Mocidade: comentaristas analisam desfile

Desfile Mocidade 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

Desfile Mocidade 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

A Mocidade Independente de Padre Miguel cantou na Avenida o enredo “Batuque ao caçador”, na Marquês de Sapucaí. A escola foi a terceira a desfilar pelo Grupo Especial, neste sábado (23). Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Ouço falar que o desfile teve problemas com carros e com evolução. Nada disso eu vi. O que vi foi um maravilhoso trabalho de criação do carnavalesco, ao som de um samba excelente e com uma bateria que fez jus à homenagem. Cabeças raspadas e coroadas, show de cadência. Tomara que os acidentes de percurso não afetem os méritos de um lindo trabalho de equipe”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Enredo confuso e complicado, mas passou. Não emocionou, não chegou a cativar. Foi muito confusa. Não vejo a Mocidade entre as seis”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“O casal da Mocidade, Diogo Jesus e Bruna Santos, apresentou o bailado bastante acrescido de movimentos, gestos e passos da dança afro-religiosa, em uma performance diferenciada. O cruzado foi realizado com cortesia, e pleno de gestos referentes a temática contida no enredo; as piruetas do dançarino, feitas de maneira agilíssimas, confirmaram seu estilo. A porta-bandeira desenvolveu o abano, rodopiando com segurança nos dois sentidos e apresentando um gestual bonito, também em acordo com o enredo, quando girava apoiando a mão nas costas, a altura da cintura. Na pegada de mão, rodopiaram com desembaraço e apresentaram a bandeira com entusiasmo, demonstrando cumplicidade na ação. Bem entrosados e harmoniosos, eles confirmaram, pela ótima coordenação de seus movimentos, a sintonia que construíram em sua performance: uma dança moderna, apresentada de forma alegre e segura”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“A Mocidade Independente trouxe a esperada homenagem ao orixá Oxóssi. A escola da Vila Vintém teve sérios problemas com suas alegorias. A começar pelo gigante abre-alas, um conjunto lindo mas que não andava, um desespero para a escola. Depois foi vez do segundo carro ter problemas para entrar na Avenida e finalizou com terceiro carro que teve problemas com a passarela, e que causou danos à alegoria. Fico aqui me perguntando, será que o Orixá não gostou da homenagem?”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“As alas estavam ricas, bem acabadas, um belo conjunto, seguia perfeitamente o roteiro. O primeiro momento do enredo era uma sucessão de orixás, depois a lenda do surgimento da entidade, sua chegada ao Brasil e finalizaram com uma homenagem  a bateria do Mestre André, mostrando figurinos de enredos campeões da Mocidade, mas não deveria ser os anos de enredo onde Mestre André esteve a frente da bateria? Mocidade Independente passou, e digo uma coisa a vocês, muita gente queria gritar “é campeã” para ela, mas com tantos problemas esse grito foi silenciado”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A Mocidade escolheu Oxóssi como tema de seu enredo. O Orixá foi o elemento condutor do enredo para trazer para a avenida a ancestralidade africana, sobretudo através da religião. A escola de Padre Miguel estava imponente, apresentou o enredo com muita clareza e beleza. O primeiro e segundo setores destacaram o Orixá e também suas relações familiares. O quinto setor conferiu ênfase ao sincretismo religioso de forma competente. Interessante a conexão do batuque evocação a Oxóssi com a bateria de Mestre André. Foi um bonito desfile”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba da Mocidade teve a melhor recepção do público até agora. Um dos candidatos a melhor do ano ajudou muito na força do canto da escola e seguiu com força até o final do desfile”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria da Mocidade fez uma bela apresentação nessa segunda noite de desfiles do Grupo Especial. Esbanjando todas as suas características, teve no andamento o seu ponto alto. A frente da bateria foi muito precisa e apresentou um belo desenho de tamborins. Conseguiu executar boas bossas em frente às cabines, com destaque pra sacada dos surdos soando sozinhos no trecho “inverteu meu tambor”, pra mostrar o resultado sonoro desta ideia”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola entrou cantando firme e demonstrando conhecimento do samba na totalidade, porém o entrosamento e a sincronia entre ritmo e melodia não foram bem desenvolvidos”.

Evolução (Célia Souto):

“O andamento do chão da escola ficou prejudicado devido a problemas técnicos, porém a escola se esforçou para manter a vibração durante o desfile com garra”.

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