Liesa não paga multa e MP dá mais 15 dias para quitação de dívida por virada de mesa

Imperatriz foi beneficiada pela virada de mesa e não caiu para a Série A. Foto: Riotur

Pela segunda vez consecutiva, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) não cumpriu o prazo estipulado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para a quitação da multa de R$ 750 mil, referente à virada de mesa. Em acordo selado com o MPRJ nesta quinta-feira (13), quando venceu o prazo do pagamento, a entidade ganhou mais 15 dias para cumprir com sua obrigação.

O documento que estabelece o dia 28 de junho como limite para a quitação do valor foi assinado entre o promotor Rodrigo Terra, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital e responsável pelo ‘caso virada de mesa’, o presidente da Liesa ainda em exercício, Jorge Castanheira, e a advogada da liga, Daniela Bessoni.

Jorge Castanheira renunciou ao cargo, mas ainda responde oficialmente pela Liesa até a transição de mandato. Foto: Henrique Matos

A justificativa dada pela entidade para não ter pago ainda os R$ 750 mil foi por não ter conseguido concluir aa ata da reunião plenária que determinou a quebra do regulamento e a salvação da Imperatriz Leopoldinense do rebaixamento. Segundo a Liesa, o texto só deve ficar pronto em aproximadamente 15 dias.

“Segundo o presidente Jorge Castanheira me informou, a ata passa por uma série de revisões e, depois que ela está apta, deve ser lida aos que participaram da assembleia (da virada de mesa). Ficamos meio engessado sem esse documento”, explicou Rodrigo Terra ao EXTRA.

Promotor Rodrigo Terra está à frente do ‘caso virada de mesa’. Foto: Reprodução

Entenda a ‘multa pela virada de mesa’

A multa que a Liesa precisa pagar ao MPRJ se refere à quebra de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado ano passado entre a entidade e o Ministério Público do Rio. O documento impedia uma terceira virada de mesa consecutiva no Carnaval carioca, já que em 2018 e 2017 também não houve rebaixamento.

A liga foi notificada que precisaria pagar os R$ 750 mil na última quinta-feira (6) e teve 48 horas úteis para desembolsar o valor. Na segunda-feira (10), quando se esgotou o prazo, a liga não pagou. No mesmo dia, a Imperatriz Leopoldinense se reuniu com o MPRJ para tentar reverter a situação, mas não obteve sucesso.

Devido aos problemas com a ata de reunião, o Ministério Público, na terça (11), deu mais 48 horas para a Liesa quitar a dívida. Nesta quinta (13), a entidade voltou a alegar que o documento da plenária não ficou pronto. Agora, a entidade tem até 28 de junho paga pagar os R$ 750 mil.

Dirigentes do Grupo Especial em reunião plenária da Liesa que determinou virada de mesa. Foto: Reprodução/TV Globo

‘Revirada de mesa’ é improvável

Com a demora da Liesa em pagar a multa, cresceu a expectativa de torcedores a respeito de uma possível ‘revirada de mesa’. Apesar da militância de Beija-Flor, Viradouro e Vila Isabel, três das cinco escolas que foram contrárias à decisão, a possibilidade da liga voltar atrás e rebaixar a Imperatriz para a Série A é improvável.

“Eles não estão votando novamente a questão. Só estão aprovando a maneira como será formalizada”, disse o promotor Rodrigo Terra a respeito do posicionamento da Liesa em relação à virada de mesa.

Imperatriz foi rebaixada na apuração, mas permanecerá no Grupo Especial para 2020. Foto: Leandro Milton/SRzd

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