Prefeitura recusa proposta de entrada gratuita para desfiles da Série A em troca de subvenção

Acadêmicos do Sossego 2019. Foto: Juliana Dias/Srzd

Está batido o martelo: nenhuma agremiação que desfila na Sapucaí receberá dinheiro público para fazer seu Carnaval, nem mesmo as da Série A, que sofrem em barracões improvisados e têm um caixa consideravelmente menor em relação às escolas do Especial.

A Lierj até tentou uma última cartada para reverter a situação e sensibilizar a prefeitura, mas sem sucesso. Chefe do município, Marcelo Crivella recusou a proposta da liga de ter entrada gratuita para os desfiles da Série A no Sambódromo, na sexta e sábado de Carnaval 2020, em troca da subvenção às escolas de samba.

A ideia da entidade responsável pela Série A se baseou no próprio discurso do prefeito, que ao anunciar o corte total do investimento público nos desfiles da Sapucaí, disse que a prefeitura não daria dinheiro a eventos na cidade com cobrança de ingresso.

“Não vai haver recurso público para os desfiles na Sapucaí, o prefeito já foi categórico. Mas estamos apresentando a ideia para algumas marcas e buscando apoio para a Série A. Até o momento, não houve nenhum sinal verde. A prefeitura não tem caixa para investimento desse porte. Estamos tentando apoiá-los, porém sem a responsabilidade de conseguirmos, não há obrigatoriedade”, afirmou Marcelo Alves, presidente da Riotur, em entrevista ao O Dia.

Esperança em Witzel

Wilson Witzel em visita ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Foto: Agência Brasil

Sem o apoio da prefeitura, as expectativas da Lierj se voltam para o governo estadual. Wallace Palhares, presidente da entidade, espera que Wilson Witzel se sensibilize com a situação da Série A, já que o governador é um grande entusiasta da festa.

“É o pior momento do Carnaval da Série A. As escolas estão fazendo reciclagem, não têm dinheiro. Precisamos que olhem para a gente com carinho. Já que o Witzel disse tanto que vai ajudar, esperamos que se sensibilize”, disse ao O Dia o presidente da Lierj, que afirmou já ter entregue a documentação que pede patrocínio por meio Lei de ICMS, por intermédio do estado – fórmula que deu certo em 2019 e viabilizou os ensaios técnicos na Sapucaí.

Os desfiles com entrada 0800 também não estão descartados. A Lierj estuda junto com a Liesa, detentora do Sambódromo no período carnavalesco, a logística da distribuição dos ingressos e da entrada gratuita na Marquês de Sapucaí. “Não teria ingresso entregue na porta, todos seriam distribuídos antecipadamente”, contou Wallace Palhares.

Comentários

 




    gl