Paulo Barros sobre projeto da comissão de frente da Tijuca: ‘Até agora está indo muito bem’

Paulo Barros. Foto: SRzd

Desde que surpreendeu o Brasil com a comissão de frente da Tijuca de 2010, em ‘É Segredo!’, Paulo Barros não fica um ano fora do planejamento do quesito. Para o Carnaval 2020, dez anos após ter feito história na Sapucaí, o carnavalesco trabalha em conjunto com o coreógrafo Jardel Lemos em mais um audacioso projeto. Sem revelar detalhes do que será apresentado, Paulo fez um balanço dos trabalhos a pouco mais de 20 dias do desfile.

“Até agora tudo está indo muito bem. Espero que continue. Pode ser que aconteça algum acidente de percurso que a gente tenha que mudar algo. Mas nós fizemos um estudo e um planejamento para que esse tipo de coisa não aconteça e nada afete a ideia”, disse o artista.

Ao se intitular mais como ‘gestor’ que ‘carnavalesco’, Paulo Barros acredita que não pode deixar de participar do segmento responsável pela abertura do seu desfile, algo tão espero pelo público.

“Eu digo que a comissão de frente é minha. Eu continuo com essa ideia e com essa certeza. Ela faz parte do meu projeto. Mas isso não quer dizer que eu estou colocando o profissional da comissão de frente em segundo plano, de maneira nenhuma. Eu trabalho em conjunto com ele.”

Comissão de frente da Tijuca em 2019. Foto: Leandro Milton/SRzd

Jardel Lemos vai para seu segundo ano na Tijuca. O coreógrafo não teve boa estreia em 2019, quando perdeu preciosos três décimos na apuração. Com Paulo Barros no jogo, a expectativa cresce em relação ao quesito da escola.

“As ideias podem se encontrar, podem vir da parte dele (do coreógrafo), da minha parte. É um trabalho de quatro mãos. Agora, que eu vou deixar esse segmento pra decisão de uma pessoa só? Isso eu não vou, não”, afirmou o carnavalesco.

Decepção na Vila Isabel

Comissão de frente da Vila Isabel em 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

Se Paulo Barros acumula grandes sucessos em comissões de frente, como no período entre 2010 e 2014, pela Tijuca, e em 2019, pela Viradouro, ele também amarga decepções como 2015, pela Mocidade, e o mais recente: 2018, pela Vila Isabel.

“Às vezes eu não acerto, sou humano. Acontece que eu criei uma expectativa de comissão de frente no qual eu sou o meu maior inimigo. Eu sou comparado comigo mesmo”, afirmou o carnavalesco, que justificou o mau desempenho da comissão de frente da Vila dois anos atrás, quando o grupo conseguiu apenas 29,6 pontos dos 30 possíveis.

“Na Vila Isabel foi uma sucessão de cagadas que aconteceram. O equipamento não deu certo, um cara prometeu uma coisa que não cumpriu. Eu tive que mudar o elenco, fazer o tripé de última hora. O problema aparece, você tem que encarar e encontrar a solução.”

Em 2019, pela Viradouro, veio a redenção. Com efeitos de fumaça, fogos e troca de roupa, Paulo Barros e o coreógrafo Alex Neoral conseguiram nota máxima do júri e arrebataram o Prêmio SRzd de Melhor Comissão de Frente.

Comissão de frente da Viradouro de 2019. Foto: Leandro Milton/SRzd

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