Após dois anos sem se apresentar no Carnaval de Porto Alegre, a escola de samba Imperadores do Samba, que entrou na passarela na madrugada do domingo (17), foi anunciada campeã do desfile de 2019, conquistando assim, o bicampeonato.
Foi o vigésimo título da agremiação que apresentou este ano um enredo em comemoração ao seu aniversário de 60 anos. Foram contemplados na história da escola desde o seu chão original, a África, até o reconhecimento como patrimônio da cultura da capital gaúcha.
Conhecida como “Escola do Povo”, a Imperadores do Samba foi a penúltima agremiação a desfilar na segunda noite no Complexo Cultural do Porto Seco, situado na Zona Norte de Porto Alegre e que fica cerca de 15km do centro da cidade. Como a edição de 2019 não contou com financiamento da Prefeitura e foi uma iniciativa das próprias entidades carnavalescas, o Carnaval foi considerado pelos organizadores como uma atitude de resistência.
A escola branca e vermelha empolgou durante o seu desfile e arrancou aplausos do público. Durante a sua exibição, os músicos pararam de cantar e a bateria fez a marcação somente no compasso do bumbo. Para a alegria dos mestres de bateria, a plateia continuou a cantar o samba-enredo.
“A gente vem para a Avenida sempre com a expectativa de fazer um bom espetáculo. As pessoas esperam isso da Imperadores. Trouxemos uma proposta e conseguimos apresentar aquilo que tínhamos planejado. Fizemos um grande trabalho!”, comemorou o diretor de Carnaval da escola, Junior Gonçalves.
A Estado Maior da Restinga ficou com o vice-campeonato e a Império da Zona Norte obteve a terceira colocação. As duas também se apresentaram na segunda noite de desfiles.
Na Série Prata, a Império do Sol, escola da cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, levou o primeiro lugar e passa a desfilar na Série Ouro do Carnaval do próximo ano. O segundo lugar ficou com a Vila Isabel. Em terceiro ficou a Fidalgos e Aristocratas.
Um Carnaval de resistência
Durantes os dois dias, a organização dos desfiles usou camisetas com a palavra resistência. No decorrer da passagem das escolas, muito se falou nos microfones sobre os termos “lutar” e “resistir”.
A falta de recursos também foi levada em conta na hora de definir os quesitos que foram avaliados para decidir as campeãs: alegorias e adereços não integraram o julgamento, uma vez que os sambistas alegaram dificuldades financeiras na construção dos espetáculos. Mesmo assim, todas conseguiram levar para a passarela pelo menos um carro alegórico.
A união e a persistência do total de dezesseis agremiações de todas as categorias foram essenciais para que o Carnaval fosse realizado — ainda que de modo mais modesto do que se está habituado a ver.
“Mais do que resistência, esse foi o Carnaval da sobrevivência. É preciso manter essa cultura viva. Se não tivéssemos desfile neste ano, acredito que estaríamos acabando com a alegria e seria muito difícil retornarmos. Apesar das dificuldades, nossa festa vai permanecer. De outra forma, com outra gestão e outro formato. Sabemos que o samba nunca vai morrer, mas o Carnaval também não pode”, refletiu o diretor de Carnaval da Império da Zona Norte, Júlio César Lemos, o Julião.
* Reportagem de Liane Oliveira/Beta Redação
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