Boi vermelho chega pra guerrear! UPM repete histórico de bons desfiles no Acesso

Boi vermelho chega pra guerrear! UPM repete histórico de bons desfiles no Acesso

Boi vermelho chega pra guerrear! UPM repete histórico de bons desfiles no Acesso

A Unidos de Padre Miguel foi a quinta escola a se apresentar na primeira noite de desfiles do Grupo de Acesso na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

Forte como sempre nas disputas da Série Ouro, a UPM volta a sonhar com a tão almejada vaga no Especial. Com recursos, um samba que pegou e comunidade aguerrida, manteve acesa a chama da esperança de concretizar o futuro que espera há tempos. Um pequeno problema na parte final, envolvendo o carro abre alas, pode jogar contra.

+ em busca do Acesso:

A Unidos de Padre Miguel levou para a Marquês de Sapucaí em 2023, de autoria dos carnavalescos Edson Pereira e Wagner Gonçalves, o enredo Baião de Mouros.

A ideia do projeto foi retratar a influência e a interferência Árabe, Moura e Muçulmana no Nordeste brasileiro. Neste contexto, a escola da Vila Vintém fez um paralelo entre o deserto e o sertão, a música, o chapéu do cangaceiro, leques e guarda-sóis, o uso de tapetes e as janelas quadriculadas e os azulejos, do comércio do mascate, ao gibão que cobre um cabra.

A UPM fez um passeio pela Península Ibérica conquistada por árabes do Norte da África e o domínio Mouro. É nesse cruzamento de histórias, onde Sherazade é cantada num abecê, onde nasce o Rei do Baião, que o Boi Vermelho apostou suas fichas nesse ano.

+ comentaristas do SRzd avaliam desfile:

Célia Souto: “A escola veio preenchendo a Avenida em frente ao setor 4 da Sapucaí evoluindo com regularidade e uniformidade, apresentando equilíbrio entre as alas definindo assim uma ótima evolução num andamento moderado. Em relação ao canto, os componentes desenvolvem a as nuances do samba num andamento cadenciado demonstrando domínio entre ritmo e melodia”.

Eliane Souza: “Que lindeza de bailado! Atualizado, com gestos e nuances referentes ao enredo e em acordo com a letra do samba, todavia preservando os movimentos obrigatórios da coreografia de cada um dos dançarinos. O mestre-sala executou seus passos, demonstrando grande habilidade e destreza, dançando para o pavilhão e para sua dama que, faceira, realizou seus giros com segurança, apresentou um gestual refinado e sinalizando a letra do samba! O casal demonstrou bastante sintonia, finalizando seus movimentos com elegância em perfeita sincronia. Notei a grande alegria em sua dança, um entusiasmo por portar o sagrado pavilhão de sua escola! Apresentação maravilhosa para se apreciar! Amei”.

Jaime Cezário: “O enredo Baião de Mouros foi um belo achado para UPM, pois areja com novidade a tradicional sequência de enredos afro-brasileiros trazidos até então. A influência árabe na cultura nordestina é marcante e, assim, encontraram um celeiro fértil para buscar uma plástica visual nessa rica cultura. Meu registro fica por conta do caminho “cult” buscado pelo enredo, tornando em alguns momentos algo de difícil compreensão, para aquele que não possuir o roteiro em mãos, com toda explicação do caminho buscado para a história. As fantasias foram com o padrão Grupo Especial. Belos acabamentos e tecidos de qualidade. Registro algo observado na ala 7, onde 10% dos componentes estavam sem a camisa da fantasia, algo surpreendente e quase inadmissível para o seu padrão de qualidade. As alegorias seguiram o mesmo padrão das fantasias: qualidade e riqueza visual. Até esse momento da noite, foi aquela que demonstrou que não sofreu com problemas financeiros para realizar seu projeto Carnaval”.

Cadu Zugliani: “A Unidos de Padre Miguel apresentou um samba com uma letra interessante. Não tem um estilo para ‘sacudir a Avenida’, mas tem história, enredo e fez a escola cantar bastante, o que é obviamente bem importante. Achei o andamento bem encaixado entre bateria e o carro do som do super experiente Bruno Ribas. O samba tem vários pontos bons, como a sacada do refrão de baixo. Só uma parte do samba me incomoda; ‘Vi camelo no agreste, sultão cabra da peste, são 1001 noites de histórias ao luar’. Encaixe difícil de letra e melodia. Por sinal, era a única parte menos cantada pela escola”.

Bruno Moraes: “A bateria da UPM fez um desfile técnico com boas e seguras apresentações nos módulos, porém, no último, foi um pouco mais prejudicada pela harmonia da escola e não teve um tempo satisfatório para sua apresentação. Suas bossas eram funcionais e muito firmes. Destaque para boa ala de tamborim com um desenho sensacional. Mestre Dinho usou sua experiência e mais uma vez usou o artifício da paradinha 7 para levantar a Sapucaí, e levantou”.

Rachel Valença: “Unidos de Padre Miguel Sede de vitória, garra, empenho. Palavras que definem o que se acaba se assistir na Marquês de Sapucaí. Se houve em toda a escola cinco pessoas que não passaram cantando, foi muito. A sensação era de que até as esculturas nos carros alegóricos entoavam o samba. Um desfile emocionante”.

Wallace Safra: “O coreógrafo David Lima trouxe para Avenida o mistério que levou a serpente a se encantar pelo Rei do Baião e com muito luxo e fantasias ricas em detalhes apresentou um belíssimo show. Com uma dança enérgica, forte e ágil, os bailarinos puderam mostra elementos do sertão entrelaçados com elementos e expressões árabe. O coreógrafo conversou muito bem com o elemento coreográfico de maneira simples, mas funcional e objetiva, cumprindo muito bem seu papel. Trabalho de muito bom gosto e requinte”.

+ veja a galeria de fotos do desfile

(veja a ordem de desfiles do Acesso):

+ sexta-feira , 17 de fevereiro:

1ª – Arranco do Engenho de Dentro
2ª – Lins Imperial
3ª – Vigário Geral
4ª – Estácio de Sá
5ª – Unidos de Padre Miguel
6ª – Acadêmicos de Niterói
7ª – São Clemente

+ sábado , 18 de fevereiro:

1ª – União de Jacarepaguá
2ª – Unidos da Ponte
3ª – Unidos de Bangu
4ª – Em Cima da Hora
5ª – Unidos do Porto da Pedra (escolha de posição feita pela escola)
6ª – União da Ilha do Governador
7ª – Império da Tijuca
8ª – Inocentes de Belford Roxo

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