Mas já? Vila Isabel termina metade das fantasias em setembro

O Carnaval é em março de 2019, mas já tem escola terminando parte do trabalho em setembro de 2018. Essa é a Unidos de Vila Isabel. A agremiação, segundo o carnavalesco Edson Pereira, terá metade das fantasias prontas até o fim deste mês. “Dia 30 de setembro nós teremos 14 alas prontas, o que significa metade dos figurinos do desfile.”

Dia 30 de setembro nós teremos 14 alas prontas

A boa notícia, no entanto, esbarra em um problema que para o carnavalesco é um dos ‘melhores’ que já teve na carreira. “Temos a dificuldade de armazenar isso tudo para que as alas cheguem perfeitas até o dia. Mas é um problema que eu to amando”, riu Edson.

Campeão da Série A pela Unidos do Viradouro em 2018, Edson se destacou pelo trabalho adiantado na vermelho e branco de Niterói. Quando o SRzd foi conferir o barracão da agremiação em dezembro de 2017, pôde notar alegorias ensacadas e outras em fase final de acabamento. O carnavalesco assegurou que essa é sua marca de trabalho.

“Por toda escola que eu passo, eu imprimo meu ritmo. A Vila respeitou isso. Esse ano nós surpreendemos até os fornecedores de tecido. Nós compramos antes e muitos deles não tinham para vender. Eu digo que título é consequência de trabalho, e a gente está trabalhando muito, e desde muito cedo para isso.”

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Questionado sobre a reprodução dos figurinos, uma vez que existe a ideia no mundo do samba que a fantasia sempre cai de qualidade do protótipo à versão final, Edson disse que na Vila isso não acontecerá: “Tudo do mesmo jeito, sem tirar nem por. A ordem da diretoria foi não tirar nada do protótipo, o que me surpreendeu, porque a gente sempre tem algo que acha que deve limpar, mas a escola fez questão de manter tudo”.

O primeiro passo que eu tomei foi respeitar os componentes

No Carnaval 2018, a azul e branco não conseguiu a nota máxima de nenhum dos quatro julgadores. Com 9,8/9,9/9,9/9,9, a Vila totalizou 29,7 pontos, com descarte. Para mudar o resultado em 2019, Edson confessou ter pensado primeiro na comunidade de Noel, que ficou insatisfeita com o peso e a pouca mobilidade das roupas no último desfile.

“Eu acho que o primeiro passo que eu tomei para fazer o Carnaval da Vila foi respeitar os componentes. Quando eu cheguei na escola, ouvi muita reclamação do ano anterior. A gente fez um estudo para fazer com que as roupas fossem grandes e imponentes, mas leves, para que os desfilantes fiquem confortáveis.”