Laíla explode e afirma: ‘Aqui não tem desunião, na Beija-Flor não tem crise!’

Laíla. Foto: SRzd

Laíla. Foto: SRzd

Muito se comentou nas últimas semanas a respeito de uma crise interna na Beija-Flor. De acordo com informações que circularam na internet, havia um racha na comissão de Carnaval da escola. O diretor e líder do grupo, Laíla, irritado com os comentários, esclareceu ao SRzd tudo o que acontece nos bastidores da agremiação nilopolitana. Esta reportagem é a segunda dentre três da ‘Série Laíla’ e aborda a inexistência do racha, a atuação de Marcelo Misailidis, a quase contratação de Paulo Barros e Renato Lage e as novidades da Beija-Flor para 2018.

Relembre a primeira da ‘Série Laíla’: Sem papas na língua! Laíla propõe mudanças em samba, desfile e regulamento do Carnaval

A comissão, formada por Cid Carvalho, Victor Santos, Bianca Behrends, Léo Mídia, Rodrigo Pacheco e capitaneada por Laíla, ganhou a participação de Marcelo Misailidis. O atual coreógrafo da comissão de frente é o idealizador do enredo “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu” e também responsável pela concepção das alegorias da agremiação para o Carnaval 2018.

Laíla descartou a possibilidade de haver um racha no grupo pela participação e influência de Marcelo no projeto alegórico da Beija-Flor. Além disso, esclareceu que Gabriel, filho de Anísio e bastante participativo no projeto da escola, também não está envolvido em confusão alguma com os responsáveis pelo desfile.

Em hora nenhuma teve briga de Gabriel, em hora nenhuma teve briga de Marcelo, em hora nenhuma nós faltamos com o respeito. Não tem briga. Aqui não tem racha.

“Aí saiu o seguinte: que está rachado. Não tá coisa nenhuma. Eu pedi ao Anísio pra botar o Gabriel comigo pra eu dar ensinamento desse caminho de Carnaval, pra se tornar um grande dirigente. Em hora nenhuma teve briga de Gabriel, em hora nenhuma teve briga de Marcelo, em hora nenhuma nós faltamos com o respeito. Não tem briga. Aqui não tem racha”, esbravejou Laíla.

Apesar disso, o diretor confirma que a concepção das alegorias da escola mudou devido às ideias de Marcelo. Contudo, se chegou a um consenso entre o coreógrafo e a comissão e Laíla se diz satisfeito com o trabalho de barracão da escola.

“Divergência vai ter sempre. Cada um pensa de uma maneira. Quantas vezes o Rodney tá lá tocando a bateria de um jeito que eu não gosto, aí eu paro e boto no lugar? Os funcionários dessa casa aprenderam que é o meu caminho sempre de ensinamento. Você tem que respeitar o pavilhão como se fosse a bandeira do seu país. Aqui não tem sacanagem, não tem divisão com ninguém”.

MARCELO MISAILIDIS NA BEIJA-FLOR: Junção de dois enredos e novo modelo alegórico

Marcelo Misailidis. Foto: Rodrigo Trindade
Marcelo Misailidis no Carnaval 2017. Foto: Rodrigo Trindade.

A participação de Misailidis na Beija-Flor em 2018 vai muito além de preparar a comissão de frente da escola. Laíla revelou todo o processo de desenvolvimento do enredo, que partiu de duas ideias: uma do diretor e outra do coreógrafo. Além disso, Marcelo foi responsável pelo projeto alegórico, que foi adaptado e ajustado pela comissão de Carnaval.

Laíla fala do enredo e do projeto alegórico da Beija-Flor:

REVELAÇÃO DE LAÍLA: Paulo Barros e Renato Lage quase foram para a Beija-Flor

Durante a conversa sobre os bastidores da folia nilopolitana, Laíla fez um revelação ao SRzd. Segundo ele, por pouco, Paulo Barros e Renato Lage não se tornaram carnavalescos da Beija-Flor em 2018. Paulo havia sido a primeira opção, graças à indicação de Gabriel, filho de Anísio, mas o desejo não se concretizou devido ao carnavalesco ter estado apalavrado com a Vila Isabel. Já Renato, desejo antigo de Laíla, não pôde assumir pois já havia fechado com a Grande Rio.

Laíla conta a história da quase ida de Paulo Barros e Renato Lage para a Beija-Flor:

Saiba como será o desfile da Beija-Flor em 2018

O diretor aproveitou para dar detalhes de como a azul e branco pretende se apresentar no próximo Carnaval. Segundo ele, a mensagem que a agremiação trará é importantíssima para o estado atual do Brasil.

Que o pobre tenha o que comer, que essa crise acabe e que não roubem tanto. Saúde não existe, educação não existe. O país piorou e muito.

“A Beija-Flor quer com esse enredo que o povo abra seu coração e reivindique com bastante paz para que o país volte ao normal. Que o pobre tenha o que comer, que essa crise acabe e que não roubem tanto. Saúde não existe, educação não existe. O país piorou e muito”, reivindicou Laíla.

Ele fez questão de lembrar que a própria escola já havia dado o grito de alerta em 2003, quando foi campeã com o enredo que falava de fome e desigualdade social. “Você lembra do saco vazio não para em pé? Você sabe de quem é o enredo? Meu. Lá atrás a gente já fazia essa crítica. Lá atrás já tinha esse grito de alerta no samba que foi pro desfile”.

Beija-Flor trouxe tribos e atos no lugar de alas em 2017. Foto: Rodrigo Gorosito.

Perguntado a respeito de como será o estilo de desfile da Beija-Flor, visto que no último Carnaval a escola inovou ao substituir alas por tribos e atos, Laíla afirmou: “Não vai ser tribo mais, porque o enredo não permite. Mas o contexto nosso é de fazer uma grande passeata dentro do desfile. Ainda estou estudando a maneira como minha harmonia vai trabalhar. Os atos (alas coreografadas) continuam, mas sem personalidade central”.

Por fim, Laíla deu dicas e disse ter surpresas preparadas para o desfile da agremiação: “No chão, vão ter diversas brincadeiras. Vai ser um Carnaval bem irônico que a Beija-Flor vai apresentar”.

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