Série B 2019: Com pouco contingente, Engenho da Rainha canta Matamba

06/03/2019 às 4h12 - Por João Carlos Martins

Desfile Engenho da Rainha 2019. Foto: Nícolas Barbosa/SRzd

Oitava agremiação a pisar na passarela da Intendente Magalhães, na madrugada desta quarta-feira (6), a Engenho da Rainha trouxe o enredo “Matamba, o sonho de uma rainha”, do carnavalesco Léo Jesus. A tradicional escola decepcionou por trazer um contingente reduzido de desfilantes, o que não colaborou para a harmonia da vermelho e branco.

O que também não facilitou o desempenho do quesito foi a atuação da bateria, que utilizou um andamento acelerado. Os ritmistas, no entanto, passaram com segurança na Avenida. Quem também se saiu muito bem foi a ala de passistas, o grupo que mais sambou até o momento.

No que diz respeito à parte plástica, pouca inovação de materiais e soluções para sair do clichê de mais um enredo afro. As alegorias também deixaram a desejar. Entretanto, o comentarista do SRzd Wallace Safra acredita que o enredo tenha ficado claro com o trabalho apresentado por Léo Jesus.

“O carnavalesco Léo Jesus apresentou um bom desenvolvimento na construção das fantasias. Com um uso de palha, espuma e penas paradas, o carnavalesco conseguiu traduzir bem o enredo. Destaque para o figurino do primeiro casal.”

A comissão de frente trouxe coreografia simples, mas se destacou pela bela roupa. Assim como o primeiro casal, Rafael Gomes e Mônica Menezes, citado por Safra. Eliane Santos Souza, outra comentarista do SRzd, analisou a apresentação da dupla na Estrada Intendente Magalhães.

“Rafael Gomes e Mônica Menezes trouxeram o bailado do mestre-sala e da porta-bandeira em sua forma autêntica. Eles desenvolveram os passos, movimentos e gestos característicos, em uma excelente performance do par, dançando ininterruptamente, se comunicando e saudando o público da passarela do samba. O casal bailou com elegância e segurança durante o desfile demonstrando grande harmonia ao desenvolver os passos, gestos e movimento do bailado ancestral. A porta-bandeira, determinada e firme em sua coreografia, apresentou giros horário e anti-horário com naturalidade durante o “abano”e leveza na execução do “balanço”.”