Veja a sinopse de ‘A vida é pra celebrar! Um mundo em festa!’ da Coração Unidos

Corações Unidos. Foto: Divulgação

Após o vice-campeonato no Grupo de Acesso, a Corações Unidos defenderá a permanência no primeiro grupo do Carnaval Virtual em 2018 com o enredo “A vida é pra celebrar! Um mundo em festa!”. A sinopse da agremiação tem autoria do carnavalesco Victor Farias.

Proposta

Festejar é uma necessidade humana, o homem necessita festejar e fazer da vida particular ou social um festejo como explicita Leonardo Boff em seu artigo “Festejar: é afirmar a bondade da vida”: “A festa faz esquecer os fracassos, suspende o terrível cotidiano e o tempo dos relógios. É como se, por um momento, participássemos da eternidade, pois na festa não percebemos o tempo passar”. Transformar todos os aspectos de uma vida ou sociedade em festa, em riso, musica e dança é criar uma nova experiencia momentânea que quando deixa a individualidade e alça ao coletivo torna-se uma das mais importantes e proeminentes formas de se comunicar e de resistir às espirais do tempo como nos mostra a obra “A arte de festejar: Da alternância da festa e de suas expressões materiais” de Juliana Aparecida Garcia Corrêa : “A festa vista como acontecimento coletivo ultrapassa o sentido da comemoração e atua na formação dos vínculos que fundamentam a experiência humana coletiva. Ela marca histórias pontuando e regulando o curso da vida das pessoas. A festa é índice de temporalidade, marca os tempos fortes e culminantes para a coletividade”. Portanto, festejar deixa de ser algo puramente imaterial ou impalpável e ganha contornos físicos e concretos galgados nas expressões e materialidades humanas, logo, abordar os mais variados festivais é mostrar parte da humanidade. E trazer ao carnaval virtual o olhar da pluralidade em tempos de violência, ignorância e intolerância é mais do que carnavalizar, é, também, conscientizar e legitimar a compreensão da diversidade do homem; diversidade que se cria diariamente, se transforma constantemente e se constrói temporalmente através da fé, do medo, da lascividade, da sociedade, do indivíduo, da arte, cultura e, princialmente, da emoção que, sob certo aspecto, não deixa de ser o vital motor do grande festival da vida.

Sinopse

Festejando a fantasia e a loucura antropológica a famigerada C.U. convida a todos a se deleitarem e festejarem a vida em um carnaval historicamente social, festivo, ilusório, abstratamente real e paradoxalmente – talvez nem tanto – virtual cheio de devaneios concretamente etéreos conflitantemente profanos e sagrados, pois a fé é o que conduz a vida do homem, seja ele religioso ou não, portanto entre em transe imaginativo delirantemente carnavalizado e se entregue às mais diversas formas de se manifestar o deus que habita em você, na natureza, nos templos ou sacrifícios e oferendas, entregue-se ao nirvana carnavalesco da alegria e da força sobrenatural que conduz a cada um de nós. Entregue-se também à esperança de um novo caminho, renove os votos de felicidade e boas vindas às energias que marcam as passagens dos anos, entregue-se as suas superstições, viva cada segundo e brinde à alegria e à euforia de uma nova chance de construir a vida cheia de coragem. Mas permita que seu corpo arrepie, seus olhos arregalem e imagine-se vivendo cada horror e cada medo; tenha dentro de si a curiosidade e ousadia de conhecer o mundo horripilante em cada festa onde a dor, o medo e a limitação terrena dão espaço para a alegria, irreverência e para a luta debochada contra a morte, dessarte, lute e sinta-se um grande guerreiro ou engraçado palhaço de rua, talvez um folião ou até mesmo um mendigo; não importa seu personagem, seu país ou sua intenção o que importa é festejar a guerra, a batalha, o hábito do homem de competir e a sandice de transformar a guerra em alegria, trocar as armas por tintas ou frutas podres, transfazer o choro em gargalhada libertina, trocar canhões por jatos d’água e trocar soldados feridos por foliões sujos e com o rosto estampando um sorriso acompanhado de muita música, festa, dança e celebração da vida, do povo, de suas raízes, suas expressões artísticas, festejar o mundo diverso e multifacetado; tornar a vida, a história e a emoção num grande festival; concretizar a ilusão em real, o imaterial em físico, sonho em realidade e transfigurar toda a abstração de festejar em um carnaval pra ser visto e festejado.

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