Inocentes: comentaristas analisam desfile

Desfile Inocentes 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

Desfile Inocentes 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

Segunda escola da Série Ouro a entrar na Avenida, na noite de desfiles desta quinta-feira (21), a Inocentes de Belford Roxo apresentou o enredo A Noite dos Tambores Silenciosos. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“A noite de hoje continua um luxo: o ótimo samba da Inocentes foi cantado num andamento confortável e com boa receptividade dos componentes. Eventuais falhas na evolução, com buracos abertos aqui e ali, não comprometeram a beleza da celebração”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“A Inocentes é uma escola que já tem experiência na Série A. As fantasias estavam belíssimas, com acabamento primoroso, mas uma coisa que me incomoda muito é a falta de leitura do enredo. Você passa pelas fantasias e não consegue entender qual é o enredo. As alegorias eram caixotes que levavam pessoas. Muito bonita, mas longe de disputar o Carnaval”.

Comissão de Frente (Márcio Moura):

“Juliana Frathane apresenta  um grupo de intérpretes muito bem ensaiados, com uma coreografia que ocupava todo o espaço e bom controle cênico. O tripé na forma de tambor trazia sua personagem principal: a Oya Igbalé. Uma linda aparição que arrancou aplausos da plateia. O figurino dos intérpretes em determinado momento deixava a mostra questionamentos sobre injustiças e impunidades. Muitos podem se assustar com uma Oya vestida de branco. Mas basta uma rápida pesquisada para ver que essa qualidade se veste sim. Tomara que os jurados tenham recebido essa informação”

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Um luxo a performance do casal, que trouxe o bailado clássico, enriquecido por gestos da dança afro-religiosa, realizada com suavidade, delicadeza e muita cortesia do mestre-sala que, abriu espaços para a dança, sempre atento aos movimentos de sua dama. Jaçanã Ribeiro deslizou no Abano, executando giros com equilíbrio e muita gentileza! Douglas Vale, com um estilo garboso, apresentou com propriedade os movimentos obrigatórios de sua coreografia! O casal fez uma linda Apresentação da Bandeira! e mais, uma maneira bonita de se despedir e se retirar do espaço destinado a exibição do bailado preservado”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias estavam muito  bem acabadas e grandes. Tinham um formato padrão, um grande caixote com queijos laterais e esculturas ladeando e/ou frontais que impactaram pelo tamanho. Dessa maneira foi mostrado pela escola o rito”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A Inocente trouxe como enredo a noite dos tambores silenciosos, segundo a defesa , que acontece no Carnaval do Recife/PE. Nas fantasias vimos um desfile de personagens dos Cortejos do Rei do Congo, Maracatu e Orixás, que segundo a defesa fornecida compõem o rito. As fantasias defenderam corretamente o que estava descrito, embora assumo aos leitores que precisaria ser um conhecedor maior do acontecimento para dar o parecer se o que foi apresentado está correto ou não”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A Inocente de Belford Roxo adotou como enredo a manifestação cultural afro-brasileira, que ocorre no cCrnaval de Recife. O encadeamento do enredo teve como elemento condutor o Maracatu. Embora plasticamente bonita, a escola não conseguiu apresentar de forma clara em que consiste a noite dos tambores silenciosos, o que infelizmente prejudicou a compreensão do enredo”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“Samba da Inocentes tem ótima letra e boa melodia, no andamento certo ajudou a puxar o canto da comunidade. Achei só que cansou um pouco no final e não manteve a pegada na reta final do desfile”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“Muito bom o desfile da bateria da Inocentes de Belford Roxo na estreia de Mestre Juninho. Manteve um bom andamento, teve as bossas bem executadas nos módulos e o grande destaque vai para a ótima afinação das marcações”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola desenvolveu o desfile demonstrando ótimo entrosamento entre ritmo e melodia, os componentes desempenharam o canto de forma vibrante e fluente”.

Evolução (Célia Souto):

“No início do desfile um pequeno buraco entre a ala que antecede o carro abre-alas fez com que o chão perdesse um pouco o equilíbrio no andamento do chão, mas no contexto geral a evolução fluiu durante o desfile”.

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