Presidente da Riotur sobre verba do Carnaval: ‘Tentando trocar o recurso público pelo privado’

Marcelo Alves, presidente da Riotur (esquerda), e Jorge Castanheira, presidente da Liesa (direita). Foto: Divulgação

As escolas de samba cariocas iniciarão 2020 sem “centavo algum” da prefeitura. O fato não acontecia desde a década de 1930, quando o então prefeito Pedro Ernesto iniciou o investimento público nos desfiles. A luta pra pôr o Carnaval na rua vai desde reaproveitamento de materiais a vaquinhas online. A situação caótica é vista pela Riotur como uma transição entre o modelo de investimento público e o patrocínio privado, algo que o presidente da entidade, Marcelo Alves, vem tentando implementar nos últimos anos.

“A gente entende a importância do Carnaval, mas a gente tem que ter responsabilidade, principalmente com o dinheiro público. A prefeitura hoje tem um déficit de mais de 8 bilhões. Existem diversos caminhos que a gente pode pegar para minimizar a falta de recursos e não prejudicar o maior espetáculo do mundo. A gente está tentando trocar o recurso público pelo privado”, afirmou Alves.

O Carnaval 2018 marcou o primeiro desfile com subvenção reduzida por Marcelo Crivella. Na época, cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 1 milhão da prefeitura, mais R$ 500 mil de patrocínio da Uber. Em 2019, o apoio público foi de R$ 500 mil, mais R$ 1 milhão vindo da Light. Para 2020, nada será dado pela prefeitura e até o momento não há patrocinador para as agremiações.

“O prefeito nos deu essa liberdade de buscar caminhos. Trouxemos o Uber, a Light, e estamos buscando mais possibilidades. As empresas querem. Elas acreditam nesse espetáculo. Estive há um tempo com o prefeito de Miami e ele se encantou com a festa, quer estar aqui com a gente no Carnaval”, disse o presidente da Riotur.

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