Não há resultado que possa suportar a força da Unidos do Viradouro

Viradouro 2022. Foto: Juliana Dias/SRzd

A Unidos do Viradouro se tornou uma das principais forças do Carnaval do Rio de Janeiro.

Desde que chegou, no início dos anos noventa, mostrou suas credenciais. Logo no segundo ano de Grupo Especial, poderia ter abocanhado o título.

E o primeiro, não tardou em chegar. Porém, a partir da última década, viveu tempos de gangorra. Um rebaixamento em 2010, lhe custou quatro anos de Acesso. Voltou, e caiu novamente, em 2015.

Mais três anos fora da divisão de elite e ressurgiu como uma fênix. Nesse retorno, beliscou um vice que, para muitos, também poderia render um campeonato, ao cantar o enredo de Paulo Barros; Viraviradouro. Mas no ano seguinte não houve jeito e a vermelha e branca de Niterói levantou sua segunda taça no Especial.

Nem mesmo estes altos e baixos são capazes de macular a força da Unidos do Viradouro. Ao defender o primeiro lugar em 2022 apresentou um desfile exuberante com o tema Não há tristeza que possa suportar tanta alegria. Embora elogiado, não foi capaz de superar o arrebatador Carnaval da campeã, Acadêmicos do Grande Rio.

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Forte, organizada e adiantada. A Unidos do Viradouro, logo depois de comunicar que a dupla de carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon estava desfeita, lançou seu enredo para o próximo ano.

A agremiação vai apresentar em 2023 na Marquês de Sapucaí a vida e obra de Rosa Egipcíaca. O lançamento oficial aconteceu por meio das redes sociais.

Rosa Egipcíaca, nasceu em Costa de Ajudá, em 1719, e morreu em Lisboa, em 12 de outubro de 1771. Ela também é conhecida como Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz e Rosa Courana.

Ela foi autora da Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas, o mais antigo livro escrito por uma mulher negra na história do Brasil. Os dons espirituais levaram Rosa Egipcíaca a ter devotos, inclusive do clero católico, motivo que a levou aos a ser alvo da Inquisição.

2023 é logo ali

Com o Carnaval adiado neste ano, o tempo de preparação para o espetáculo em 2023 é menor. Os desfiles do Especial acontecem nos dias 19 e 20 de fevereiro.

Entre as coirmãs do Rio de Janeiro, a Viradouro foi uma das que mais rapidamente fechou seu elenco para o novo projeto.

Anunciou a renovação do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Rute e Julinho, de mestre Ciça e de Alex Fab e Dudu Falcão.

Ainda comunicou que o intérprete Zé Paulo segue emprestando seu talento para a vermelha e branca, onde está desde 2014, sendo um dos mais longevos cantores numa mesma agremiação, da atualidade, na folia do Rio

Oficializou também a contratação de Priscila Motta e Rodrigo Negri, coreógrafos de comissão de frente que estavam na Mangueira.

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A Viradouro tem dois campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos de 1997 e 2020. Ainda registra três taças no Acesso, em 1990, 2014 e 2018, e uma na terceira divisão, em 1989.

Que fome é maior?

Do Grupo Especial 2023, apenas uma escola nunca conquistou o título e a “fome”, naturalmente, deve ser das maiores; o Paraíso do Tuiuti.

Quem está de barriga cheia, mas não menos faminta, é a Acadêmicos do Grande Rio, atual campeã e que, certamente, quer repetir o saboroso “prato” com tempero de vitória. As outras dez escolas, assim estão na espera para voltar a faturar o campeonato:

Viradouro – desde 2020
Mangueira – desde 2019
Beija-Flor – desde 2018
Mocidade e Portela – desde 2017
Unidos da Tijuca – desde 2014
Unidos de Vila Isabel – desde 2013
Salgueiro – desde 2009
Imperatriz – desde 2001
Império Serrano – desde 1982

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