Carnaval contra a intolerância: Grande Rio celebra liberdade religiosa

No último dia 21 de janeiro, celebrado como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no Brasil, ocorreu o III Seminário sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos, organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e pela Liga Universitária de Pesquisadores e Artistas de Carnaval (LUPA Carnaval) da UFRJ.

O seminário aconteceu dentro do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) e teve mesas de debate sobre o tema da liberdade religiosa e da intolerância. A LUPA Carnaval promoveu o encontro do carnaval com o debate sobre intolerância religiosa em dois momentos. Primeiramente na mesa de debates “Culturas e Movimentos”, onde personalidades consagradas do mundo do samba participaram: Selminha Sorriso, primeira porta-bandeira da Beija-Flor, Haroldo Costa, pesquisador e escritor, Machine, síndico do sambódromo, e a coordenadora do grupo acadêmico, Helena Theodoro.

Com o convite para que a Acadêmicos do Grande Rio se apresentasse no Festival Cultural Cantando a Gente Se Entende, um grande show inter-religioso na aconteceu praça da Cinelândia. Participaram do show alguns ritmistas da bateria e cantores de apoio, duas passistas e o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da Grande Rio, Jéssica Barreto e Andrey Ricardo. Neste ano, a tricolor de Caxias celebra a liberdade religiosa com o enredo ‘Tatá Londirá – O Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias’, dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. O tema homenageia Joãozinho da Gomeia.

Sobre a importância do evento, o Babalawô e professor da UFRJ Ivanir dos Santos declarou: “As atividades do Seminário conseguiram agregar uma grande diversidade religiosa. O evento chega na sua terceira edição com uma grande bandeira pelas liberdades e pluralidade. Acredito que eventos como esse fortalecem nossas lutas e ações em prol da tolerância e contra todas as formas de preconceito”.

Gabriel Henrique, um dos idealizadores da LUPA Carnaval, complementa: “Nosso grupo de pesquisa investiga os aspectos artísticos envolvidos na preparação e na realização dos desfiles. Nesse sentido, poder contar com a participação da Grande Rio foi fundamental para o entendimento de que as narrativas defendidas nos enredos podem romper as fronteiras dos quatro dias de espetáculo. Ao homenagear Joãozinho da Gomeia, a agremiação se posiciona frente a um dos debates nacionais mais caros nesse momento, que é o da liberdade religiosa”.

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