Caso Marielle: Ex-presidente da Beija-Flor é o suplente que pode substituir Chiquinho Brazão

Deputado federal Chiquinho Brazão. Foto: Lula Marques

Deputado federal Chiquinho Brazão. Foto: Lula Marques

Rio. Preso no último domingo (24) por ser um dos suspeitos de ser mandantes da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), Chiquinho Brazão (União) pode perder o mandato.

O afastamento ainda depende de uma série de etapas, já que Brazão tem foro privilegiado e sua prisão precisa ser confirmada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

O parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), assinado pelo relator Darci de Matos (PSD), defende que a prisão seja mantida. A partir daí, em plenário, serão precisos 257 votos (maioria absoluta) para manter a orientação do relator.

A confirmação da prisão, por si só, não implica em perda automática do mandato. É necessário que o colegiado casse Chiquinho Brazão. O PSOL já protocolou o pedido nessa direção, mas que ainda vai passar pelo Conselho de Ética da Casa.

Se todo este trâmite acontecer, a vaga de Chiquinho Brazão será de Ricardo Abrão (União). Ricardo é filho de Farid Abrão David, ex-prefeito da cidade de Nilópolis, por três vezes, e ex- presidente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. Farid morreu em 2020 vítima de Covid-19.

O suplente do União é também sobrinho de Anísio Abraão David. Ricardo, que já foi sócio de Chiquinho, é advogado, ex-deputado Estadual no Rio de Janeiro, por dois mandatos, e ex-presidente da Beija-Flor, no período entre 2017 a 2021. Ricardo ocupava o cargo de secretário de Ação Comunitária da prefeitura do Rio de Janeiro, mas foi exonerado após a operação da PF.

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