Ouça os sambas concorrentes da GRESV Mocidade para o Carnaval Virtual 2018

Pavilhão da GRESV Mocidade. Foto: Divulgação

Com o enredo “Tambores da Velha Serra”, em homenagem ao Império Serrano, a Mocidade, atual campeã do Grupo Especial do Carnaval Virtual, recebeu nove sambas concorrentes. Ouça as obras abaixo:

Samba 01 – Edson Jóia

Tambores vão ecoar
Embalando o gingado do jongueiro
Lá no alto da Serra
Em chão batido de terra
Firmou raiz esse povo de guerra

Bendito e louvado sejam nossos ancestrais
Sopram o vento do axé
E a luz que ilumina
Esse altar de nobreza
E essa gente festeira
Ao Pai maior peça licença
Para a ngoma tocar
Formada a roda tem Caxambú, Saravá, Saravá

O candeeiro alumia, salve meu povo Bantu
O galo canta salve as almas santas
Povo do cativeiro livrai me do feiticeiro
Do mandingueiro

Dos cafezais o cantar resistiu
Vapor partiu, para o morro subiu
Sinhá bate o sino na capela
Que “prazer” são heranças tão belas
Nasce um “Império” de bambas
Mantendo as tradições
Majestoso em Madureira é a Serrinha
Raiz que ninguém vai matar
E hoje a Mocidade vai jongar
Ô irê, irê, irê, irê

Samba 02 – Ailson Picanço

Ôô mocidade chegou
Já pedi licença
Pra bater o meu tambor
(olha meu agogô!)

Salve os nossos ancestrais
Salve a lua sentinela
Salve a luz dos orixás
Salve os filhos da favela
O congá iluminado pra saudar o pai maior
Rufa o couro esticado, canta o galo carijó

Jongueiro ê! Jongueiro ê!
Firma na palma, caxambu eu quero ver!
É som de preto,é! Tem branco olhando
Lá no cruzeiro, cativeiro é desengano

Irmão, não foi fácil não
Na senzala, da moenda ao pilão
Nos cafezais, na cana e na chibata
A cantoria nunca foi silenciada
É dia de santo, balançando vai o trem
Sobe o morro também pra ouvir minha nascença
Muito “prazer” tia eulália me ensinou
Que o toque do agogô é a minha resistência

Serrinha, quilombo serrano
Oi serra do jongo serrano
Aonde o verde e branco é mais bonito
E o sagrado é também profano

Samba 03 – Flavio Santos e Pacato do Cavaco

A velha serra tem histórias pra contar
Louvado seja os seus ancestrais
Tem gente que mora no pé ou no alto
Vem do morro pro asfalto
Fazendo a poeira levantar
O seu congá iluminado
Cheio de flores para nos abençoar

O candeeiro alumia o meu caminho
Saúdo a todos do terreiro
Benditas almas lá do cruzeiro
Livrai do mal o povo do cativeiro

Vai começar a cantoria
No interior dos cafezais
Acende a vela jongueiro
Entra na roda e vem jongar
Eta gente festeira é dia de santo vamos festejar
Pisando forte o jongo segue sua história
Nasce o império resistência cultural
Celeiro de gente bambas
Vem de Madureira a nossa tradição
Salve o Jongo da Serrinha
Os nossos tambores jamais se calarão

Os tambores da serrinha
Vão ecoar na mocidade
Ô sorte já raiou a liberdade

Samba 04 – Jairo Luis

Ooo Oxum
No toque do tambor Embala Minha fé, salve a nação nagô
Oh e deusa oh iabás
Raiz do candomblé
Auê Yorubá auê
Axé
Nessa viagem, surge
A imagem de uma coroa
Promissor
Em nosso chão ah reunião de
Tradições louvações de todos
Orixás Do candomblé ergue seu império a chama que não se desfaz
Sou um negro orgulho dos
Meus ancestrais
A vida eu colori de paz nas páginas brancas da memória tingi de verde a minha história
Sai o trem da estação
Pra trilha está canção te
Batuque no conga

Eu venho te saudar na avenida pra valorizar a vida cantando em forma de oração
Axé axé
Mocidade verde imensidão.

Samba 05 – Sérgio Ayres e Victor Mendes

Velha Serra, berço de artistas imortais,
Repleta de histórias pra contar,
(Lalalaialaiala)
Oh minha serra,
Dos meus sonhos dourados,
De Grandes heróis,
como és grande o seu passado.
Louvarei à tua ancestralidade
Santos e rosários a nos proteger,
A Jorge minha devoção,
Ogum iê, Ogum iê…

Saravá, jongo, Saravá
Tem batuque na Colina,
Bate forte no couro,
Gira a saia menina

A flor desabrochou em memórias
Com tantas histórias desse torrão,
Fartura na colheita,
Que termina no pilão
O Trem chega à estação…
O sino da capela a anunciar
Muito “Prazer” eu sou Serrinha!
Sou um “império” de cultura popular.
De Tia Eulália, Aniceto e outras bambas…

Jamais vão calar a nossa voz!
Rufam os tambores e o meu cantar feliz,
Mocidade presta essa homenagem
Salve o jongo, salve a nossa raiz!

Samba 06 – Daniellen e Jairo Luis

Canta Mocidade
Raízes no alento dos orixás
Sua estrela a brilha
Eu vi a noite chegar
Tambores vão ecoar
Na sutileza dos seus versos todo encanto do universo mistérios na imensidão
Da sua realeza

Oh Madureira, divina terra
Cenário de beleza
É templo sagrado, terreiro de bambas onde giram
As baianas, axé

Na chama da esperança
A luz do luar, canta sábia
Bate o sino da capela
Vai clarear
O galo canto mais a clamor
Por piedade
Orum e Aiyê!
É dia de santo no quariterê
Oh sinhá!
Tem mironga de jongueiro
Os tambores me chamaram pra bailar,
Essa história começou por lá,
No engenho da fazenda onde a girá faz girá

Surgiu a coroa imperial
Em outros caminhos para o
Mesmo ritual
Ôôô império serrano orgulho suburbano,
Trás os poetas
Soberanos no vai e
Vem do trem
Onde aportou o griô
O batuque ginga ioiô
Girá aia
O batuque me chamou
Pra sambar
Ginga ioiô
Ginga aia

Eu vim de lá, eu vim de lá
Pequenininho mais alguém
Me avisou para pisar
Nesse chão devagarinho

Samba 07 – Alex Roman

Serra, ainda morro de saudades
Das cantorias e do arroma do café
Na sensala o nosso canto ecoou
a cordafogo cativeiro se apagou
Sentinela da cultura é resistência
A luz do candieiro não apagou.
Saravá! meu congá iluminado
A Acende a vela no terreiro
Toca caxambu Oxossi
Pode entrar na roda
A noite cai, vem as estrelas
No chão pisado levantar poeira

O vapor berrou piu-piu
fez o ninho em Madureira
O negro toca o seu tambor
Seu batuque não é brincadeira

Tanta história pra contar
Tem gente de todos os cantos
Quem mora no pé ou mora no pico
Canto o macuco e o galo carijó
Tem batucada o Império do Samba
De gente bamba, humilde e feliz
Fala jongueiro
Pois o negro tem o seu valor
Nos palcos o Jongo brilhou
Pra mostrar sua raiz
E a Mocidade com a voz no coração
Tambores da Velha Serra
Jamais se acabarão

Hoje eu vou subir o morro
Hoje eu vou subir o morro (eu vou)
Pisar no chão tão coroado
Com prazer na velha Serra
Vim mostrar minha identidade
Canta Mocidade

Samba 08 – Escritório dos Seis

Saravá… Meu pai maior me dê licença,
Vou contar como surgiu a minha crença
Vou saudar aqueles que vêm pro terreiro
Abre caxambu, nesse congá fala jongueiro!
Oh Candeeiro, alumia o caminho,
O doce cheiro do café baila no ar
Mesmo usados e pilados e moídos
Os passarinhos nos motivam a cantar
Uma flor desabrochou, cativeiro acabou
Irmão negro sofredor, você já pode dançar

Ô Ô… REPICA NO COURO DO TAMBOR…
NOITE ESTRELADA QUE TE COROOU
A MOCIDADE VEM TE EXALTAR
NA FINA POEIRA QUE TOMA O AR

É, foi no balanço do trem,
Que o povo da estiva chegou e fez da Velha Serra o seu lar.
É, e quando chegou fevereiro
Um novo império raiou e com muito prazer veio sambar
E assim, no meio dessa gente bamba
Tem batucada, tem magia, tem festança
É a resistência de um povo majestoso a se expressar
Um obrigado a meus mestres tão queridos
Que o seu canto para sempre seja ouvido
De Madureira a ecoar por todo lugar.

Ê… MEU JONGO Ê… HOJE MEU CANTO É UMA FORMA DE AGRADECER
AH… MEU JONGO AH… É CHAMA ACESA QUE JAMAIS SE APAGARÁ

Samba 09 – Imperial

Me dá teu colo, Velha Serra pra embalar
A nossa história de amor e tradição
A tua vida é que inspira o meu cantar
Sou tua gente que vem de todo lugar
É…quando chega a noitinha
Teus reis e rainhas farão florescer
A fé no conga que reluz
Rosários irão proteger
Prepara o couro…abre esse caxambu
Eh Caxambu….fala jongueiro!

Lá no alto a vigilia… abençoada
Arde no candeeiro o calor da madrugada
Salve o povo bantu, e o cruzeiro das benditas almas
Feiticeiro toda sorte foi lançada!

Ouve essa cantoria? Vem do teu interior
Semeando novos dias verdejou a esperança
Cafezais brotaram em flor
O vapor toca o chão da estação
Sobe o morro esse jongo pé no chão
Me ensina que o verbo resistir
É a maior herança que se deixa por aqui
“Prazer”… é a Serrinha
De história e poesia fez o nosso caminhar
Ergueu um Império de ousadia
Liberdade e fantasia estampada no olhar
E quando toca o teu agogô
O mundo sabe quem aqui chegou

É Madureira! Irê! Irê!
Sentineta popular
Levanta Poeira
Que a Mocidade bota o povo pra Jongar

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