O que esperar do CD da Série A 2019? Ouça as prévias

CD de Sambas Enredo de 2019 da Série A. Foto: Divulgação

CD de Sambas Enredo de 2019 da Série A. Foto: Divulgação

Estará disponível nos próximos dias o CD de sambas-enredo da Série A para o Carnaval 2019. O álbum, com 13 faixas, é mais ‘quente’ e limpo. Tem como novidade a presença da bateria nas duas passadas, fato que não ocorreu em anos anteriores. No entanto, o andamento cadenciamento permanece.

O SRzd, que esteve presente audição técnica, em 3 de outubro, no estúdio Cia dos Técnicos, traz um levantamento do que esperar de cada faixa e dá detalhes da gravação de cada escola. Além disso, você pode conferir prévias dos sambas divulgadas pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj).

– Ouça também as prévias do CD do Grupo Especial 2019

Unidos de Padre Miguel

A faixa número 1 do disco, pela terceira vez, é da UPM. A agremiação também abriu o CD nos anos de 2016 e 2017, quando foi vice-campeã no ano anterior. Para 2019, a escola apostou no samba dos compositores Jefinho Rodrigues, Igor Leal, Jonas Marques, Wagner Santos, Gulle, Eli Penteado, Ruth Labre e Roni Pit’Stop para o enredo “Qualquer semelhança não terá sido mera coincidência”.

No disco, a obra é cantada pelo intérprete Pixulé. A bateria de mestre Dinho, homem que estampa a capa do álbum, realiza pequenas convenções ao longo da faixa. O destaque fica por conta da paradona realizada no trecho final do samba: “Oh! Meu Brasil/Escute a voz da nossa gente bamba/Vila vintém, aqui se aprende a amar o samba”.

Porto da Pedra

Para homenagear “Antonio Pitanga – Um negro em movimento” não faltou referências afros na gravação do Tigre de São Gonçalo. Do alusivo ao final da faixa é possível perceber instrumentos como atabaques e afoxés. A composição de Bira, Claudinho Guimarães, Duda SG, Márcio Rangel, Alexandre Villela, Guilherme Andrade, Adelyr, Bruno Soares, Rafael Raçudo, Paulo Borges, Eric Costa e Oscar Bessa é cantada pelo intérprete Luizinho Andanças.

Inocentes de Belford Roxo

A gravação da escola da Baixada Fluminense ficou semelhante ao áudio lançado pela agremiação para divulgar o samba. Com o enredo “O frasco do bandoleiro – baseado num causo com a boca na botija”, não faltaram referências ao Nordeste na faixa da Inocentes. A introdução é ao som de forró e sanfona. Pelo segundo ano consecutivo, a obra foi encomendada aos compositores Claudio Russo e André Diniz. Quem canta é Nino do Milênio.

Cubango

Outro samba-enredo que traz instrumentos de origem africana junto da bateria para dar vida ao enredo “Igbá, Cubango – A alma das coisas e a arte dos milagres”. Os ritmistas de mestre Demétrius, vencedores do Prêmio SRzd-Carnaval de Melhor Bateria da Série A, realizam bossa no refrão do meio com participação do coro. A composição de Robson Ramos, Sardinha, Duda Tonon, Anderson Lemos, Ailtinho, Sérgio Careca, Carlão do Caranguejo e Samir Trindade é cantada por Thiago Brito, que estreia na verde e branco de Niterói.

Estácio de Sá

Com o enredo “A fé que emerge das águas”, a Estácio ocupa a quinta faixa do CD da Série A. O samba é de autoria dos compositores Alexandre Naval, Edson Marinho, Tinga, Jorge Xavier, Luiz Sapatinho, Cláudio, Álvaro Roberto, Alexandre Moraes, Hugo Bruno e Julio Alves e cantado pelo intérprete Serginho do Porto, que vai para o segundo ano à frente da agremiação. De volta à escola, mestre Chuvisco realiza bossa no refrão do meio.

Império da Tijuca

Para falar do “Império do Café, o Vale da Esperança”, a verde e branco do morro da Formiga optou pela obra dos compositores Diego Nicolau, Pixulé, Braguinha Cromadinho, Jota e Tinga, com participação especial de James Bernardes e Tem-Tem Jr. O intérprete Daniel Silva teve a responsabilidade de cantar o samba no disco.

Alegria da Zona Sul

Ao som de atabaques e pequenas convenções feitas pela bateria, o samba do enredo “Saravá, Umbanda!” é defendido por Igor Vianna no disco. A obra tem autoria dos compositores  Márcio André, Neyzinho do Cavaco, Lopita 77, Ribeirinho, Elson Ramires, Beto Rocha, Telmo Augusto, Fábio Xavier, China, Girão e Samir Trindade.

Renascer de Jacarepaguá

Mais uma vez encomendado aos compositores Moacyr Luz, Claudio Russo e Diego Nicolau, a obra da vermelho e branco da Zona Oeste foi gravada pelo próprio Diego Nicolau, intérprete da agremiação. A bateria de mestre Junior Sampaio realiza convenção com tibau no refrão do meio. Vale ressaltar a grande participação do coro na segunda passada. Em 2019, a Renascer defende o enredo “Dois de fevereiro no rio Vermelho”

Santa Cruz

O grande destaque da faixa da Acadêmicos de Santa Cruz ficou por conta da presença de Xande de Pilares. O cantor se reveza com Roninho na interpretação da obra encomendada aos compositores Samir Trindade, Júnior Fionda e Elson Ramires. Os ritmistas de mestre Riquinho realizam três convenções ao longo da faixa. Em 2019, a verde e branco homenageia “Ruth de Souza – Senhora liberdade, abre as asas sobre nós”.

Rocinha

Pedindo o fim do racismo, a azul e verde traz o samba de Claudio Russo, Diego Nicolau, Renato Galante, Kirrazinho, Ralf e Fadico, com participação especial de Wagner Rodrigues para ilustrar o enredo “Bananas para o preconceito”. A obra teve alguns ajustes de letra e melodia em relação à versão concorrente e é cantada pelo intérprete Ciganerey, estreante na escola.

A faixa tem um dos maiores alusivo do CD e também traz instrumentos afros. O destaque fica por conta da bateria de mestre Júnior, que realiza paradona no final da segunda passada.

Unidos de Bangu

Tem-Tem Jr. e Luís Oliveira se revezam na condução do samba “Do ventre da Terra, raízes para o mundo”. A obra foi uma das que mais cresceu em relação à versão concorrente dos compositores Samir Trindade, André Kaballa, Marcio de Deus, Wellington Amaro, Paulinho Ferreira, Henrique Costa, Fabio Fonseca, Famio Martins, Neyzinho do Cavaco, Julio Assis, Marlon P. e Vinicius Sombra. Destaque para os efeitos sonoros e presença dos instrumentos de cordas que deixaram a gravação bonita.

Sossego

O samba em forma de diálogo, sem rima e verbo ficou cadenciado na gravação do CD. Os intérpretes Guto e Juliana Pagung se revezam na interpretação. Enquanto Guto interpreta o “anjo” no samba, Pagung simula o “Deus”. A introdução da faixa é curta e a bateria optou por não realizar paradinhas.

A composição foi encomendada aos compositores Felipe Filósofo, Orlando Ambrosio, Michel do Alto, Sergio Joca, Fabio Borges, Serginho Rocco, W. Motta, Ademir Ribeiro, Diego tavares, Mario da Vila Progresso, Gilma L. Silva e Lucas Donato. Em 2019, a Sossego defende o enredo “Não se meta com minha fé, acredito em quem quiser”.

Unidos da Ponte

Classificado pelo comentarista do SRzd Luiz Fernando Reis como o samba “masterchef afrobrasileiro”, a reedição de “Oferendas” ganhou atabaques e afoxés para entrar no clima do enredo. A bateria de mestres Luygui e Vitinho realizam paradinha no refrão principal. Ao final da faixa, o coro grita “Axé”. A composição, original de 1984, tem assinatura de Jorginho e é cantada no disco por Lico Monteiro e Tiganá.

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