Morro do Esplendor aposta em homenagem a ‘Bambola Star’ no carnaval virtual

Logo oficial da agremiação.

Atual sexta colocada do grupo especial do Carnaval Virtual, a Morro do Esplendor apresentará o enredo Dos Kaxinawá para il mondo: Bom Dia Brasil, Boa Tarde Itália. Grazie per tutti, Bambola Star de autoria de Murilo Polato. A escola carioca pretende alcançar outro resultado positivo, e quem sabe levar o troféu de campeã do Carnaval Virtual 2021.

Confira abaixo a justificativa e a sinopse da escola:

Justificativa:

Logo oficial completo da agremiação.

O GRESV Morro do Esplendor para o carnaval virtual 2021 apresenta o enredo “Dos Kaxinawá para ‘il mondo’: Bom dia Brasil, Boa tarde Itália. ‘Grazie per tutti’, Bambola Star” e em seu enredo pretende abordar a vida de Bambola Star dando luz não somente aos memes que envolvem sua figura, mas sim, colocando-a como símbolo de quem enfrenta o mundo todos os dias, dando a cara a tapa somente por ser quem é, em busca de respeito, admiração, cidadania e igualdade. Pela sua luta diária e sua resistência te agradecemos, Bambola Star.

Sinopse:

1º setor: O coco duro de quebrar.

Bom dia, Brasil.
O índio acorda em um imenso paraíso natural,
Com fauna, flora e tudo unido em uma beleza escultural.
As energias traduzem os sentimentos através dos frutos,
E desses frutos se retiram seus atributos.
E foi em um lugar assim que nasci.
Longe de tudo que hoje conheço, fui aprendendo.
Aprendi que existem árvores sagradas,
Belezas bem cuidadas, e segredos não revelados.
Conta a história que um índio um belo dia encontrou um coco
Que nada havia de especial ou novo,
Mas que despertou sua curiosidade
Tentando saciar sua vontade, decidiu abri-lo
E qual foi sua surpresa ao descobrir que não conseguia atingi-lo?
Mas sentia que algo ali lhe reservava,
A descoberta então lhe cativara.
Pois bem, decidiu então de sua tribo se afastar,
Para quem sabe então esse segredo revelar.
A cada abertura mais atenção dos animais ele chamava,
Que curiosos observavam sua empreitada.
Ao final, a noite ali se revelou,
E toda uma gama de animais ele libertou,
Noturnos, estranhos e perigosos,
E com cautela assim os conheceu,
Com sentimentos mistos que o envolveu.
A noite então findou,
Mas ao raiar do dia esses animais novamente encontrou,
E decidiu ter com eles nova família,
Fez deles sua nova moradia.

2º setor: Tal qual o índio vou conhecer o que há além

Em travessias busquei entender o mundo. E entender quem sou.
Mas é de grandes tormentas que se fazem as estrelas.
O coco ainda está fechado, mas começa a se abrir
Para então o destino se cumprir.
Andando as margens do Muru, Porto Velho avistei
E dali então de minha antiga vida me desvencilhei.
Mas estava ali apenas de passagem.
Pouco a pouco conheci as dores da cidade grande,
As contradições que te fazem dali habitante.
No Rio, muita festa e alegria,
Mas também em muita dor transformaria.
Depois de um tempo consegui acolhida,
A primeira camada do coco se abria
Por quem também à margem vivia,
Meninos de rua e meninas, que da noite se transfaziam,
Visionárias que seu valor poucos conheciam. 

3º setor: ‘Il vecchio mondo’ 

Mas o destino pode novamente ser tirano,
E em um percurso cigano
Abandonei tudo o que conhecia
Mas encontrei um lugar ao qual fiz moradia.
Com aquelas que me compreendiam
Que passaram por situações que com as minhas se aludiam.
Apesar de todo esse percurso,
Tal qual o rio ao mudar de curso
Minha vida também se modificou,
De um elogio, minha história se moldou,
Assim então meu destino se consolidou.
O coco então teve mais um desembrulho
Quando então se tornou artista com orgulho.
De uma arte, porém, que muitos se recusam,
Enquanto outros enormemente se lambuzam.
Em Bambola então me transformei,
A artista desabrochou,
Nascendo assim a estrela desse show. 

4º Setor: O coco totalmente se abriu e o mundo todo conheceu. 

O coco então se abriu,
Como Bambola o mundo inteiro ouviu.
Sua jornada, origens e valores,
Mas também festas, alegrias e suas cores.
Influenciando todos aqueles que lhe cercam,
A encontrar a felicidade em tudo que as libertam.
E ao meu Brasil, que ainda não voltei,
A minha história eu compartilhei.
Mas agora quem sabe reencontrar,
Minha terra, minha gente, meu lugar.
E nesse percurso final só tenho a agradecer,
A quem minha história fez resplandecer.
Boa tarde, Itália.
Grazie per tutti,
Bambola Star.

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