Revelando estar muito doente, cantor Carica fala de tristeza e desabafa: ‘não sei até quando vou nesta vida’
Carica. Foto: Reprodução de Internet
Tristeza, revolta e gratidão. Este foi o tom do desabafo feito pelo cantor Carica em sua página no Instagram. Após dizer que está chateado com ataques e críticas que vem recebendo nas redes sociais – inclusive de familiares – o sambista gravou uma mensagem em meio ao momento difícil que atravessa na luta contra uma doença que não foi mencionada. Pessoas próximas a ele informaram que se trata de um câncer.
“Graças a Deus estou recebendo muito amor de dentro de casa, mas fora, está difícil. As pessoas não medem esforços para poder criticar. Sempre me entreguei de corpo e alma para as coisas que faço, principalmente na música. Quem me conhece sabe e quem não me conhece nunca vai saber. O mundo hoje está doente, assim como eu”, afirmou o sambista que é um dos fundadores do Grupo Sensação.
Ao dizer que tem evitado expor que está doente em questionamentos feitos na internet, o músico confirmou que está doente mas destacou que não quer se tratado como “coitadinho”, pois tem ciência de que em sua vida, fez muitas coisas boas e é grato a Deus por tudo.
“Ando muito doente. Não sei até quando vou. Espero que Deus me dê essa colher de chá de poder construir mais alguma coisa na vida. Ultimamente está difícil. Não posso nem entrar em rede social que acaba comigo. É tudo desfavorável. Eu não aceito e não vou aceitar isso nunca”, desabafou.
Com um pedido de paz, e explicando que não sente mágoa, mas sim “tristeza absurda” pelo que está vivendo, Carica terminou sua fala dizendo que sua mulher também está sendo alvo de críticas, mas que mesmo assim, deseja seguir sua vida de forma tranquila e com amor.
Uma carreira de sucesso
Contabilizando mais de 30 anos de carreira, Carica se tornou um nome respeitado entre os sambistas. Com mais de 400 músicas gravadas pelas grandes vozes da musica popular brasileira, também ganhou reconhecimento por ser fundador e um dos intérpretes do Grupo Sensação onde conquistou prêmios, discos de ouro e platina e uma lista de sucessos que encantaram gerações como “Coral de Anjos”, “Capoeira”, “Resto de Uma Saudade” e “Preciso desse Mel”, só para citar alguns.
Com seu jeito simples e humilde de ser, se tornou um dos nomes mais carismáticos do segmento e considerado pelos bambas, um dos melhores compositores das últimas décadas.
Seu apelido foi dado pelo seu Tio “Noé” e suas influências vieram dos discos que ouvia da casa de sua Tia “Daia” e dos seus pais “Zé Matheus” e Dona Marlene, onde o universo musical se estendeu do Jazz, Black Music, Soul, ao Forró, Samba, Mpb e muitos instrumentais (anos 70, 80 e 90).
É autor de sambas de enredo de algumas escolas como Flor de Liz, Tom Maior, União Independente da Zona Sul e tricampeão na tradicional Camisa Verde e Branco com sambas campeões na Avenida.
Compositor completo e de fino trato, tem em suas parcerias nomes como Prateado, Arlindo Cruz, Mario Sérgio, Luizinho SP, Alexandre Pires, Tiaguinho, Péricles, Rick Lobisomen, entre outros, músicas gravadas por Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Reinaldo, Belo, Beth Carvalho, Dudu Nobre, Leci Brandão, Royce do Cavaco, Exaltasamba, Katinguelê, Raça, Pirraça, Negritude Jr., Kiloucura, Pique Novo, Art Popular, Biro do Cavaco, Sampa, Soweto, Os Travessos, Fat Family, Jeito Moleque e Sorriso Maroto, entre outros.
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