travessia pelo cruzeiro das almas, de um lado a heroína e guerreira Maria Conga, líder de seu quilombo, do outro, Vovó Maria Conga, a líder dos pretos velhos, espírito de energia positiva. Mesmo sendo sua estreia no quesito, Júnior levou para a Avenida uma linda coreografia que emocionou o público com a aparição da Preta Velha no tripé carregado por bailarinos que representavam Ogãs. Com muita garra, força, passos muito bem marcados, a comissão da Rocinha fez jus à sua fantasia de guerreira e não cometeu nenhum erro durante a passagem pelas cabines.
Marcio Moura, comentarista do SRzd, elogiou o desempenho coreográfico da escola:
“Estreando na Marquês, Júnior Barbosa traz um grupo de bailarinas muito bem ensaiadas com uma coreografia de forte apelo Afro religioso. Desenhos muito claros e movimentação pertinente ao enredo. Um tripé carregado por 4 Ogãs traz a grande surpresa da comissão, ‘Maria Conga’. Uma bela apresentação que agradou bastante o público.”
Em uma apresentação marcada por um vento moderado na primeira cabine de jurados, Vinícius Jesus e Viviane Oliveira brilhou no desfile. Em sua coreografia, o casal acrescentou movimentos de dança afro e com muita simpatia evolui com leveza durante todo o desfile. Representando a Realiza do Congo, levaram ao público toda riqueza e beleza da tribo congolesa antecedente a escravização de seu povo.
A comentarista do quesito pelo SRzd, Eliane Souza, enfatizou a simpatia do casal na Avenida e elogiou o bailado do casal:
“Vinicius Jesus e Viviane Oliveira, diante da cabine julgadora, exibiram o bailado bastante acrescentado de passos e gestos da dança afro, atendendo ao que descrevia o enredo. Os passos obrigatórios da dança do casal foram atravessados por esta inclusão coreográfica tornando a performance do par ampliada em seu repertório. Os movimentos coordenados da dupla foram realizados de maneira harmônica e com desenvoltura. O casal percorreu a passarela com simpatia, cumprimentando o público.”
As alegorias da Rocinha foram completamente condizentes ao enredo proposto, mas o destaque vai para “O Reino das Almas”, terceira e última alegoria da agremiação. Trazendo uma enorme figura de Vovó Maria Conga, o carro abrilhantou o desfile e encantou o público com seus movimentos. Com um punhado de ervas em uma das mãos e seu charuto branco na boca, a representação da entidade benzeu e abençoou toda a Avenida.
O comentarista Wallace Safra falou um pouco sobre as alegorias da escola:
“O conjunto de alegorias foi homogêneo, sem muitas extravagâncias e um trabalho plásticos sutil no desenvolvimento das cores propostas.”
Com fantasias simples, porém pertinentes ao enredo, a Rocinha levou para a Avenida diversas cores e tonalidades que representavam muito bem a história de Maria Conga. Sem muita exuberância e pouco volumosas, as fantasias passaram a mensagem desejada pela escola.
O comentarista do SRzd Wallace Safra, falou sobre as fantasias, ressaltando a do último destaque:
“A escola apresentou fantasias com acabamentos regulares, uma plástica coerente ao enredo proposto, sem muitos erros. O carnavalesco Marcos Paulo desenvolveu um bom trabalho em espumas, cabeças e costeiros. Destaque para a fantasia do último destaque de chão da escola, Yohji Leão, com a fantasia Alma Livre”
O enredo da Rocinha para 2020 foi “A Guerreira Negra que Dominou os Dois Mundos” e contou a história de Maria Conga, líder de seu quilombo, guerreira e posteriormente entidade cultuada em terreiros e barracões de religiões de matriz africana.
O carnavalesco Marcus Paulo prestou uma bela homenagem a ela, mulher forte e linha de frente de seu quilombo e guerreira. O enredo foi bem passado através das fantasias e alegorias e recorreu a muitos elementos afro na plástica para passar a mensagem principal.
Com um samba composto por Claudio Russo, Fadico e Anderson Benson e interpretado por Ciganarey, a Rocinha empolgou o público com seu refrão chiclete e animado. Os componentes, afiados, fizeram com que o público presente conseguisse cantar junto com a mesma força em uma só voz.
A obra é uma das melhores da Série A e com o bom desempenho na Avenida deve garantir à escola boas notas na apuração.
Representando a fé, Monica Nascimento brilhou na frente da bateria da Rocinha. Comandada por Mestre Júnior teve um bom desenvolvimento, assim como nos últimos anos de desfile. Empolgou o público com suas bossas bem feitas e ritmistas alegres, a bateria fez sucesso na Avenida.
Cláudio Francioni, comentarista do quesito pelo SRzd, elogiou a passagem da bateria pela Avenida:
“Mais um grande desfile da bateria comandada pelo Mestre Júnior, mantendo a regularidade dos últimos anos. Muita previsão na levada, bossas criativas e bem executadas, bom gosto nos arranjos das marcações, bem afinada e com um andamento excelente.”
A escola foi harmônica e todos os componentes estavam bastante animados, cantando o samba com paixão e garra necessárias para levantar a agremiação. O refrão principal foi o mais bem executado pela escola e rendeu um bom desfile.
Durante todo o tempo da apresentação, os componentes mantiveram-se bastante animados e se esforçaram para que a escola obtivesse boas notas nesse quesito.
Embora a agremiação tenha sido animada e encerrado o desfile dentro do tempo esperado, um grande buraco foi aberto no último setor entre a décima quinta ala e o último carro. Algumas alas pareciam estar emboladas e com componentes um pouco cansados.
A escola não ficou muito tempo parada e em dado momento até recuou na tentativa de diminuir o buraco formado no último setor.
Enredo: “A Guerra Negra que Dominou os Dois Mundos”
Presidente: Ronaldo Oliveira
Carnavalesco: Marcus Paulo
Intérprete: Ciganarey
Mestre de Bateria: Júnior
Rainha de Bateria: Mônica Nascimento
Comissão de Frente: Júnior Barbosa
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Vinícius Jesus e Viviane Oliveira
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