O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, a secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, e o diretor da entidade Elmo José dos Santos tiveram um encontro tenso na semana passada para detalhar como seria a relação do poder público com a organização do Carnaval. A reunião foi cercada de apreensão.
Crivella foi explícito nos pormenores de como pretendia enfrentar o problema de falta de verbas na administração municipal: “Eu propus à Liesa um corte de 50% (subvenção concedida às escolas de samba do Grupo Especial a partir do Carnaval de 2018). Estamos com restrições orçamentárias, quero usar esses recursos a partir de agosto para pagar uma diária de R$ 20 para atender 3 mil crianças. Hoje, essas creches recebem R$ 10.”
Castanheira: Carnaval traz benefícios para a cidade, resultados econômicos e de imagem para o Rio de Janeiro.
Se a posição de corte de 50% da subvenção for mantida, as escolas terão que repensar o modelo de compra de materiais, montagem dos carros alegóricos, confecção de fantasias e, inevitavelmente, a escassez de recursos vai alterar a apresentação na Avenida e até mesmo a transmissão da festa pela TV. Em média, o custo de um desfile gira em torno de R$ 6,5 mi.
O presidente da Liesa respeita a prioridade a ser dada às crianças e o cuidado com as creches, mas ele alerta que não se pode misturar as coisas:
Castanheira gostaria que já na reunião da semana passada tivessem presentes os presidentes da escolas. Ele ponderou que o Carnaval não é despesa, e sim, investimento. Castanheira argumentou que o Carnaval traz benefícios para a cidade, resultados econômicos e financeiros e de imagem para o Rio. E que ficará muito difícil realizar o espetáculo sem esse apoio integral da Prefeitura.
Crivella contrapôs que os recursos das escolas seriam remanejados para dobrar as diárias pagas por criança às creches, inclusive as conveniadas com a prefeitura. Ao SRzd, Castanheira disse que pediu uma nova reunião do prefeito com os presidentes das agremiações. A reunião estava inicialmente marcada para as 15h desta segunda (12), mas foi cancelada por problemas de agenda de Crivella.
Numa ligação telefônica do presidente da Riotur, Marcelo Alves, a Castanheira, ficou encaminhada a remarcação da data da reunião, provavelmente para a semana que vem.
Nos dois últimos anos (2016-2017), cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 2 milhões da prefeitura. Com o corte, esse valor passaria para R$ 1 milhão por agremiação, que corresponde ao que cada escola recebeu há dez anos, em 2008, quando iniciou-se a gestão Eduardo Paes. O atual prefeito argumentou que precisa dos recursos, e que o corte não iria interferir tanto no evento se os sambistas forem valorizados. Castanheira, por sua vez, diz que o investimento da prefeitura no Carnaval gera receitas para a cidade que compensam o gasto.
Castanheira lembrou, que durante a campanha eleitoral, o prefeito havia prometido apoiar a festa. Ambos chegaram até a posar para fotos quando reinava plena harmonia entre eles:
Crivella prometeu lançar mão dos recursos do Fundo de Turismo para investir em infraestrutura da Sapucaí. A ideia seria usar as verbas para melhorar o som do espetáculo e facilitar a instalação de telões.
Crivella quer dobrar os recursos destinados a crianças atendidas em creches
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, já iniciou os estudos para aumentar o repasse de verbas para creches conveniadas com o município. A intenção do prefeito é dobrar a diária que as instituições recebem por criança, que atualmente é de R$ 10,00. Hoje, cerca de 15 mil alunos são atendidos em 158 unidades. A nova diária de R$ 20,00 deve começar a ser paga a partir de agosto.
Parte da verba de subvenção destinada às escolas de samba do grupo especial será remanejada para ajudar nesse projeto. Para a realização dos desfiles em 2017, foram repassados às agremiações cerca de R$ 24 milhões. Metade desse valor será revertida para melhorar a alimentação e o material escolar das crianças.
– O valor que é pago hoje é muito pouco até mesmo para comprar um iogurte. O que estamos fazendo é refletir como gastar melhor. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias (Carnaval) ou ao longo de 365 dias ao ano – pondera o prefeito.
Apesar do remanejamento, o Carnaval do Rio vai receber novos investimentos em 2018. A Avenida Marquês de Sapucaí passará por obras para melhorar as condições de infraestrutura oferecidas às escolas de samba. O planejamento prevê a modernização dos sistemas de luz e som, além da instalação de telões por toda a passarela. O remanejamento da verba não quer dizer que as escolas de samba ficarão sem recursos, uma vez que o Conselho de Turismo poderá investir diretamente nas agremiações por intermédio de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.
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