Grávidas, porta-bandeiras confirmam presença em desfile e comentam ‘caso Marcella’

Dandara Ventapane (União da Ilha), Verônica Lima (Império Serrano) e Jaçanã Ribeiro (Inocentes de Belford Roxo) estão grávidas e desfilarão em 2019. Foto: SRzd

A chegada de um filho muda a vida de qualquer mãe. E não foi diferente com as quatro porta-bandeiras grávidas da folia carioca. Dandara Ventapane (União da Ilha), Verônica Lima (Império Serrano), Jaçanã Ribeiro (Inocentes) e Marcella Alves adaptaram ensaios e rotina para desfilar no Carnaval 2019, mas a dançarina salgueirense foi afastada (ou desligada?) da agremiação. As outras três, em conversa com o SRzd, confirmaram presença na Sapucaí e opinaram no caso entre Marcella e Salgueiro.

Para Dandara, faltou consenso entre a dançarina e a agremiação. “É uma situação muito delicada. Eu não culpo nenhum dos dois lados, são pontos de vista diferentes. Caberia a eles entrar em um consenso. Que pena que não houve”, comentou a porta-bandeira, que fez questão de exaltar as qualidades da colega: “A gente sabe dos riscos, mas também sabemos do histórico maravilhoso que a Marcella tem, tanto físico como de carreira”.

Dandara encontrou Marcella no último sábado (21) em evento na quadra do Salgueiro. Foto: Reprodução

Dandara, grávida de 24 semanas, alertou para os cuidados que é preciso ter, mas afirmou que não houve problema com a União da Ilha: “Eu conversei com a escola e passei toda a situação. De início, a escola não se mostrou preocupada. Mas fica todo mundo atento, porque cada gravidez é um caso e temos que ver o decorrer do processo”. A porta-bandeira insulana pretende ensaiar até outubro e retornar em dezembro: “Se tudo der certo, vou até a final de samba dançando com barrigão”.

Já Verônica Lima, que estreia no Império Serrano, tem uma vantagem em relação as demais: o samba-enredo. A porta-bandeira contou que ensaia com o mestre-sala Diogo Jesus há dois meses e já iniciou a montagem da coreografia. “Vou ensaiar até setembro, dou uma parada para ganhar o neném e volto em novembro”, disse.

Em relação ao possível desligamento da porta-bandeira salgueirense, Verônica acredita que Marcella poderia desfilar em 2019. “Existem três versões: a da Marcella, a do Salgueiro e a verdade. É uma coisa desagradável, mas na minha visão, enquanto profissional, eu admiro muito a Marcella Alves. Se ela falou que estava apta, acho que ela estaria apta”, afirmou.

Eu ainda acredito que a Marcella tem potencial para desfilar

Para integrante da verde e branco, uma mulher conhece seu corpo e sabe até onde pode ir. “É complicado, porque a administração da escola tinha que tomar uma decisão. Mas eu ainda acredito que a Marcella tem potencial para desfilar. A gente conhece nosso corpo. Esse período que ela ficou de repouso, os três primeiros meses, é o que toda médica pede. No meu caso, eu não fiquei porque eu não sabia. Eu desfilei grávida, rodando igual uma louca e não sabia de nada (risos)”, relembrou.

Jaçanã Ribeiro, porta-bandeira da Inocentes de Belford Roxo, acredita que tanto o Salgueiro como a Marcella agiram de forma correta. “A gente sabe o limite do nosso corpo. A Marcella estava certa em não dançar na quadra e a escola agiu certo em afastar para cuidar da saúde dela. É claro que a gente fica um pouco mexida, ainda mais grávida. É uma faca de dois gumes”.

A dançarina, com 26 semanas, pretende intensificar os ensaios somente em janeiro, já na Sapucaí. “Estou um pouquinho devagar porque minha neném está muito grande (risos). Mas meu presidente é maravilhoso. Eu descobri no dia 2 de março que estava grávida e nós já fomos conversar no dia 3 de março sobre 2019. Como eu tenho costume de começar nossos ensaios de Sapucaí em janeiro, fica tranquilo para mim”.

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