Império do Rio Belo revisita desfile de 2018 na Edição Especial do Carnaval Virtual

Logo Oficial do Enredo.

O GRESV Império do Rio Belo apresenta seu enredo e samba para a Edição Especial do Carnaval Virtual que acontecerá em 14 e 15 de fevereiro deste ano. A escola revisita seu carnaval de 2018 com o enredo: “Laroyê Exu”.

A escola informa que decidiu participar da edição especial por se “sensibilizar com a não realização do carnaval real em fevereiro e aceitou participar da edição especial para continuar perpetuando a tradição do carnaval, mesmo que por outra plataforma.”

A escola promete manter a mesma equipe que fez o último desfile da escola e que continuará firme para o de 2021.

O enredo de 2018, de exu, foi um enredo muito especial pela forma que foi feito, baseado em experiências mais aproximadas da vivência do axé. Além disso, há um desejo da escola de ver o atual intérprete (que chegou para o carnaval de 2020) defendendo esse samba tão querido.

A escola vai utilizar algumas coisas do seu carnaval de 2018, mas irá também acrescentar novos olhares. O enredo será mais uma vez vivo, pois trará o movimento, o recomeço que exu também significa.

Confira o samba enredo que a escola apresentará na edição especial:

Confira também a sinopse do enredo:

Laroyê Exu

Logo Oficial do Enredo.

Num caminho longínquo
Onde não se enxerga o início e nem o fim
Eu dito o ritmo da vida
Sou eu quem começa, sou eu quem termina
O mensageiro do leva e traz
Abro porta, fecho porta
Concebido por Olorum
Fui a primeira forma a ser criada, junto do ar e da água
O orun e o ayê, o espiritual e o material
O andarilho de dois mundos
Guardião da sua cancela
Sentinela da fé
Sou a ordem, o que se multiplica
A vida, o Bará, a imagem do homem
Amigo de todos e inimigo também
Mas eu mesmo, não faço mal a ninguém

Sou a energia travessa que adora um charme
O calor da chama que arde sem cessar
Sem a mim nada começa, nada se encaminha e nada termina
Sou devasso, alegre, liberto
Aproximo-me da força natural
A força animal, a energia primordial
Protetor do comércio e dos espíritos revolucionários
Sou o senhor da transformação
Orientador de contradições, o estopim e a pólvora
A desordem e o silêncio
Sou a esfera que equilibra o universo

Tornei-me Elegibo, senhor das oferendas
A boca do mundo
E desde então sou eu quem entrega tudo o que é oferecido aos orixás

No chacoalhar das grandes ondas
Que balançavam o tumbeiro
Ora aproximando, ora afastando
Esse gargalhar, meu caro
Não era de alegria
E ressoava estridente
Lá fui eu na Calunga Grande
Desbravando o seio de Iemanjá
Homens e mulheres, reis e rainhas
Mergulhados na escuridão
Presenciei cada irmão nosso deixando o mundo dos vivos
A gargalhada forte estremecia, ecoava pelos corredores
Deixando loucos os capitães
E assim desembarquei em terras desconhecidas

Por aqui ando pelas ruas
Ocupo cabarés, cemitérios e encruzilhadas
Com meu jeito faceiro posso ser uma mulher sedutora
Decidida e malandra
Posso estar também vestido de capa ou terno

Munido de cartola e tridente
Sempre com meu “pito” e minha cachaça
Disfarçando-me para ser escudo de meus fiéis

Sempre os guardando das coisas do mal

Pelas esquinas alimentei os negros
Suas dores aliviei

Oh, grande povo das ruas!

Aqueles oprimidos pelo mundo
Mendigos, putas, malandros, boêmios
Para que em cada esquina sejam de novo vistos
E vistam minha energia travessa em busca de um lugar ao sol

E por fim te pergunto
O que seria do culto aos orixás
Sem Exu pra te guiar?
Mojubá!
Laroyê, Rio Belo. Laroyê, Exu!

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