Realeza do Samba homenageia Nãnãna da Mangueira em seu enredo para o Carnaval Virtual 2020

O GRESV Realeza do Samba faz uma homenagem a Nãnãna da Mangueira em seu enredo para a disputa do título do Grupo de Acesso do Carnaval Virtual 2020 com o enredo: “Caminho de Rosas” de autoria do carnavalesco Vinícius Santiago. O logo do enredo é de autoria de Caio Barcellos.

 

FICHA TÉCNICA:

Presidente: Verônica Acauã Florentino
Vice-presidente: Adson de Souza do Nascimento
Comissão de Carnaval: Vinícius Santiago, João Canavarros e Uilber Guarinho
Intérprete: Fernandinho SP
Diretor de Carnaval: Carlos Daniel
Diretor Artístico: Lucas Vila Nova
Diretor de Mídia: Matheus Emanuel
Diretor Musical: Eduardo Villaça
Casal MS e PB: Rud Gonçalvez e Verônica Sousa

ENREDO:

Caminho de Rosas

Autor: Vinícius Santiago

Ô abre alas que nossa rainha vai passar!

Buscando o renascimento, a Realeza do samba apresenta seu enredo para o Carnaval de 2020.
Com muita honra, iremos exaltar um ícone do samba!
Relembrando suas memórias mais vivas, reverenciando seus companheiros imortais, seus feitos e sua nobreza ancestral num lindo Caminho de Rosas.
Ela é mulher, negra, sambista, passista e cantora: Salve a grande Nãnãna da Mangueira!

Nossas andanças encetam bem cedo, embaladas pelas ondas “alencarianas” que apresentam uma humilde menina do Morro da Favela.
Doce Nãnãna, por Deus concebido o dom de cantar e encantar!

Ah, os velhos carnavais…
Aqueles nos quais o sinfônico soar do cavaquinho somado ao rufar do pandeiro lhe chamava e embalava o malandro e a cabrocha.
Era samba, sim senhor! De gente bamba, em um cenário de grande beleza, no morro da mangueira.
Eram rodas de samba regadas a cerveja preta e cachaça;
Eram rodas de samba que duravam toda a noite, afirmando que “o samba agoniza, mas não morre” e “as rosas simplesmente exalam”;
Eram rodas de samba que viam o alvorecer, vozes eternas como o tempo, de composições antológicas que ensinaram e deixaram um legado.

Ainda menina, vestida com retalhos e “balangadãs”, saudou Gonçalves Dias.
Com o gingado deslumbrante, a mulata se destacou e tornou-se uma das mulheres mais importantes da Mangueira.
Mangueira sua paixão, estação primeira de seu coração!
Seu sucesso como passista foi tão grande que foi convidada pelo Grande Otelo para compor o musical “O teu cabelo não nega”, obtendo grande sucesso.

Das vastas lembranças na Bica do bar da Tina, Aurélio Teixeira em sua caravana admirou o talento da moça que cantava, sambava e equilibrava uma lata d’água na cabeça. Era ela!
Surgiram convites para apresentações, consolidando sua carreira. E mesmo impedida, cantou em forma de resistência até ficar dona de si mesma.

 

Radicada em São Paulo, com muita força de vontade e a ajuda de Zé Kéti, começou a fazer pequenos shows na nova cidade e levou a vida como passista e cantora.
Riscou os solos internacionais com “Os Batucajés”.
Disseminou o bom e velho samba no pé, lá das terras tupiniquins.
Fez a Realeza sambar!
Rainha Silvia e o Rei Gustavo, se encantaram ao ouvi-la cantar e não resistiram a uma noite cheia de sambas.

Nãnãna também teve um novo, amor que dividiria seu coração.
Lugar onde o samba fez morada… A Mocidade Alegre!
Rainha pioneira!
Nãnãna forrou um biquininho, pegou um tamborim e começou a tocar e sambar a frente da batucada, recebendo o título de “Rainha de Bateria” pelo seu Juarez da Cruz e se tornando a primeira da história a ocupar o cargo.
Seu amor, carinho e admiração pela “Morada do Samba” é imensurável.

A nobreza ancestral vive, esse baobá é regado por Nãnãna e seus filhos.
Suas raízes negras são diariamente reverenciadas.
A passarela dos sambistas virtuais terá o prazer de vê-la passar.

“Minha verdade de fato, minha alegria emana
Muito prazer, todos me chamam de Nãnãna
A minha veia é o samba, o samba é minha bandeira
Muito prazer, eu sou Nãnãna da Mangueira”.

 

Glossário:

“Alencarianas” – Referência ao radialista Cesar de Alencar.

Malandro e Cabrocha – Figuras que se expressam através do samba.

Bamba – Conhecedor de samba.

“O teu cabelo não nega” – Composição de Lamartine Babo, que deu nome ao musical referido.

Bica – Cano, tubo ou telha que escorre água.

“Morada do Samba” – Apelido carinhoso referente a Escola de Samba Mocidade Alegre.

Baobá – Arvore milenar que representa a ancestralidade africana de Nãnãna.

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA: 

– Escola realizará disputa interna.

 

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