Um post publicado no Twitter pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, causou indignação entre alguns componentes da Estação Primeira de Mangueira, campeã do Carnaval 2019. Carluxo, como é chamado por amigos e pelos inimigos, em tom de deboche, também foi atacado por políticos que fazem oposição ao governo do PSL. Uma das reações mais veementes foi a do deputado federal Marcelo Freixo:
Alguns integrantes da escola pediram para não ter seus nomes citados nesta reportagem antes de receberem autorização da direção da escola, pedido que deve ser encaminhado nesta quinta-feira (7). Um deles disse que “o efeito real do post de Carlos Bolsonaro será muito pequeno”. “Primeiro, a Mangueira não é escola de bicheiro. Só estudar, pesquisar um pouco, e se vai constatar isso. Falar que tem tráfico no morro, tem. Mas os traficantes não são envolvidos com a escola. Não tem isso! A Mangueira é do morro, mas não é de bicheiro. Segundo, ele não sabe nada do que está dizendo. Ele está p… porque está em evidência a esquerda, Marielle e tudo mais. Na minha opinião, nem é o que tem a ver… esse cara não tem credibilidade nenhuma!”, disse.
Já um compositor acredita que “a repercussão na comunidade da Mangueira será zero”. “Por outro lado, muito ruim a postura do carnavalesco de partidarizar o desfile”, complementou. Ele se refere principalmente aos pronunciamentos feitos pelo carnavalesco Leandro Vieira após a vitória mangueirense. Veja abaixo:
O diretor da Liesa, Elmo José dos Santos, que já foi presidente da Mangueira, não quis polemizar, mas defendeu a escola: “A Mangueira é uma senhora de 90 anos, com muitos serviços prestados ao nosso país, e por ser uma escola de samba extremamente democrática, respeita as diferenças. Porém, pelo seu passado de glória, essa jovem senhora chamada Mangueira tem a licença poética para exaltar os verdadeiros heróis esquecidos da História do nosso querido Brasil”.
Moacyr Barreto, da direção de Harmonia, também reagiu ao post de Carluxo. “A fala é de alguém que insiste em pensar que a história deva ser somente contada pelos vencedores, ignorando a luta e o papel do povo como sujeito de sua própria história. A Mangueira fez o desfile da superação de todos os obstáculos, falta de verba da prefeitura, momento de crise, mas um belo enredo, com um samba forte, uma bateria ousada e muito, mas muito trabalho de quesito por quesito na busca de compensar com trabalho, coração, emoção e o nosso chão, o que algumas vezes faltou no bolso. Esse povo sofrido a cada ensaio de canto ou de rua se superava e nos dava ânimo para continuar a caminhada. Vamos lembrar o que foi nosso ensaio técnico com um dilúvio e a nossa comunidade cantando e evoluindo”.
– Mangueira é campeã do Carnaval com ‘história para ninar gente grande’
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