Cinco perguntas para Lucinha Nobre

Lucinha Nobre. Foto: Léo Cordeiro

 

Há 26 anos a Sapucaí contempla seu talento, sua graça e seu bailado. Seu nome é sinônimo de nota máxima e de aclamação na avenida. Após defender o pavilhão da Águia Altaneira entre 2010 e 2012, durante um período de grandes dificuldades da escola, ela está de volta a uma escola fortalecida, campeã do último carnaval.

Lucinha Nobre fala de seu retorno à Portela para 2018, sua relação como parceira de dança e “madrinha” do mestre-sala Marlon Lamar e de sua “aventura” como passista em 2016…será que ela pode repetir a dose?!

1 – SRZD: Como aconteceu o seu retorno à Portela, uma escola com a qual você se identificou e construiu imensa popularidade entre os torcedores e a comunidade local?

LN – No ano passado, logo no sábado das campeãs, começou a negociação que me levou de volta pra Portela. Tudo feito com muito carinho e cuidado. Eu sempre tive a sensação que poderia ter dado mais para a Portela, que nossa história tinha sido interrompida muito abruptamente, então agarrei com força a oportunidade de voltar e encontrei uma escola muito mais estruturada, organizada e competitiva.

Lucinha Nobre / Foto: Luiz Eduardo

2 – SRZD: Você volta à avenida em uma Portela campeã, competitiva, bem diferente do cenário de incertezas de sua última passagem pela escola. Isso aumenta a responsabilidade ou facilita o seu desempenho?

LN – Na verdade acontecem as duas coisas. Aumenta muito a responsabilidade, mas, por outro lado, encontrei uma excelente estrutura que facilitou em muito o desempenho. Dessa vez tive uma grande equipe e tudo foi feito certinho, com gosto e carinho. Sem contar o apoio da torcida que é maravilhoso, a Portela é uma escola onde você recebe muito carinho.

Lucinha Nobre e Dodô da Portela / Arquivo Pessoal

3 – SRZD: O jovem Marlon Lamar, um ascendente mestre-sala, foi uma aposta sua desde a Porto da Pedra até agora, em seu retorno à Portela. Como tem sido esse entrosamento e que virtude especial ele apresentou para encantar você?

LN – Quando eu o vi dançando pela primeira vez me impressionei com a energia dele, a força do olhar, achei ele bem aguerrido e nisso somos muito parecidos. Na Porto da Pedra ensaiamos sozinhos, mas nos últimos dias contamos com a ajuda da Jeane Pernambuco e da Camile Salles, elas ajudaram a limpar pro desfile. Aí pra Portela convidamos a Camile (que trabalhou comigo entre 2005 e 2010) e ela fez o nosso trabalho evoluir muito!! Só me sinto grata.

Marlon Lamar e Lucinha Nobre / Divulgação-Portela

4 – SRZD: Você sempre gostou de “brincar de passista” na quadra, e chegou a desfilar como tal defendendo a Unidos da Tijuca em 2016. Como foi essa experiência? Você voltaria a repeti-la?

LN – Na verdade eu só aprendi a sambar depois de adulta, já na fase tijucana. Na Mocidade eu era porta-bandeira desde criancinha, então nunca tinha me interessado por sambar. Aí eu morria de vergonha quando me diziam: “Você é do carnaval? Deve sambar muito!!!” (risos) Só que eu não sabia sambar!!! Aí comecei a aprender com as passistas de lá da época, Marcela Japa me ensinou muito, aí fui pegando gosto. Amei desfilar de passista e com certeza vou repetir a dose!

Lucinha Nobre / Foto: Léo Cordeiro

5 – SRZD: Após tantos anos, tantos prêmios e um nome que virou “grife” de porta-bandeira nota 10 na avenida, o que Lucinha Nobre pode prometer à apaixonada torcida portelense para este 2018?

LN – Eu prometo que vai ser um desfile de muita entrega e emoção. Eu e o Marlon nos preparamos de forma intensa pra esse desfile e vamos entregar um trabalho feito com muito amor, carinho e respeito.

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