‘Retrospectiva SRzd’: Os dez piores momentos do Carnaval em 2017

‘Retrospectiva SRzd’: alguns dos piores momentos do Carnaval em 2017.

O ano já está acabando e momentos bons e ruins deram o tom do Carnaval em 2017. Como forma de despedida, o SRzd faz uma retrospectiva e relembra os dez piores e melhores momentos da folia. Nesta primeira reportagem, listamos as situações que os sambistas desejam que não se repitam em 2018, mas que ficarão guardadas na memória.

10 – Prefeito falta e porta do Rio quase fica fechada para o Carnaval 2017

Após muita confusão, chave da cidade é entregue ao Rei Momo. Foto: André Horta.

O ano já começou mal para a festa que embala a cidade e milhões de foliões pelas ruas do Rio de Janeiro. Isso porque, após confirmar presença, o prefeito Marcelo Crivella deu para trás e não compareceu à cerimônia de entrega da chave da cidade ao Rei Momo.

A confusão já vinha acontecendo antes mesmo da ausência do prefeito. A cerimônia, tradicionalmente realizada no Palácio da Cidade, em Botafogo, foi transferida para o Setor 1 da Marquês de Sapucaí e marcada para o dia 24 de fevereiro. No início da noite, a chave chegou, mas o prefeito não. Depois de muito atraso e enrolação, coube à secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, realizar a entrega.

9 – Cidade do Samba para de sambar por um mês

Cidade do Samba. Foto: Reprodução.

Foi um mal necessário. Mas as escolas de samba do Grupo Especial perderam mais de um mês de trabalho nos barracões devido à interdição da Cidade do Samba. O local foi fechado pelo Ministério do Trabalho no dia 19 de outubro e começou a ser liberado a partir de 22 de novembro. Apesar disso, as instalações melhoraram e a segurança dos funcionários aumentou.

8 – Carro cai, mas escola não

Carro quebra durante desfile da Unidos da Tijuca. Foto: Hora Brasil.

A segunda maior polêmica do Carnaval não poderia ficar de fora da lista. O rebaixamento de nenhuma escola do Grupo Especial, aprovado em assembleia extraordinária da Liesa, provocou reclamações e questionamentos. E não para por aí: o que mais revoltou os sambistas foi o fato da Unidos da Tijuca, que teve todo o desfile prejudicado pelo acidente na segunda alegoria, não ter caído para o Grupo de Acesso.

Vale lembrar que a agremiação do Borel ficou em 11º lugar. A última colocação ficou com o Paraíso do Tuiuti, que também teve o desfile marcado pela tragédia do último carro, mas que não chegou a comprometer toda apresentação da escola.

7 – Um décimo e duas campeãs

Desfile na Sapucaí da campeã 2017 Mocidade Independente de Padre Miguel. Foto: Fernando Grilli/Riotur.

O não rebaixamento só não foi a maior polêmica do Carnaval por causa de um erro da Liesa que quase custou o título da Mocidade Independente. A escola, que havia ficado em 2º lugar na apuração, se surpreendeu quando viu a justificativa do jurado de enredo Valmir Aleixo. O julgador tirou 0,1 ao alegar a falta de um destaque de chão no desfile. Acontece que, de acordo com o livro abre-alas enviado pela agremiação, não havia nenhum destaque listado naquela posição.

A confusão foi tanta que a Liesa se posicionou e assumiu a culpa. Na primeira versão do livro da Mocidade, havia o destaque, mas a escola modificou e enviou uma versão atualizada. A Liga se confundiu e acabou dando ao jurado a cópia antiga. Resultado: confusão, protesto, reunião da Liesa e duas campeãs. A Mocidade passou a dividir o título do Carnaval 2017 com a Portela.

6 – Duas vezes ‘Renascer’ das cinzas

Incêndio no barracão da Renascer de Jacarepaguá. Foto: Reprodução de TV
Incêndio no barracão da Renascer de Jacarepaguá. Foto: Reprodução de TV.

Fogo no barracão já deixou todo o mundo do samba traumatizado após 2011. Mas em 2017, o susto e tristeza tomaram conta dos foliões por dois momentos. Nos dias 28 de junho e 10 de agosto, o barracão da Renascer de Jacarepaguá, localizado na Francisco Bicalho, foi engolido pelas chamas. A agremiação perdeu grande parte do material e prometeu renascer das cinzas.

5 – Com dinheiro ou sem dinheiro?

Crivella entrega cheque simbólico de R$ 13 milhões de reais. Foto: Reprodução/Facebook.

O problema financeiro que pegou escolas de todas as divisões foi um dos marcos negativos desse ano de 2017. A novela começou em junho com o anúncio da redução da subvenção e, até o presente momento, persiste com a não assinatura do contrato entre a prefeitura e a Série A.

Nesse meio tempo, como toda novela, o Carnaval já foi do céu ao inferno e ficou rico e pobre. Perdeu subvenção, conseguiu patrocínio da Caixa, perdeu patrocínio da Caixa, conseguiu investimento privado de R$ 35 milhões, mas o dinheiro chegou? Ao que parece, o dilema das escolas continuará para 2018.

4 – E o povo não caiu dentro da folia

Ensaio técnico Beija-Flor/Fotos: Maria Zilda/Henrique Matos
Arquibancada lotada para o ensaio técnico da Beija-Flor em 2017. Foto: Maria Zilda/Henrique Matos.

Nesse ano de 2017, o rei mandou o povo não cair dentro da folia. E assim foi feito. Com o portão fechado e as arquibancadas vazias, o carioca perdeu uma das maiores diversões de pré-Carnaval: os ensaios técnicos. Cabe lembrar que a decisão pelo cancelamento dos treinos das escolas para o Carnaval 2018 foi tomada pela Liesa em conjunto com as agremiações.

3 – Não foi o dia da tribo da Vila Vintém

Momento da queda da porta-bandeira da UPM. Foto: Reprodução/TV.

Quem estava nos setores 6 e 7 da Sapucaí lembra bem do ocorrido no início do desfile da Unidos de Padre Miguel. Numa apresentação até então apoteótica que credenciava a escola a brigar pelo título da Série A, a porta-bandeira Jéssica Ferreira acidentou uma das pernas durante a apresentação em frente à cabine dupla de jurados e caiu.

Consternado, o mestre-sala recolheu o pavilhão e esperou a chegada do socorro à parceira. A segunda porta-bandeira, Cássia Maria, foi acionada e terminou o desfile junto do primeiro mestre-sala.

2 – O show que não pôde continuar

Arlindo Neto e Arlindo Cruz. Foto: Reprodução/Instagram
Arlindo Neto e Arlindo Cruz. Foto: Reprodução/Instagram.

Passado o Carnaval 2017, outra notícia deixou aflitos os sambistas e fãs de Arlindo Cruz. O cantor e compositor foi internado em março, logo após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Até o presente momento, Arlindo permanece no hospital e, de acordo com informações de parentes, o estado é de melhora a cada dia.

Recentemente, o filho do cantor, Arlindinho, postou uma foto com o pai de gorro de papai noel para comemorar o Natal. Enquanto isso, o mundo do samba torce pela volta de Arlindo, pois como o próprio sempre afirmou: “O show tem que continuar”.

1 – Tragédia azul e amarela

Cenas dos feridos pelo acidente da Paraíso do Tuiuti. Foto: Reprodução/Internet.

O Brasil se chocou e chorou com as tragédias do Carnaval 2017. Um festa que era para ser de alegria, foi de dor e sofrimento para muitos foliões. Os acidentes com a última alegoria do Paraíso do Tuiuti e segunda alegoria da Unidos da Tijuca foram, de fato, os piores momentos da festa nesse ano. Os acontecimentos levaram a óbito a radialista Liza Carioca e deixaram inúmeras pessoas com sequelas que levarão tempo para passar.

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