Especialistas analisam rumos do Carnaval pós 2021

Sambódromo da Marquês de Sapucaí iluminado para o Carnaval 2021. Foto: Henrique Matos

O Carnaval movimenta a economia, multiplica a alegria, conta a nossa história, reafirma origens e renova energias. É imprescindível, portanto. Como levar tudo isso adiante em tempo de pandemia? Atrás de respostas, e de boas conversas sobre o universo da folia, o historiador Luiz Antonio Simas recebe especialistas no ciclo de conversas “Que Carnaval é esse?” Os encontros, que acontecem com transmissão pelo YouTube (no canal Que carnaval é esse?), dias 26, 27 e 28 de fevereiro, vão oferecer a primeira oportunidade de debate aprofundado sobre os rumos da festa após a experiência do Carnaval de 2021 – aquele em que a Covid-19 atravessou a avenida.

Simas, um estudioso da cultura popular, autor de livros como “Samba de Enredo” (com Alberto Mussa e “Dicionário da história social do samba” (em parceria com o bamba Nei Lopes), promete atuar como provocador, mais do que mediador. Ele sabe que os convidados têm muito a dizer sobre o tema – sua tarefa será “levantar a bola” para nomes como os carnavalescos Sidnei França, campeão paulista em 2020 à frente da escola de samba Águia de Ouro, e Leandro Vieira, bicampeão do Carnaval Carioca no comando da Estação Primeira de Mangueira. Na ponte aérea de Momo entre Rio e São Paulo, também participam do ciclo “Que Carnaval é esse?” profundas conhecedoras da festa na rua, a exemplo da jornalista Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, principal liga de blocos do Rio de Janeiro, e Cléo Dias, figurinista, integrante do bloco afro feminino Ilú Obá de Min, de São Paulo.

Tem mais samba: no último dia de conversa, os secretários municipais de Cultura do Rio de Janeiro, Marcus Faustini, e de São Paulo, Alê Youssef, debatem os rumos da festa – o de 2022 promete ser o maior Carnaval de todos os tempos, mas, para tanto, precisa começar a ser feito agora. Entram na pauta ideias para o fortalecimento das relações culturais entre Rio e São Paulo e uma futura retomada amparada pela enorme potência do Carnaval.

Outros aspectos são abordados por estudiosos apaixonados como os jornalistas Lucas Prata Fortes e Luise Campos, além do antropólogo Vinicius Natal, autor do enredo do desfile da Acadêmicos do Grande Rio em 2020. Completa nosso cortejo mais um bamba, o músico paulistano Douglas Germano, que aos 13 anos já tocava repinique na bateria da tradicional Nenê de Vila Matilde. “Reunimos um time que vive o Carnaval o ano inteiro, avalia o que já passou e tem condições de ajudar a fazer melhor nos próximos anos”, atesta Luiz Antonio Simas. Os encontros do ciclo “Que Carnaval é esse?” são gratuitos.

PROGRAMAÇÃO

Que Carnaval é esse?

Ciclo de conversas com o escritor, professor e historiador Luiz Antonio Simas
Transmissão pelo YouTube
Canal: Que Carnaval é esse?
link: https://cutt.ly/EkU45pY
Instagram @quecarnavaleesse

O impacto da pandemia no carnaval brasileiro
Mediação: Luiz Antonio Simas

1 – 26/02, sexta, às 19h
Dia 1 – Carnaval e brasilidade: festas de rua, identidade e história

Com Sidnei França (carnavalesco da escola de samba Águia de Ouro, campeã paulistana do Carnaval 2020), Luise Campos (jornalista, integrante da TV Paticumbum, estudiosa do Carnaval) e Douglas Germano (músico).

2 – 27/02, sábado, às 16h
Carnaval brasileiro a partir de dois vetores: cultura e economia criativa

Com Rita Fernandes (presidente da Sebastiana, liga de blocos do Rio de Janeiro), Vinicius Natal (historiador, antropólogo, estudioso do universo da folia, diretor da escola de samba Unidos de Vila Isabel), Lucas Prata Fortes (jornalista, colunista da revista Época) e Cléo Dias (figurinista, integrante do bloco afro feminino Ilú Obá de Min, de São Paulo).

3 – 28/02, domingo, às 16h
Carnaval no Brasil, o que será o amanhã?

Com Marcus Faustini (diretor de teatro e cinema, secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro), Alê Yussef (secretário municipal de Cultura de São Paulo, produtor cultural e fundador do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta) e Leandro Vieira (carnavalesco bicampeão com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira).

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