Edson Pereira, carnavalesco da Viradouro, defende novo modelo de captação de recursos no Carnaval

Edson Pereira. Foto: Divulgação

Edson Pereira. Foto: Divulgação.

O corte de 50% da subvenção destinada às agremiações fez todo o mundo do samba refletir a respeito da autossuficiência das escolas e da larga dependência que as mesmas tem com a prefeitura. Ao pensar nisso, o carnavalesco da Viradouro, Edson Pereira, defende um novo modelo de captação de recursos, que não dependa tanto da verba pública.

“O Carnaval é uma organização, ele tem como captar recursos de empresas, do ramo de hotelaria, porque a gente também retribui com espetáculo e retorno de verba. Então, acho que antes de cortar e diminuir a festa, deve-se rever, primeiramente, como captar sem ser diretamente da prefeitura e do governo federal”, afirma o carnavalesco.

Cabe lembrar que, com o corte de verba, a Riotur conseguiu captar cerca de R$ 35 milhões para o Carnaval carioca de 2018. Além disso, o governo federal e a Caixa se propuseram a disponibilizar cerca de R$ 8 milhões que ajudariam a completar o montante para cada agremiação. Caso o dinheiro prometido seja entregue, as escolas não sentirão diferença, em termos financeiros, em relação ao ano anterior. Contudo, resta saber quando essa verba irá chegar aos cofres das agremiações.

A Lierj, entidade responsável pelo desfiles da Série A, chegou a cogitar mudanças bruscas no regulamento. Mas pensou duas vezes e decidiu abolir somente a utilização de tripés. A respeito das modificações, Edson comentou: “O Carnaval já passou por várias crises, essa não é a primeira. Mas, caso persista essa falta de verbas, acho que tem sim que diminuir alegorias e alas”.

Em meio a tantos problemas e desafios, as escolas vem se preparando do jeito que podem para o Carnaval 2018. Segundo o presidente da Liga, Déo Pessoa, será na força e na coragem que as agremiações farão um belíssimo espetáculo daqui a menos de dois meses.

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