A Beija-Flor fechou a primeira noite de desfiles das escolas do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí. A agremiação levou para a Avenida o enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:
“Uma noite que começou bem também acabou bem. A Beija-Flor sabe desfilar e hoje a bateria ajudou muito. A novidade é ter pequenos problemas como queijos vazios e outras imperfeições que não se viam na era Laíla. Ainda assim, mantém sua força, como comprovam as arquibancadas cheias e o enorme arrasta-povo que seguiu a escola”.
“Não fossem os problemas de montagem; um dos carros veio sem quatro ou cinco composições, a Beija-Flor disputaria tranquilamente o título. Mas, com isso, ela ficou inferior a Viradouro, mas ainda acho que pode brigar. Pra mim, foi a segunda força da noite.”
“A apresentação de Claudinho e Selminha, o casal que dança há trinta anos numa cumplicidade extraordinária, dispensa qualquer comentário. Todavia, a força do par, o entrosamento demonstrado em sua movimentação, natural e potente, ao executar o bailado [dançado no modo clássico, mas de maneira moderna] traduzindo potência e energia – AGBARA DUDU ! -, nos emociona sempre. A postura altiva, a simpatia, a graça e a leveza, com as quais, o casal realiza os movimentos obrigatórios que edificam a dança e ratificam o estilo da dupla. Este par jamais perde sua desenvoltura e, são espelho para o sambista, pela forma como alimenta a tradição e salvaguarda da dança nobre do samba e do Carnaval. Sua postura revela-se na maneira amorosa e muito respeitosa de zelar, dançando com alegria, a sagrada bandeira que conduz e defende. Sempre lindo, apreciar a performance do casal. Axé, dançarinos nobres”.
“As alegorias seguiram o mesmo padrão de grandeza de outros Carnavais. O destaque das alegorias ficou para sua abertura com belas opalas negras seguido de um beija-flor gigante negro azulado. Encerrou com chave de ouro o primeiro dia do Grupo Especial”.
“A Beija-Flor levantou a bandeira para exaltação do povo preto que se notabilizou desde os faraós núbios que governaram ao Egito até os dias de hoje, num paralelo com a arte e cultura negra ancestral. Conhecemos o orgulho do povo preto de Nilópolis em defesa das grandes personalidades que com sua vida deixaram um legado para todos nós. Encerra o desfile exaltando o sangue azul nilopolitano e cultuando suas personalidades célebres. Suas fantasias foram apresentadas como o refinamento e riqueza que a fez campeã tantas vezes”.
“A Beija-Flor entrou na Avenida com sua tradicional força da comunidade e muito exuberante. O enredo da escola de Nilópolis tem como cerne mostrar ao mundo os saberes da cultura afro, tendo como objetivo realizar a reparação histórica. Nesta linha de raciocínio, a Beija-Flor defendeu no desfile o povo preto como construtor do conhecimento, conforme descrito na justificativa do enredo. Neste sentido, é válido destacar que a agremiação atingiu com excelência seu objetivo, a apresentação de forma integral demonstrou com clareza a importância dos saberes da cultura negra. O melhor exemplo de tal fato foi o setor quatro, o qual destacou Lima Barreto e Nei Lopes. Como bem destacado no trecho do samba-enredo a escola mostrou que: ‘Nossa gente tem feitiço na palavra, sou o Brasil que não se cala’. Belo desfile”.
“Quando a gente acha que não dá para melhorar, vem a Beija-Flor. O samba, que eu já achava um dos melhores, teve uma exibição magnífica. Além da força da letra, veio num andamento perfeito para o canto da escola. Deu muito conta do recado e o que falar do interminável Neguinho, a pura arte negra em contra ataque”.
“A Bateria da Beija Flor fez um excelente desfile. A batucada já característica da escola foi reforçada com um número grande de bons ritmistas de caixas e taróis. Uma outra característica dessa bateria são as caixas por fora das marcações, o que dá uma sensação de swing muito gostosa. Mestre Rodney, com sua calma, se apresentou de forma perfeita nos módulos de julgamento. A Bateria ajudou muito o bom samba da escola, com um andamento confortável”.
“A escola cantou o samba durante o desfile”.
“O desfile evoluiu apresentando momentos de oscilação no andamento”.
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