Pau no Burro cantará as três maiores do pantanal no Carnaval Virtual 2022

Logo oficial do enredo

Pavilhão oficial da agremiação.

O GRESV Pau no Burro apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso II do Carnaval Virtual 2022.
A azul e rosa de Barra do Piraí/RJ irá levar para a avenida o enredo As três maiores do Pantanal – Quando o pai do mato, minhocão e o pé de garrafa se uniram para proteger a região.”.

A agremiação está com o seu concurso de samba-enredo aberto até o dia 19/05/2022. Os sambas devem conter duas passadas inteiras e o número de composições por autor é ilimitado. As obras devem ser enviadas para o WhatsApp do presidente da escola, Henri Hassel: (24)99957-8356.
Junto com o áudio do samba, a letra do mesmo também deverá ser informada através de formato docx, destacando em negrito o refrão.

Confira abaixo a justificativa e sinopse do enredo:

As três maiores do Pantanal
Quando o pai do mato, minhocão e o pé de garrafa se uniram para proteger a região.

JUSTIFICATIVA

As lendas e mitos são inspirados pelas influências que a região recebeu em sua ocupação, transmitidas de geração em geração – principalmente de forma verbal – e tem um papel importante para a formação da cultura local. É importante lembrar, que toda lenda, é uma narrativa míticas e é  construídas dentro de uma comunidade que, após um tempo, acaba, se perdendo dentro da memória da população. Algumas dessas histórias são contadas a partir de algo real que carregam consigo o propósito de alertar para o perigo ou até mesmo explicar um fato ‘inexplicável’.  Lendas são parte da cultura de um povo. Até o século passado era muito comum acreditar nas histórias contadas pelos avós sobre assombrações da madrugada ou seres místicos que vivem na natureza. Com exemplos bem elaborados e distintos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos de mistérios ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular “Quem conta um conto aumenta um ponto”, as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.

Galopando pelo Centro Oeste, o nosso burro trota na fantasia e, correndo por terras pantaneiras, vislumbra um Pantanal lendário e misterioso, cheio de plantas nativas, bacias de águas encantadoras e tuiuiús de beleza sem igual. E nessa fantástica viagem, traz à luz três importantes lendas pantaneiras, que são um marco e um grito de alerta para a preservação da natureza que envolve o Centro Oeste do país, uma terra rica em biomas e fauna exuberante, riquezas desse país plural e abençoado.

SINOPSE

O GRESV Pau no Burro vem, cheia de orgulho, exaltar esse lugar esplêndido e alertar o mundo para a preservação do nosso Pantanal. E de forma lúdica e festiva, nossa escola vem contar três lendas bastante significativas para exaltar a exuberância da natureza pantaneira e levantar a bandeira da preservação e gritar alto aos quatro cantos do país para alertar sobre a importância de se cuidar das plantas e animais da região, bem necessário, e nosso por direito. E para celebrar esse nosso grito de alerta, contamos e cantamos três lendas distintas e horripilantes para espantar aqueles que querem acabar com nosso Pantanal: a lenda do Pai do Mato, a do Minhocão do Pari e a lenda do Pé de Garrafa.

I – A lenda do Pai do Mato

Tão comum na região Centro Oeste, essa lenda conta a história de um homem, com o corpo coberto de pelos e as mãos semelhantes as dos macacos. Tem rosto semelhante ao corpo, com uma espécie de barbicha na cor escura, e o nariz na cor azul. Este ser costuma habitar as matas, defendendo os animais em geral das pessoas más e da caça indevida. Muito presente no imaginário pantaneiro, o Pai do Mato também é encarregado de proteger as matas de qualquer um que queira alterar a ordem das coisas, e que venha quebrar o silêncio da noite. Um indicativo da presença do “Pai do Mato”, conforme a lenda é um forte grito que ecoa pelas matas. A história alerta ainda que esse grito não deva ser respondido, caso contrário, a pessoa corre o risco de sofrer uma espécie de confusão mental e se perder em meio à vegetação.

Nessa primeira parte da nossa história, nosso alerta vai para a preservação das matas e natureza do Pantanal, e também de toda a vegetação e biomas do nosso país. Preservar para sempre ter, vento a soprar, ar bendito para respirar e habitat para nossos animais correrem livres e felizes, não como utopia, mas como verdade e desejo nosso, um povo que luta e quer um país preservado e melhor. Cuida da gente, Pai do Mato.

II – A lenda do minhocão do Pari

Todo pescador sempre terá um caso para contar sobre suas pescarias. Geralmente, o peixe que escapou era o maior do mundo.  No entanto, os pescadores também relatam histórias de criaturas que guardam zelosamente os habitantes das águas doces. E nossa segunda parte do enredo vem narrar essa história, que vem emergindo das águas.

Os mais antigos contam que no rio Cuiabá, cortando o Pantanal, próximo a Barra do Pari,  havia uma criatura que parecia uma cobra que vigiava as águas. Era tão grande e robusto, que vários ribeirinhos, durante a noite, atravessaram o rio andando sobre suas costas, achando que era um tronco de árvore. O bicho ficava furioso quando encontrava pescadores que capturavam peixes na época da reprodução e, por isso, virava as canoas daqueles que não respeitavam o momento da piracema. Claro, quem poluía as águas também eram perseguidos e castigados pela fera. A força do Minhocão do Pari era tão grande que os barrancos dos rios não continham o movimento das ondas. Daí que foram ficando cada vez mais largos. Hoje a criatura já não aparece mais para proteger os peixes e dizem que ela foi-se embora na grande enchente de 1974. Mas será que foi embora mesmo, ou está emerso nas águas, só esperando essa nova geração devastar o Pantanal para reaparecer e levar todos de volta ao fundo das águas, ou até mesmo devorar cada baderneiro ou inconsequente?

A Pau no Burro traz de novo, para a passarela virtual e para os olhos do povo, esse minhocão, em defesa das águas, seja dos rios, mares ou lagos em geral, bradando por preservação e conservação da água, que é fonte de riqueza e vida para o povo, animais e para o mundo. Queremos nossas águas sempre límpidas, transparentes e cheias de peixes e seres dos mares, mesmo indefesos, mas cheios de vida. Água que é de riqueza e alimentos para todos os seres do Brasil e do mundo. Salve nossas águas, nosso bem precioso. Proteja-nos, Minhocão do Pari.

Logo oficial do enredo

III – A lenda do Pé de Garrafa

Na terceira parte do nosso enredo, outra história que ainda hoje assusta os moradores do bioma é o do “Pé-de-Garrafa”. Seria um monstro “bicho-homem”? Seria um ser sem denominação? Segundo os pantaneiros, a lenda é de um homem com o corpo coberto de pelos, menos na região do umbigo, dando a impressão de ter coloração branca, ponto vulnerável ao mostro. Alguns afirmam que tem cara de cavalo com um só olho no meio da testa, outros juram que tem cara de gorila e, outros ainda têm caras de cachorros. Bem assustador.

A grande maioria descreve o bicho como possuidor de apenas um pé (embora poucos digam que ele tem dois pés), no formato de um fundo de garrafa. Isso faz com que se locomova aos pulos, como se fosse um canguru, deixando no chão, um rastro com marca de fundo de garrafa.

A verdade é que o Pé de Garrafa vem proteger as terras pertos dos rios, onde o homem esburaca, desalinha e suja, com lixo e outros detritos, prejudicando a região e as terras em geral. Quando percebe a ação do homem, em relação à natureza e a terra, prontamente com o alto assovio, ele hipnotiza quem tenta invadir seu território e, como consequência, quem faz isso é levado para o seu covil, onde acaba por ser devorado. Diz-se que é uma caverna, local escuro e frio, pra onde leva as vítimas que de alguma forma tentam devastar o seu território. Nossas terras precisam ser preservadas. Precisamos nos orgulhar do chão que pisamos e cultivamos nossos alimentos, nossos animais, nossos filhos. A terra pede socorro, e o Pé de Garrafa vem fazer justiça pelo barro que compõe nosso chão, nossa morada. Vele por nós, Pé de Garrafa. Tememos a sua ira, mas respeitamos o seu propósito, que honroso e nobre: proteger nosso chão, solo sagrado e acolhedor.

Nossa escola virtual emite um grito de alerta: Salve a nossa NATUREZA. Deixe em paz nossos animais, que tem rara beleza e encanta o mundo. Salve nossa fauna. Deixe em paz nossa matas, fonte de subsistência, de fartura e alimento para nosso povo, nossa gente. Salve nossa flora. Enfim, deixe em paz nosso solo sagrado. Local de plantio e base para nossa morada, nosso habitat. Em comunhão com a Pau no Burro, o Pai do Mato, o Minhocão do Pari e o Pé de Garrafa canta na avenida e traduz em forma de samba três magnificas histórias, sendo verdadeiras ou não, tem força e notoriedade, afinal, essas histórias são AS TRÊS MAIORES DO PANATAL.

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