Ungidas apresenta “O triste fim do cidadão médio” em seu enredo de retorno ao Carnaval Virtual

O GRESV Ungidas apresenta seu enredo de retorno ao grupo de acesso do Carnaval Virtual após ter ficado sem desfilar no ano de 2019. A escola cantará o enredo “O triste fim do cidadão médio” de autoria do vice-presidente Murilo Polato e do carnavalesco e presidente Eduardo Tannús. O logo do enredo foi confeccionado por Leandro Thomaz.

 

FICHA TÉCNICA:

Nome: Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Ungidas
Cidade sede: Barra Mansa-RJ
Data de fundação: 10/09/2010
Cores: Amarelo, Branco e Vermelho.
Símbolo: Galinha e coração

Presidente: Eduardo Tannús
Vice-Presidente: Murilo Bernardino Polato
Carnavalesco: Eduardo Tannús, Leandro Thomaz e Sérgio Felipe Ayres
Interprete: Leandro Thomaz

 

ENREDO:

O triste fim do cidadão médio

Autor: Eduardo Tannus e Murilo Polato

O povo acordou!

Sim, um povo muito sofrido que morava em suas casas grandes, com criados e dentro de condomínios fechados, mas povo! Casas grandes, de grandes famílias, de tanta herança. Herança de um passado de exclusão e completa marginalização. No início do século em que vivemos, uma mudança de forças políticas ocorreu, é chegada pela primeira vez desde o fim do regime militar um partido de esquerda no poder. Por ser de esquerda, automaticamente relacionado a comunista, logo, para as elites, uma destruição.

Um início sim, de destruição dessa herança. Do nosso passado colonial. Da marginalização. De que a uns restasse apenas abaixar a cabeça para o outro.

E, insatisfeitos, os ditos “doutores” que perdiam vaga para os cotistas mais letrados e responsáveis profissionalmente. Os médicos particulares odiavam os cubanos da rede pública e os militares de alta patente e baixa escolaridade, que se orgulhavam em não ler livros. Todos eles se revoltavam contra a classe ascendente.

Panelaços soavam a cada pronunciamento ao passo que manifestações com coreografias ensaiadinhas assolavam as áreas “populares” das grandes cidades. Até que: “tchau, querida!”

Subiu um vampirão para ser vaiado nos jogos olímpicos e limpado num lava-jato “monocelho”. Tal vampiro resolveu cortar tudo do país, menos os próprios benefícios.

Enquanto “esquerdopatas” se esforçavam entre “Fora Temer” e campanhas pelos direitos humanos, o outro lado tinha o “povo” e todos os senhores do povo: empresários, juízes de primeira instância que se achavam do STF, latifundiários, líderes fanáticos religiosos, enquanto uma vereadora opositora a toda a ordem vigente era brutalmente assassinada juntamente com seu motorista e levada ao escárnio por ser “comunista”. Porém, um novo herói surge, contra todas as trevas desse país destruído pelo comunismo.

O “comunismo”, ao contrário do que disseram a ONU, a OMC, a OMS, o FMI, o Banco Mundial, o G7 e tantos outros órgãos mundiais, acabou com o Brasil em profunda corrupção. E essa “mamata” precisava acabar. Nessa saga pacata e singela, muita titica de galinha para acontecer!

Nem a inflação conteve o avanço do tal “povo”: debaixo de muita disputa midiática, debates hostis, uma investigação “contra a corrupção” bastante polêmica e uma faca para cortar o assunto, o tal “povo” venceu. A comemoração? Suco de laranja!

Não tardou para o “povo” assumir sua aparência, antes mesmo do governo começar, lá assim num laranjal…

E o tal herói, o mito contra o comunismo, mesmo contratando o super-juiz, herói da lava-jato contra a corrupção, pela moral e os bons costumes, não conseguiu se explicar a proximidade dele, até geográfica, com o chefe da quadrilha responsável pela morte da tal vereadora que lhe era uma pedra no sapato e seu motorista.

E o povo que de fato votou no tal mito? Ganhou logo dois apelidos: “gado” e “pobre de direita”, sendo duramente mutiladas as leis trabalhistas enquanto os latifundiários queimavam a Amazônia para Leonardo Di Caprio ser responsabilizado. O Greenpeace levava a culpa pelo maior desastre ambiental da história do país: uma imensa mancha negra de petróleo por todo o litoral da única região do país que, coincidentemente, odiava o tal “mito”.

Mas tanta gente “contra a corrupção” acabou se desentendendo com o mito, e rachou o partido, a base aliada e o plano de governo que nunca existiu…

Não era o povo, era o cidadão médio. Cidadãos que tiveram fins bem tristes.

Ao povo? Fim dos direitos trabalhistas, aumento do desemprego, inflação, corte de gastos destinados a órgãos públicos e ministérios, aumento da mortalidade por força policial…

Os ricos? Os ricos vão bem, mas chegaram gripados da Europa, porém devem sobreviver, pois, muitos tem histórico de atleta…

Palmas! Já estávamos em pandemia antes mesmo da quarentena começar! Porém em plena quaresma outras panelas começam a bater. Outros sons se ouvem das sacadas. Será o fim?

O que sobra disso tudo? Uma frase e uma dúvida:

A frase: EU AVISEI!

A dúvida: QUEM MATOU MARIELLE E ANDERSON?

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA:

– Escola encomendará a obra.

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