O primeiro Papeando com o SRzd de 2017 conversa com o carnavalesco da Unidos do Viradouro, Jorge Silveira. No bate-papo, realizado no barracão da agremiação, Jorge contou sobre os desafios de se realizar o Carnaval na Série A, e adianta algumas das surpresas que a escola apresentará na Marquês de Sapucaí. A agremiação, que comemora seus 70 anos de fundação, será a terceira escola a desfilar na sexta-feira, dia 24 de fevereiro de 2017.
Eu quem agradeço. Sejam muito bem-vindos ao nosso barracão. O SRzd é um grande parceiro nosso, fico muito feliz em receber vocês.
Eu tenho uma vivência de algum tempo trabalhando em outras escolas do Grupo de Acesso, prestando serviço a outros profissionais e a amigos carnavalescos. A palavra “crise” é uma constante no Carnaval do Grupo de Acesso. Dizer que este ano é um ano de crise é uma repetição de ideia, o Grupo de Acesso sempre passa por dificuldades. Na verdade, o Acesso é o local onde a gente necessariamente vai usar a criatividade para suplantar os problemas.
Evidente que a crise existe, mas a gente tem uma sorte muito grande, porque a Viradouro tem o privilégio de ter acumulado ao longo do tempo um almoxarifado muito rico de possibilidades e eu passei alguns dias, junto à equipe da escola, investigando item por item e pude usar materiais que nunca foram utilizados e que estavam guardados por décadas de Carnaval. Estamos fazendo uso de muito material que estava guardado, coisas que nem existem mais no mercado e que a Viradouro tinha. Estamos enfrentando a crise usando estes materiais e procurando soluções práticas para o Carnaval.
É sempre complicado, porque a gente promove o melhor espetáculo do planeta e não necessariamente tem a melhor estrutura do planeta para realizar o espetáculo. Eu espero que um dia tenhamos a mesma estrutura das escolas do Grupo Especial, porque o Acesso se espelha e assemelha, em termos de espetáculo, ao Grupo Especial.
Seria muito bom e muito justo que todas as escolas pudessem ter uma qualidade estrutural bacana, que pudessem ter uma segurança de trabalho para os profissionais mais adequada e que, sobretudo, nos dessem condições de aprimorar o espetáculo. Muitas vezes os barracões não têm essa facilidade e a solução que a gente busca é otimizar cada espaço para fazer brotar um Carnaval gigantesco em um espaço minúsculo.
O desfile do Acesso tem esta vantagem. É o público do Carnaval que vai aos ensaios, que acompanha a sua escola e as outras. São pessoas que vivem Carnaval o ano inteiro. Eu acho que a grande surpresa é conseguir associar a tradição das escolas que existem no Acesso a propostas de enredo que deem novas leituras a este mesmo Carnaval.
A própria Viradouro neste ano se propõe a fazer um Carnaval diferente do que vem fazendo ao longo dos anos. É um Carnaval que propõe um enredo mais leve, de comunicação mais direta com o público. O desfile da Viradouro não haverá dupla interpretação; 100% das fantasias e alegorias que irão passar pela Avenida serão de fácil entendimento. A minha meta é que as pessoas possam assistir ao Carnaval e nem precisar de livrinho para entender o significado daquilo que estão assistindo.
Com certeza. Este é o fato número 1 deste Carnaval. O fator fundamental é a comunicação com o público. O objetivo maior é ganhar o público da Marquês de Sapucaí. Porque, se a gente conseguir tocar o coração das pessoas, os jurados certamente serão tocados com a alegria que o público vai devolver. Então, a meta é falar com o coração das pessoas. Carnaval é um êxtase de emoção. Se a gente conta uma história que emociona, a gente traz o público com a gente e a Viradouro é expert em emoção.
Nós temos muitas brincadeiras ao longo do desfile, é quase como se fossem dois enredos dentro de um só. Além de falar de uma proposta infantil, que é inédita na história da escola. Um desfile totalmente construído em uma lógica infantil, em 70 anos, a Viradouro nunca fez. É como se ela estivesse no auge do seu porte, se reiventando, nascendo de novo, se abrindo para a novidade. E a gente vai trazer esta história da escola mencionada em diversos aspectos durante o desfile.
Vamos dar vários tiros! Fiquem muito atentos à comissão de frente da Viradouro. É uma proposta muito diferenciada que vem com uma leitura muito moderna de Carnaval e vai tocar o coração das pessoas de uma maneira muito forte. Eu destaco, em especial, o último carro, é a alegoria que fecha o desfile. É um castelo de blocos coloridos, em que a gente faz uma metáfora entre a criança que constrói seu próprio futuro como construísse um castelo de brinquedo e a própria história da escola. Vamos trazer, nesta alegoria, homenageados, diversos carnavalescos que fizeram a história e construíram o castelo dos 70 anos da Viradouro.
SRzd, um grande abraço, obrigado pelo carinho de sempre e a Viradouro está sempre de portas abertas! Que a gente tenha um Carnaval maravilhoso; não somente a Viradouro, mas todas as coirmãs e que a gente possa fazer juntos o maior espetáculo da Terra.
*colaboração voluntária ao SRzd
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