Famosa ou da comunidade? Escolas do Especial se dividem em 2023 ao escolherem suas Rainhas

Viviane Araújo e Sabrina Sato. Foto: Anderson Borde/Best Comunicação/Divulgação Salgueiro

Viviane Araújo e Sabrina Sato. Foto: Anderson Borde/Best Comunicação/Divulgação Salgueiro

Começa na noite do próximo domingo (19) o desfile das escolas de samba do Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

Doze agremiações disputam disputam o título, com cobertura do portal SRzd. Nesse conjunto de gigantes do samba carioca, apenas o Paraíso do Tuiuti nunca foi campeão nesta divisão.

Na primeira parte do espetáculo, seis escolas pisam na Avenida e a segunda é a atual campeã, a Acadêmicos do Grande Rio, cantando o sambista Zeca Pagodinho. No sábado, outras seis integrantes desta divisão completam o cardápio.

(veja a ordem de desfiles do Grupo Especial):

+ domingo, 19 de fevereiro: 

+ segunda-feira, 20 de fevereiro:

Em cada apresentação, muitos detalhes, luxo, cores, criatividade e alegria. E nesse caldeirão cultural há espaço, desde muito, para uma discussão sobre tradição.

Aos mais puristas, preservar as bases das escolas de samba é algo inegociável. Por outro lado, existem aqueles que são favoráveis ao que chamam de renovação e a inserção moderada de novos elementos no modelo estabelecido. Num segmento cheio de símbolos e heranças das mais diversas vertentes, o debate passa pelo posto dos mais cobiçados no Carnaval; o cargo de Rainha de Bateria.

E em 2023, no Grupo Especial, uma divisão assimétrica nessa fronteira de diversidade sobre as engrenagens e raízes das escolas de samba, aconteceu. Seis escolas apostaram em crias das comunidades para reinar à frente dos seus ritmistas, enquanto as outras seis, contam com celebridades nesta posição de destaque.

No time das famosas estão as atrizes Paolla Oliveira, da Grande Rio, Erika Januza, da Viradouro e Viviane Araújo, defendendo as cores do Salgueiro. Sabrina Sato, brilha na Vila Isabel, a cantora Lexa, na Unidos da Tijuca, e sua mãe, a empresária Darlin Frerrattry, no Império Serrano.

+ crias da comunidade

Já no time das musas que brotaram do chão das comunidades ou chegaram ao cargo pela sua atuação e identificação mais visceral com cada escola, estão outras seis estrelas desta festa.

Na Imperatriz Leopoldinense é a vez da universitária Maria Mariá, de 20 anos, moradora do Complexo do Alemão, em Ramos, que chegou substituindo a cantora Iza.

A nova rainha da Paraíso do Tuiuti é a dançarina Mayara Lima, que desde os 14 anos desfilava na ala de passistas e despontou no Carnaval passado, quando um vídeo em que aparece ensaiando junto com a bateria com sincronia envolvente, viralizou.

A estudante Lorena Raíssa, de 15 anos, está substituindo Raíssa Oliveira, que reinou por 20 anos na Beija-Flor de Nilópolis. A escola sempre privilegiou integrantes da comunidade.

A rainha Giovana Angélica, da Mocidade Independente de Padre Miguel, defende o posto numa das baterias mais importantes da cidade e disse, em entrevista recente, que acha esse movimento de valorização do sambista da escola muito positivo.

Evelyn Bastos, de 29 anos, neste Carnaval celebra uma década de reinado à frente da Tem Que Respeitar Meu Tamborim, da Estação Primeira de Mangueira. Fechando o elenco, Bianca Monteiro, de 34 anos, há sete reina soberana na tradicionalíssima Portela.

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