Ponte encara muitos problemas com alegorias e evolução no encerramento da 1ª noite do Acesso
Desfiles do Rio 2024. Foto: SRzd/Leandro Milton
Ponte encara muitos problemas com alegorias e evolução no encerramento da 1ª noite do Acesso:
Rio 2024: Começou, na noite desta sexta-feira (9), o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Oito comunidades da Série Ouro, o acesso carioca, em destaque no palco maior do Carnaval.
A oitava a desfilar na Avenida foi a Unidos da Ponte, escola que já frequentou por dez vezes o grupo principal. Foi dela a missão de encerrar a primeira parte do espetáculo do Acesso 2024.
Logo de cara, causou boa impressão com a ‘cabeça da escola’ trazendo cores quentes e um conjunto cromático de lindo impacto. Embora, as duas composições do abre-alas tenham apresentado problemas desde a entrada no Setor 1.
Ainda nesse setor, o último carro também demorou a entrar, causando grande espaçamento no início da pista. Ainda foram notáveis problemas de acabamento e na estrutura dos carros.
Que pena! Problemas na Unidos da Ponte na entrada do Setor 1 pic.twitter.com/6Y82ve4UFg
— SRzd Carnaval (@srzdcarnaval) February 10, 2024
Ainda, alterando um andamento mais acelerado, ora mais cadenciado, sobrou no tempo, o que fez o cortejo praticamente ‘parar’ na reta final da apresentação para não deixar a Avenida antes do tempo mínimo previsto em regulamento.
Veja a análise dos comentaristas do SRzd sobre o encerramento da primeira noite:
Wallace Safra: “Sendo um real prelúdio do enredo, a comissão trouxe para avenida Iansã e Exu, pedindo bençãos para seu desfile. Os coreógrafos desenvolveram um trabalho cênico harmonioso, de fácil leitura e com um desenho coreográfico liberal ao enredo, com entendimento e percepção sem grande complexidade. O elemento coreográfico trouxe dificuldades de evolução para o corpo de bailarinos e foi pouco aproveitado, não dialogando de forma tão presente e próxima à coreografia apresentada. Bom trabalho”.
Célia Souto: “A última escola a desfilar apresenta o canto do samba onde podemos sentir a falta de garra em grande parte pela falta de totalidade e comprometimento no desenvolvimento do canto. Os componentes não demonstram empenho para cantar o samba na sua totalidade, oscilando entre momentos mais animados e outros onde o canto perde a tenacidade prejudicando o desempenho da evolução e demonstrando irregularidade no chão da escola”.
Jaime Cezário: “A Unidos da Ponte trouxe a mandinga do Dendê para fechar os desfiles do primeiro dia da Série Ouro. Um enredo que conversa com a personalidade da agremiação e que faz, inclusive, alusão ao enredo de 1984, Oferendas. A história foi bem resolvida e com o dendê aparecendo do início ao fim. A escola iniciou explorando as cores avermelhadas do azeite, lembrando as associações com os Orixás no qual ele tem maior associação: Exu e Iansã. A chegada ao Brasil é a identificação com o povo baiano, terminando ofertando oferendas aos Orixás. Fantasias bem cuidadas e alegorias com associação direta ao assunto que abordava. Agora é aguardar a quarta-feira para saber se o Axé pupa deu liga, ou melhor, deu match“.
Bruno Moraes: “O desfile da Unidos da Ponte começou com sua bateria um pouco instável no primeiro box, onde não é pontuado, porém, ao ir para a pista, tudo entrou no lugar. Mestre Branco Ribeiro possui o melhor conjunto de bossas da Série Ouro. Se apresentou nas cabines de julgamento com um andamento ‘quente’ e muito firme. A alas de cuíca, chocalho e tamborim deram um show a parte. Os ritmistas da cozinha se divertiram com muita responsabilidade e swing“.
Wallace Safra: “Com um trabalho limpo, dinâmico e destacando a valorização da arte do samba, a ala de passistas se apresentou de maneira leve e coerente. Bom trabalho apresentado”.
+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE
+ Carnaval 2024:
Tendendém – O axé do epô pupá, assinado por Renato Esteves. Este é o enredo da escola que ficou com o 11º lugar na Série Ouro no Carnaval de 2023.
O samba é de autoria dos compositores Junior Fionda, Tem-Tem Jr., Carlos Kind, Léo Freire, Vitor Hugo, Léo Berê, Marcelinho Santos, Jefferson Oliveira, Alexandre Araujo e Valtinho Botafogo.
+ ordem oficial de desfiles da Série Ouro 2024:
9 de fevereiro – sexta-feira
1ª – União de Parque Acari
2ª – Império da Tijuca
3ª – Acadêmicos de Vigário Geral
4ª – Inocentes de Belford Roxo
5ª – Estácio de Sá
6ª – União de Maricá
7ª – Acadêmicos de Niterói
8ª – Unidos da Ponte
10 de fevereiro – sábado
1ª – Sereno de Campo Grande
2ª – Em Cima da Hora
3ª – Arranco do Engenho de Dentro
4ª – União da Ilha
5ª – Unidos de Padre Miguel
6ª – São Clemente
7ª – Unidos de Bangu
8ª – Império Serrano
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