Tem como esquecer o Erê? Tijuca deixa marca no Carnaval 2022 e está pronta para voltar a brilhar

Tijuca 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

Tijuca 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

Certamente muita gente que foi assistir aos desfiles do Grupo Especial carioca neste ano na Marquês de Sapucaí, ou quem acompanhou à distância, ficou com os versos do samba 2022 da Unidos da Tijuca em loping na mente por um uns bons dias.

“Erê, essa mata é sua, é sua

Erê, vem provar doce mel, doce mel

E nasce Kahu’ê, o Curumim

De olhos alegres, sempre assim

Presença tão breve

A ingenuidade sucumbe à maldade

Renasce Kahu’ê, o Curumim

Seus olhos alegres não têm fim

Pois o bem é maior, vai reexistir”

Os refrões acima, de autoria dos compositores Anderson Benson, Eduardo Medrado e Kleber Rodrigues, ganharam ainda mais força com a forte e harmônica interpretação de Wantuir e sua filha, Wic Tavares.

Criticado no pré-Carnaval e “canetado” pelos jurados, o samba marcou. Assim como a passagem da Tijuca. Aliás, não foi só a trilha do enredo tijucano bastante despontuada pelos julgadores. Apenas em bateria, entre os nove quesitos avaliados, a escola gabaritou.

A rigidez com a Tijuca se refletiu num resultado bem contestado por boa parte dos sambistas e da imprensa especializada. O desfile deixou a impressão de que a agremiação podia e merecia mais, inclusive, estar entre as Campeãs do ano, feito que não consegue desde 2016.

A Tijuca levou para a Avenida o enredo Waranã – A reexistência vermelha. Desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, a apresentação abordou a história do Guanará e a importância da luta dos povos indígenas, tema atual e apropriado devido à invasão em terras nativas por garimpeiros no Norte do país. A agremiação terminou com a nona colocação.

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2023 é logo ali

Com o Carnaval adiado neste ano, o tempo de preparação para o espetáculo em 2023 é menor. Os desfiles do Especial acontecem nos dias 19 e 20 de fevereiro.

A Unidos da Tijuca, mesmo com o amargo resultado deste ano, não se abateu e já se movimentou no projeto em busca de voltar a brilhar entre as primeiras colocadas.

Pai e filha. No Carnaval de 2023, o desfile da Tijuca terá mais uma vez no microfone principal Wantuir Oliveira e Wic Tavares.

Nessa onda de aposta na manutenção de seu elenco, seguem na escola Jack Vasconcelos, o mestre de bateria Casagrande, o coreógrafo de comissão de frente Sérgio Lobato e a primeira porta-bandeira, Denadir Garcia. Ela aguarda seu novo par, que substituirá Phelipe Lemos, contratado pela Imperatriz Leopoldinense.

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Uma das mais antigas e tradicionais escolas de samba do Rio, a Unidos da Tijuca tem quatro campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos de 1936, 2010, 2012 e 2014, além de três no Acesso, em 1980, 1987 e 1999.

Que fome é maior?

Do Grupo Especial 2023, apenas uma escola nunca conquistou o título e a “fome”, naturalmente, deve ser das maiores; o Paraíso do Tuiuti.

Quem está de barriga cheia, mas não menos faminta, é a Acadêmicos do Grande Rio, atual campeã e que, certamente, quer repetir o saboroso “prato” com tempero de vitória. As outras dez escolas, assim estão na espera para voltar a faturar o campeonato:

Viradouro – desde 2020
Mangueira – desde 2019
Beija-Flor – desde 2018
Mocidade e Portela – desde 2017
Unidos da Tijuca – desde 2014
Unidos de Vila Isabel – desde 2013
Salgueiro – desde 2009
Imperatriz – desde 2001
Império Serrano – desde 1982

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