Mestre Jorjão morre aos 66 anos no Rio de Janeiro

Mestre Jorjão. Foto: Divulgação

Mestre Jorjão fez história na Viradouro. Foto: Divulgação

O ex-mestre de bateria Jorjão morreu aos 66 anos na noite deste sábado (27) no Rio de Janeiro. Ele estava internado em um hospital público em Realengo, Zona Oeste da cidade, desde 18 de setembro, quando sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico. Em maio de 2017, Jorjão havia sido internado com problemas no coração.

A noite de hoje está mais triste

A informação foi dada pela sua ex-mulher, Regilane Dias, via rede social: “Infelizmente, é com grande tristeza que venho trazer essa nota de pesar. A noite de hoje está mais triste”. Regilane ainda agradeceu por “tantas orações e por tanto carinho e respeito”. “Deus abençoe a todos, serei eternamente grata. Muito obrigada”, concluiu.

Mestre Jorjão foi uma das referências em bateria no Carnaval carioca. Teve passagens por Viradouro, Santa Cruz, Imperatriz e Mocidade Independente, escola que torcia. Em 1997, no comando da bateria da vermelha e branca de Niterói, o mestre fez história na Sapucaí ao realizar a paradinha funk. Naquele ano, a Viradouro foi campeã.

Mestre Jorjão. Foto: Reprodução
Mestre Jorjão teve passagem histórica pela Viradouro. Foto: Reprodução

Escola de Jorjão, Mocidade Independente emite nota

Com pesar, comunicamos o falecimento do querido Mestre Jorjão, um dos maiores mestres de bateria do Brasil! Sua trajetória dispensa apresentações, e foi marcada por inovações e momentos marcantes na história do Carnaval, tanto em nossa Mocidade, sua escola do coração, quanto em passagens por coirmãs.

A Mocidade Independente, através de sua diretoria, se coloca de luto. Desejamos força e que Deus esteja com seus familiares.

Sambistas lamentam

Jorjão foi uma das maiores referências para todos os mestres

O mestre de bateria da São Clemente, Caliquinho, foi um dos primeiros a lamentar a perda: “Meus sentimentos a toda família. Creio que o povo do samba está muito triste com essa grande perca para o Carnaval. Jorjão foi uma das maiores referências para todos os mestres que temos hoje na atualidade, e também para os que já passaram”.

“Meus sentimentos”, disse o intérprete Leonardo Bessa à ex-mulher de Jorjão.

Além da Mocidade, outras escolas se pronunciaram, como a Acadêmicos do Grande Rio: “Um grande ícone do Carnaval se foi. Fez história pelas coirmãs Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos do Viradouro, sendo um verdadeiro revolucionário do quesito bateria. Também emprestou seu talento à nossa escola, ao que somos eternamente gratos. Descanse em paz, mestre!”. Comandante da bateria da agremiação, mestre Fafá também publicou em rede social: “Descanse em paz eterno mestre! Muito obrigado por tudo”.

Agremiação onde fez história, a Viradouro, através do presidente Marcelinho Calil, lametou a perda:

Foi com grande pesar que recebemos na noite deste sábado a notícia da morte de mestre Jorjão. Ele, que comandou a bateria da Viradouro de 1996 a 1998, foi um dos protagonistas do desfile que nos deu o único campeonato do Grupo Especial, em 1997, com a inédita batida funk e suas “paradinhas”.

Em fevereiro de 2017, por ocasião da comemoração dos 20 anos do título, Jorjão foi recebido com festa em nossa quadra, quando recebeu uma homenagem por sua contribuição à história de nossa agremiação.

Que os anjos o recebam de braços abertos e que Deus conforte sua família. Obrigado por tudo, Mestre.

Marcelinho Calil
Presidente do GRESU Viradouro

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