Nobreza da Baixada irá homenagear a Turquia em sua estreia no Grupo Especial do Carnaval Virtual

A ESV Nobreza da Baixada divulgou ontem a noite seu enredo de estreia no Grupo Especial do Carnaval Virtual com o título: “Terra de encantos”, de autoria dos carnavalescos Brayan Andrade e Caio Barcellos.

A escola apresentou também um vídeo de divulgação do enredo em sua rede social, acesse clicando aqui!

 

SINOPSE

Terra de Encantos

Autor: Brayan Andrade

 

INTRODUÇÃO – A BUSCA PELO SABER: HOCA – O GRANDE MESTRE

Na passada temporal de cada ser por essa terra, eu vislumbro vidas distintas, experiências dessemelhantes, por fim, todos buscam conhecimento eterno, sapiência infinita. Em busca do conhecimento, vocês, meus aprendizes, esbarram com a terra de encantos.

Na busca insaciável pela sabedoria, minhas encantadoras de sonhos usam desse artifício mais habilidoso, sua dança que enfeitiça moçoilos talentosos e também seduz donzelas brilhantes, coberto da negritude desta noite fascinante, desse céu estrelado, cintilante e pulsante feito um coração desvairado, desvairada é essa noite, onde meus aprendizes, vocês! Se encontram num azul profundo, feito oceano deserto, deserto igual ao seu céu estrelado.

O nosso aprendizado se dará pelas minhas experiências, eu, Nasrudin Hoca, ou para os mais próximos Hoca – O Grande mestre, nosso aprender será propagado pela astuta águia que te conduzirá ao o Palácio do Saber, e posteriormente a história da minha pátria, da minha amada e preciosa Turquia.

 

PRIMEIRO APRENDIZADO – O INÍCIO DE UMA TERRA ENCANTADA

Data-se meus primeiros passos a 1700 anos antes de Cristo, a centralização e fixação do povo Hitita, com o desejo de vitória, e a vitória foi alcançada, a sonhada Hattusa sua nova capital, seus avanços territoriais sempre com bastante êxito, mas seu adversário mais silencioso era a praga que derrotou reis, como todo auge de uma história, a decadência chegou para civilização Hitita por volta de 1200 antes de Cristo, da decadência à riqueza da civilização Frígia com seu apogeu no século VIII antes de Cristo, dominador da anatólia central e ocidental, disputando ferozmente com o Império Assírio e o Uratu, realizando acordos, tudo sobre o comando de Midas e seu dourado tesouro, tão celeremente saqueada e destruída pelos cimérios, onde a riqueza terminou em uma taça de sangue de touro, entre a vida e a morte, da ruptura do Império Romano à duas partes fez-se o Império Bizantino, a cidade de Constantinopla encontrava-se em território nobre, onde achava-se a divisa de Europa e Ásia, centralizada na passagem do Mar Egeu para o Mar Negro, cercada por muralhas, por três rumos de  água. O principal imperador foi Justiniano, onde este foi responsável pela retomada de parte do Império Romano Ocidental pós invasão e Constantino – O Grande, principiador do Império Bizantino, o presenteando de inúmeras batalhas e sucessivas glórias.

A decadência entrou em vigor pela tentativa de invasão de povos estrangeiros, financeiramente a situação não andava bem para o Império Bizantino, o fim se deu em 1453, quando poderosos canhões destruíram as muralhas de Constantinopla, os turcos assim começaram a chamá-la de Istambul.

Na reviravolta do tempo dessa terra, Alexandre logrou seu domínio dessa terra das mãos dos persas, posterior de dezenas de batalhas, por viradas de séculos, outro Império presenciava o auge em terras hoje turcas, O Sultanato de Rum, que alcançou sua nirvana quando obteve pontos estratégicos ao Mar Negro, conseguindo avanços e favorecimentos comerciais como nenhum outro tinha visto nessas terras, devidamente todos os impérios eram nutridos de sucesso, avantajados de inúmeros triunfos, robustos de harmonia e elegância, igualmente a Mesquita Azul, toda em seu estilo clássico otomano, seus majestosos minaretes demonstram a sua plena importância para a sociedade, no desalinho entre seus “Altin” à ouros e “Alti” derivado à seis,  de onde ecoa o chamado para suas cinco orações diárias, dobra-se seus joelhos aos vinte mil azulejos minimamentes detalhados, seus belos mosaicos azuis, seu próprio idealizador, Sultão Ahmet, nunca obteve a graça de ver a Grande Mesquita Azul finalizada, tendo ele vindo a óbito um ano antes de sua inauguração

 

SEGUNDO APRENDIZADO – A RIQUEZA ORIGINÁRIA DESTA TERRA

A cada nó concebido, minha história ganha novos capítulos, novas linhas. Nascido da antiguidade, sendo inserido em obras de grandes pintores da época, os da época, sendo eles de lã e pêlo de cabra, raramente mostrando figuras de animalejos e sem o uso da cor verde, por ser sagrada na religião muçulmana, posteriormente também fabricados de algodão, assim alfombras ganham tradição na Turquia, variando de valores e tamanhos, dos fios dos tapetes turcos a raridade da Zultanite, pedra preciosa encontrada no torrão do sudoeste turco, apresentando em seus tons únicos, sendo eles: cáqui, sálvia verde, rosa conhaque e champanhes rosados, além de apresentar o efeito cobiçado de Olho de gato Este efeito é um reflexo que aparece como uma única banda de luz brilhante em toda a superfície da  pedra.

Nessa terra cheio das riquezas, onde o ouro é literalmente uma tradição, onde é reconhecido com três fundamentos para os turcos, como status de sociedade – braceletes flavos, anéis áureos, douradamente exuberante, usado principalmente por mulheres para qualquer eventualidade, sem medo de ser feliz. Usado de setor econômico, onde por sua vez, essas preciosidades douradas são guardadas em grande quantidades dentro das residências turcas e o último meio de uso do ouro para os turcos são em formas de presentes, presentes esses como de casamento e nascimento, em todo tempo as medalhinhas de ouro usadas para essas ocasiões sempre, tornando-se assim uma tradição turca.

Emitindo sua exuberância em formas de cores, formatos e tamanhos, as lamparinas amoldam-se como adornos de um jeito singular, emitindo as suas mais diversas formas geométricas, suas derivadas cores que pulsam a cada ascender.

Das grandes negociações para a movimentação de pequenos aromas, de grandes feitiços, os condimentos dão cor às bancas, bancas vermelhas, amarelas, laranjas e azuis, também das mais variadas cores, repleta de frutas secas, castanhas e pequenas sementes, os incensos entram em combate com o aroma oriundo das especiarias, no caminho da essência, a surpresa de ser presenteado por canecas de chá, bebida muito tradicional na Turquia, sendo ele preparado para  rosear suas mãos, com a tática de quanto mais quente, mais tempo passa em nossas lojas, quanto mais rodear será o que vai mais vistar, no Grande Bazar tudo se vende, tudo se compra, onde sua história inicia-se em mil quatrocentos e sessenta e um, constituído de cinco mil lojas, há de tudo: cerâmicas, tapetes, especiarias, jóias, roupas típicas e tecidos, mas você também vai encontrar lojas de souvenir, artigos de decoração, perfumes, acessórios, roupas e calçados (incluindo falsificações das marcas mais populares no mundo) e muito mais, bem no estilo Mercadão de Madureira.

 

TERCEIRO APRENDIZADO – O SONIDO E O BAILADO QUE TANGE AO LONGO DESSE TORRÃO

Da grande similaridade com as danças gregas, os bailados da Turquia ganham a curiosidade do mundo pela sua peculiaridade, a Zeybek que tem sua maior concentração na região centro-sul do país, sendo ela, normalmente executada em ritmo mais cadenciado, em sua iniciação de forma livre e posteriormente ganhando sua característica padrão.

Neste instante, a dança em configuração de argola começa, as bailarinas armadas de destreza e equilíbrio com uma bandeja comum ou oriental, coberta por inúmeras velas, se inicia a dança, onde normalmente simboliza um casamento, a noiva se destaca por estar com vestimentas de dançarina do ventre sendo o casal decorados com hennas, justamente essas duas características tem a missão de representar a proteção para eles na Dança da bandeja com velas.

Nas badaladas de um malho, o rodopio iniciou-se em harmonia a bela música, originário da palavra passagem, os Dervixes, encontram-se num “paraíso”, onde o humano e o divino dividem o mesmo espaço, assim, alcançando a sua “insânia”,  mas há quem veja essa loucura como a verdadeira saúde. De fato quase todas as danças turcas são embaladas pelo Baglama ou também chamado de Alaúde que é um instrumento muito comum em terras árabes juntamente o Davul que se trata de uma caixa enorme, onde por um lado emite sons agudos e pela outra extremidade som grave e forte. A Zurna que também é muito comum, sendo composta por um tubo de madeira em forma cônica, de cinco a sete orifícios, sendo o som emitido dele muito remetente a nossas memorias da Turquia e suas regiões próximas.

Em seu período de renovação, a fé no seu “ser ardente”, o Ramadã é realizado na temporada de maior calor, sendo ele de 29 a 30 dias de jejum, revisando seus valores sacros e leia-se com maior frequência o Alcorão, assim tornando as visitas às mesquitas mais rotineiras, seus pensamentos devem se manter totalmente focados a Alá, efetuando suas cinco orações diárias e no mês do Ramadã é realizada uma em especial, a Taraweeh, que é praticada durante a noite, após a conclusão do Ramadã, uma nova comemoração toma conta das vidas dos turcos, a festa do açúcar, que se estende a três dias, no primeiro vão às mesquitas, em seguida vão visitar amigos e familiares, e também é marcada pela distribuição do lokun e o baklava, doces bastantes típicos.

Setenta dias após o ramadã inicia-se a Festa do Sacrifício, onde trocam-se presentes e uma besta é sacrificada entre Meca e Arafat, sendo essa carne dividida entre a família e alguns pobres.

A primavera inicia-se ganhando cores vívidas, tons únicos, certamente no dia cinco e seis de maio de todos os anos, onde pequenas garotas e gigantes mulheres estrelam as melhores coroas de flores entrelaçadas, Hidirellez essa, que foi adicionada ao Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, reunião a qual Profeta Hizir e Ilyas reuniu-se em Terra.

 

QUARTO APRENDIZADO – KAPADOKYA

A caravana do saber desvenda os vestígios dessa terra seca, desta terra árida, o amarelo desgastado encontra o nascer do sol de forma sem igual, o nascer de cada manhã desperta a tenacidade dessa gente, a bravura dessas senhoras donairosas, a cada resplandecer, a cada piar dos pássaros, o tear que vai numa levada, que volta numa brandura, fazendo um pequeno ressoar de cafuné nesse azul céu, de ganho de vida, de arte nas alfombras, alfombras essas que sustentam famílias, dos seus vinte cinco nós por metro quadrado, no raiar de cada sol que nos brinda, o despertar de um céu tingido, dos ares tórridos que elevam sonhos de uma vida, do Parque de Goreme para o mundo, o portal da cena, os balões que hoje elevam-se carregando o turismo da Capadócia. Dos céus azuis e com seu balançar ameno, despencamos no interior desse chão seco para percorrer os passos dos perseguidos pelos cristãos a séculos passados, muito além de abrigo, a cidade que se mantinha na superfície, era a outra que madrugava todos os dias para sobreviver dia a dia, a arte de cozer realizado nas noites frias devidamente para evitar olhares da crueldade, estendida a quilômetros, profundamente em todos os aspectos, estimadamente seis mil pessoas sobreviviam nessa cidade subterrânea, hoje é memória que se conta a cada sala, e nas salas do mundo.

Opulento quanto a essa terra, debaixo desse solo ou no ar, o gigante da região se mostra presente em todos os planos, da sede ao gélido topo, seu início é de 900 milhões de anos atrás, de suas grotas que São Brás se retirou como eremita – O Monte Argeu.

Que fizeres em Marte? De suas terras avermelhadas, o Vale Vermelho evoca a curiosidade mais preciosa do ser humano, das areias do tempo, no tempo vejo o sol encarnar na coloração do chão e desvanecer por encanto, a terra que mostra sua mensagem pelos pombais que por aqui eram animais de estimação, igrejas talhadas nas rochas, onde monges viviam e sobreviviam, nesse “planeta” glamuroso pelas sua coloração, coloração que enfatiza a idade de cada elemento. Dos mais diversificados cenários, sem cúpulas ou colunas, a Igreja das Serpentes nos convida para o conhecimento de um importante herói da história, revolto de coragem e valentia, um soldado romano ímpar que desde sempre é venerado por todos nós, seu gracioso afresco, que da sua simplicidade emite a energia que move milhões, tal afresco que resiste ao tempo e ostenta a imagem de São Jorge em seu cavalo alabastrino a golpear uma serpente juntamente com São Teodoro que acavalava piranga, aludem ao fato de que certa vez a Princesa do império, estaria em apuros e com sua valentia propôs que todos se convertessem ao cristianismo, assim ele golpeava a fera e salvaria a todos, ou porventura, a hipótese de que o grande imperador seria o simbolismo do dragão pela perseguição aos cristãos e a princesa as almas convertidas ao cristianismo.

 

QUINTO APRENDIZADO – LUZEIRO DAS ENCANTARIAS

Dos mitos, lendas e crendices que atravessam a medida do tempo, envoltos em sorte e azar, da vida a morte, a Turquia testemunha uma sociedade rica, em todas as casas, em todas as vielas, em todos os carros, em todas as idades o Nazar é notado, usado como a personificação da boa sorte, do espantar o mau olhado que assenta sobre alguém ou alguma coisa e é revelado a sua coloração em tons azulados, a que transmita o “olhar de Deus que ilumine e te proteja”.

A doença de um perverso Rei, fez com que sua ganância fizesse mais uma vítima, depois do amor avassalador entre a Rainha das serpentes (Shahmaran) e seu amado Tahmasp, deu-se a descoberta que a única salvação para esse poderoso rei seria a carne da Rainha Shahmaran, assim depois de muito passar o tempo, Tahmasp é torturado pelos soldados do rei e induzido a contar onde era o Reino das Serpentes, devidamente capturada, a Rainha indagou: “Quem comer da minha cabeça irá gozar da morte instantânea e quem usufruir da minha cauda terá toda a minha sabedoria!”, tão rapidamente o soldado petiscou de sua cauda e morreu em ato contínuo, seu amado tão desesperado nas profundezas deu-se a luxúria da morte a comendo a cabeça, o afeto gritando no casal, fez a rainha antes da sua morte inverter sua fala e assim dando a sabedoria para seu amado. Conta as demasiadas versões de quando o reino das serpentes obtiver conhecimento sobre a morte de sua grande Rainha o apocalipse reinará em nossas vidas.

O branco fascina qualquer visão, o Pamukkale impressiona pela cena que será vista uma única vez na vida, o castelo de algodão, conta com piscinas de águas termais que aquece qualquer coração, o coração bate cada vez mais forte, a anos era consumida principalmente para fins medicinais e para a rejuvenescimento, a cada queda d’água a experiência nos encanta, a encantar como a Piscina Sagrada que diz a lenda que foi devidamente construída aos mandos da Rainha Cleópatra.

As águas que agitam-se no mar da sapiência, colidem no nau que movia de suas terras originárias, as três princesas turcas que partiram fugidas do conflito bélico das cruzadas, a fuga que carregava esperança e temor por futuro incerto, o destino é a Mauritânia, mas teve como surpresa o desaparecimento das irmãs na altura do Estreito de Gibraltar, o embate entre as turvas águas do oceano atlântico e as águas do mar mediterrâneo, assim nessa associação de fatores, um místico pórtico as extraem a um adormecimento extremamente profundo, por horas, por dias e aos anos na inércia, assim percorrendo o processo da encantaria, sendo elas ainda vivas, mas não chegaram a morrer, sofreram antes a experiência do encantamento e foram morar no invisível. A cada destino escolhido para suas vidas as princesas obtiveram rumos bastantes adversos;

Jarina guiando-se pelo encanto das águas, encantou-se perdidamente, na cata incessante decidiu-se ir fazer morada com Dom Sebastião, sendo ele ajuremado anos depois, posterior de uma a derrota na aldeia de Suakem, e tendo seu corpo nunca encontrado, hoje ele reside em seu belo castelo de cristal nos lençóis maranhense, onde seu palácio resplandece nas noites de lua cheia, nas noites mais iluminadas, a continuar a crença que a sua metamorfose em touro negro e percorre as praias com suas areias claras.

Mariana inconscientemente foi a irmã que vagou pelo caminho do tempo atrás da vivência que já tinha, uma vida com os mesmos parâmetros que tivera tempos atrás, a procura de sua identidade encontrou posteriormente seu pai, o Sultão Turco Darsalam, assim, mais tarde fazendo a família Turca tornar-se um dos pilares no surgimento do Tambor de Mina.

Herondina não resistiu aos encantos e belezas da terra verde que a cobria, fazendo daqui sua morada, metamorfoseando-se na mãe das matas e dos animais, uma cabocla de aparência única, a beleza lhe tinha de saldo, uma cabocla brava e com um coração imenso, retrata-se assim, uma realeza turca que desemboca em terras brasileiras, na mais inspirada mente, os castelos e construções da Turquia reside em meio ao verde brasileiro, em meio a Amazônia a união de cultura que floresce a cada dia, sendo transmitido por gerações e gerações que desta forma plantam um futuro para a religião.

Numa terra cheia das mais belas encantarias, que floresça o amém de todos os dias, que renasça “umut” em todos, que brilhe o “saygi” nos nossos corações.

saygi – respeito

Umut – esperança

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA

– Escola não forneceu informações.

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