O comentarista do SRzd Hélio Rainho analisou a ala de passistas das escolas de samba da Série A que desfilaram nesta sexta-feira (1º). Leia abaixo.
Sob a direção do estreante Diego Nascimento, renomado passista com passagens por Portela e Salgueiro, a ala apresentou um contingente pequeno, porém vibrante e bastante aguerrido. Pareceu um pouco espremida por uma falta de solução da harmonia para deixá-la evoluir e sambar mais solta. Mas soube se apoderar da força contagiante do samba-enredo reeditado para tomar com ímpeto a Marques de Sapucaí.
A ala evoluiu com leveza devido aos figurinos sem muitos elementos pesados, mas espalhou-se demais na avenida sem qualquer cuidado da harmonia. Talvez tenha faltado uma melhor caracterização do masculino na performance do samba malandreado exigido pelo enredo, que personificava justamente os malandros dos cabarés.
Uma passagem funcional e discreta, com boa evolução. Divisão bem marcada entre os naipes feminino e masculino.
Uma das melhores apresentações da noite. A direção firme de Junior impondo uma cadência bonita e uma evolução digna de uma escola tradicional como a verde e branca da zona oeste.
Ala de passistas irrepreensível! Sob a batuta inconfundível de George Louzada, um maestro, e de Elaine, há muitos anos à frente do trabalho, a ala teve explosão, criatividade, ocupou espaços com perfeição e deu um show na avenida. Lamenta-se apenas que tenha vindo atrás da bateria e do carro de som: um desperdício da escola com uma ala tão imponente e graciosa!
A presença sempre gloriosa de Tina Bombom à frente da ala é digna de menção honrosa. Um time de passistas vibrantes, uma bela evolução com garra e samba no pé, que na passagem do setor 4 poderia ter evoluído melhor se a direção de harmonia estivesse mais atenta à condução e ao preenchimento dos espaços da Avenida. Passistas masculinos sambando sem os chapéus ou com eles nas mãos também evidenciaram problemas na fantasia: voltamos a frisar que os carnavalescos precisam respeitar os passistas com trajes adequados, em vez de produzirem fantasias pesadas e chapéus sem apoio ou equilíbrio. O grupo teve uma das melhores apresentações da noite e um mérito: foi a única ala de passistas que desfilou à frente da bateria!
Com um figurino que favoreceu sua performance, a ala teve uma passagem bastante intensa e animada na avenida. Ocupou bem os espaços da pista, mostrando desenvoltura, evolução e samba no pé durante os refrões.
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