Museu do Samba: ‘Nelson Sargento tornou-se imortal’

27/05/2021 às 17h05 - Por Redação SRzd

Nelson Sargento no Museu do Samba. Foto: Divulgação

O Museu do Samba, através da fundadora Nilcemar Nogueira, emitiu nota de pesar sobre a morte de Nelson Sargento. O cantor e compositor de 96 anos faleceu nesta quinta-feira (27) vítima de Covid-19.

Confira:

“O dia de hoje ficará marcado na história como o dia em que Nelson Sargento tornou-se imortal. O Museu do Samba recebe com profunda tristeza a notícia da partida do grande mestre, e lamenta profundamente que Nelson tenha nos deixado vitimado pelo trágico momento por que passa o Brasil, em que a Covid-19 avança impondo morte e a miséria ao povo brasileiro.

O Museu se solidariza com toda família de nosso griô maior, amigos e com a Estação Primeira de Mangueira, que perde hoje seu Presidente de Honra e um de seus pilares.

Desde que o Museu do Samba foi criado, sempre contou com o entusiasmo e a participação de Nelson, com sua música, sua arte e o apoio às lutas em defesa do samba e dos sambistas. Como em fevereiro deste ano, quando Nelson participou do ato simbólico em defesa do Carnaval, ao lado da estátua de Cartola, em frente ao Museu. Sem saber, foi sua última luta “antes do suspiro derradeiro”.

A memória que ficará é a de que Nelson Sargento foi baluarte, não apenas de Mangueira, mas de todo o samba e sua história de resistência. E para além do samba, foi mestre da cultura popular brasileira. Às novas gerações fica o dever de empunhar a bandeira em que se sempre se lerá: “o samba agoniza mas não morre”.

Hoje ouviremos apenas silêncio e o som solitário do surdo um, em devoção e respeito. Descanse em paz, mestre.

Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba”