‘Retrospectiva SRzd’: Os dez piores momentos do Carnaval em 2017
O ano já está acabando e momentos bons e ruins deram o tom do Carnaval em 2017. Como forma de despedida, o SRzd faz uma retrospectiva e relembra os dez piores e melhores momentos da folia. Nesta primeira reportagem, listamos as situações que os sambistas desejam que não se repitam em 2018, mas que ficarão guardadas na memória.
10 – Prefeito falta e porta do Rio quase fica fechada para o Carnaval 2017
O ano já começou mal para a festa que embala a cidade e milhões de foliões pelas ruas do Rio de Janeiro. Isso porque, após confirmar presença, o prefeito Marcelo Crivella deu para trás e não compareceu à cerimônia de entrega da chave da cidade ao Rei Momo.
A confusão já vinha acontecendo antes mesmo da ausência do prefeito. A cerimônia, tradicionalmente realizada no Palácio da Cidade, em Botafogo, foi transferida para o Setor 1 da Marquês de Sapucaí e marcada para o dia 24 de fevereiro. No início da noite, a chave chegou, mas o prefeito não. Depois de muito atraso e enrolação, coube à secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, realizar a entrega.
9 – Cidade do Samba para de sambar por um mês
Foi um mal necessário. Mas as escolas de samba do Grupo Especial perderam mais de um mês de trabalho nos barracões devido à interdição da Cidade do Samba. O local foi fechado pelo Ministério do Trabalho no dia 19 de outubro e começou a ser liberado a partir de 22 de novembro. Apesar disso, as instalações melhoraram e a segurança dos funcionários aumentou.
8 – Carro cai, mas escola não
A segunda maior polêmica do Carnaval não poderia ficar de fora da lista. O rebaixamento de nenhuma escola do Grupo Especial, aprovado em assembleia extraordinária da Liesa, provocou reclamações e questionamentos. E não para por aí: o que mais revoltou os sambistas foi o fato da Unidos da Tijuca, que teve todo o desfile prejudicado pelo acidente na segunda alegoria, não ter caído para o Grupo de Acesso.
Vale lembrar que a agremiação do Borel ficou em 11º lugar. A última colocação ficou com o Paraíso do Tuiuti, que também teve o desfile marcado pela tragédia do último carro, mas que não chegou a comprometer toda apresentação da escola.
7 – Um décimo e duas campeãs
O não rebaixamento só não foi a maior polêmica do Carnaval por causa de um erro da Liesa que quase custou o título da Mocidade Independente. A escola, que havia ficado em 2º lugar na apuração, se surpreendeu quando viu a justificativa do jurado de enredo Valmir Aleixo. O julgador tirou 0,1 ao alegar a falta de um destaque de chão no desfile. Acontece que, de acordo com o livro abre-alas enviado pela agremiação, não havia nenhum destaque listado naquela posição.
A confusão foi tanta que a Liesa se posicionou e assumiu a culpa. Na primeira versão do livro da Mocidade, havia o destaque, mas a escola modificou e enviou uma versão atualizada. A Liga se confundiu e acabou dando ao jurado a cópia antiga. Resultado: confusão, protesto, reunião da Liesa e duas campeãs. A Mocidade passou a dividir o título do Carnaval 2017 com a Portela.
6 – Duas vezes ‘Renascer’ das cinzas
Fogo no barracão já deixou todo o mundo do samba traumatizado após 2011. Mas em 2017, o susto e tristeza tomaram conta dos foliões por dois momentos. Nos dias 28 de junho e 10 de agosto, o barracão da Renascer de Jacarepaguá, localizado na Francisco Bicalho, foi engolido pelas chamas. A agremiação perdeu grande parte do material e prometeu renascer das cinzas.
5 – Com dinheiro ou sem dinheiro?
O problema financeiro que pegou escolas de todas as divisões foi um dos marcos negativos desse ano de 2017. A novela começou em junho com o anúncio da redução da subvenção e, até o presente momento, persiste com a não assinatura do contrato entre a prefeitura e a Série A.
Nesse meio tempo, como toda novela, o Carnaval já foi do céu ao inferno e ficou rico e pobre. Perdeu subvenção, conseguiu patrocínio da Caixa, perdeu patrocínio da Caixa, conseguiu investimento privado de R$ 35 milhões, mas o dinheiro chegou? Ao que parece, o dilema das escolas continuará para 2018.
4 – E o povo não caiu dentro da folia
Nesse ano de 2017, o rei mandou o povo não cair dentro da folia. E assim foi feito. Com o portão fechado e as arquibancadas vazias, o carioca perdeu uma das maiores diversões de pré-Carnaval: os ensaios técnicos. Cabe lembrar que a decisão pelo cancelamento dos treinos das escolas para o Carnaval 2018 foi tomada pela Liesa em conjunto com as agremiações.
3 – Não foi o dia da tribo da Vila Vintém
Quem estava nos setores 6 e 7 da Sapucaí lembra bem do ocorrido no início do desfile da Unidos de Padre Miguel. Numa apresentação até então apoteótica que credenciava a escola a brigar pelo título da Série A, a porta-bandeira Jéssica Ferreira acidentou uma das pernas durante a apresentação em frente à cabine dupla de jurados e caiu.
Consternado, o mestre-sala recolheu o pavilhão e esperou a chegada do socorro à parceira. A segunda porta-bandeira, Cássia Maria, foi acionada e terminou o desfile junto do primeiro mestre-sala.
2 – O show que não pôde continuar
Passado o Carnaval 2017, outra notícia deixou aflitos os sambistas e fãs de Arlindo Cruz. O cantor e compositor foi internado em março, logo após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Até o presente momento, Arlindo permanece no hospital e, de acordo com informações de parentes, o estado é de melhora a cada dia.
Recentemente, o filho do cantor, Arlindinho, postou uma foto com o pai de gorro de papai noel para comemorar o Natal. Enquanto isso, o mundo do samba torce pela volta de Arlindo, pois como o próprio sempre afirmou: “O show tem que continuar”.
1 – Tragédia azul e amarela
O Brasil se chocou e chorou com as tragédias do Carnaval 2017. Um festa que era para ser de alegria, foi de dor e sofrimento para muitos foliões. Os acidentes com a última alegoria do Paraíso do Tuiuti e segunda alegoria da Unidos da Tijuca foram, de fato, os piores momentos da festa nesse ano. Os acontecimentos levaram a óbito a radialista Liza Carioca e deixaram inúmeras pessoas com sequelas que levarão tempo para passar.
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