Comentaristas do SRzd desabafam sobre morte de Sargento: ‘Temos um genocida na Presidência da República’

Comentaristas do SRzd, Rachel Valença e Luiz Fernando Reis falaram sobre a morte do cantor e compositor Nelson Sargento. O presidente de honra da Mangueira faleceu nesta quinta-feira (27), vítima de Covid-19. Rachel e Luiz ressaltaram a importância do baluarte para a história do samba e criticaram a atuação do governo federal frente à pandemia do novo coronavírus.

“Nelson foi um compositor inspirado e, mais que isso, um grande sambista. Publicou em 1994 um livro de poemas, Prisioneiro do mundo, e se dedicou também à pintura. Sua obra foi mostrada em várias exposições. Membro do Conselho do Samba, no Museu do Samba, foi um bravo defensor da preservação da memória do samba e da causa da plena inclusão do sambista na sociedade. Meu amigo desde 1980, deixará uma grande lacuna também no meu coração”, disse Rachel Valença.

Em relato sincero e emocionado, Luiz Fernando Reis assumiu que não aguenta e não tem mais paciência para a atual situação do Brasil. Para o comentarista, o culpado da morte de Nelson Sargento e de outras mais de 450 mil pessoas é o presidente Jair Bolsonaro.

“O samba agoniza, mas não morre. Mas, pera aí, ele acabou de morrer, né? Uma parcela do samba acabou de nos deixar. O Nelson Sargento tinha vencido um câncer, uma doença tão grave, tão difícil. E no alto de seus 96 anos, ele não conseguiu superar a Covid. Esse é o retrato do Brasil atual. Há claramente um grande culpado pra tudo isso. Tá na hora da sociedade começar a assumir. O Presidente da República é o culpado por tudo que está acontecendo nesse país. O samba está agonizando e morrendo, sim. Foram oferecidas milhares de vacinas e o país se negou a comprar. Estamos vivendo mais de 450 mil mortes. Chega de genocídio. Nós temos um genocida na presidência da república. Siga em paz, Nelson Sargento”, desabafou.